Meus calafrios não passavam. A sensação de estar sendo observada só aumentava, como se alguém estivesse à espreita, aguardando o momento certo para atacar.
Sn: Nas minhas vidas passadas, eu devia ser o demônio em pessoa… – murmurei, desviando rapidamente de uma cadeira que veio voando da minha sala.
Lá estavam Sugishita e Sakura, novamente em uma briga acalorada.
Senti uma pontada estranha no estômago, algo mais forte do que a adrenalina do momento. Meus olhos percorreram o ambiente como se algo invisível estivesse se movendo nas sombras.
Outra cadeira voou na minha direção, mas dessa vez a agarrei no ar, jogando-a entre eles. Ambos arregalaram os olhos ao se darem conta de que eu estava ali, de pé, observando-os.
Sn: Vem cá, seus merdinhas! Vocês acham que são quem para jogar duas cadeiras que quase me acertaram, hein? Vocês têm 20 segundos para fazerem as pazes e agirem como gente civilizada.
Senti uma presença atrás de mim, mas quando me virei, não havia ninguém. Um arrepio percorreu minha espinha.
Mitsuki: O exemplo da sala falando... Ela nem estava quase se atracando na porrada com o Mizuki mais cedo.
Sn: Quer tomar uma cadeirada também? – Respondi com um sorriso perigoso.
Ele gargalhou, negando com a cabeça.
Sn: Ótimo. – Voltei minha atenção para os dois brigões. – Se abracem, agora! E não quero ouvir um piu de reclamação.
Eles, a contragosto, obedeceram. O clima tenso na sala começou a dissipar, mas aquela sensação persistente de que algo me observava ainda rondava minha mente.
Suō: Tira uma foto, gente! – Suō gritava, sacudindo Nirei, enquanto ria da situação.
Sn: Quer participar do abraço, Suō? – Olhei para ele pelo canto do olho.
Suō: Que isso, eu só estou feliz por eles!
Uma sombra pareceu se mover perto da janela, mas quando olhei, era só o reflexo de alguém passando no corredor. Ou pelo menos era o que eu esperava.
Sn: Podem se soltar e sentar em suas cadeiras. – Ordenei, e os dois rapidamente se afastaram. – O próximo que brigar nessa sala, eu jogo pela janela. – Falei séria, e eles engoliram em seco.
A paz reinava na sala, pelo menos por enquanto. Estávamos conversando e jogando, tentando relaxar depois da confusão.
Tudo parecia estar bom demais para ser verdade.
Masaki: Sn, o que você vai fazer mais tarde?
Sn: Tomar banho e dormir. – Fui sincera, e todos riram.
Masaki: Vai ter um festival, e como forma de agradecimento por ter salvado a Kuromi e o Nagato, nós três queremos que você vá com a gente. – Ele falou tímido, e eu sorri para ele.
Sn: Vocês não precisam me agradecer. Achei muito fofo da parte de vocês, mas eu faria tudo de novo se pudesse. – Respondi com um sorriso gentil. – Não só por vocês, mas por todos da sala. Temos que nos ajudar, afinal é isso o que realmente importa, não é?
Masaki sorriu.
Masaki: Então vamos todos da sala para o festival, não acha justo?
Sn: Vocês querem ir ao festival, cambada?
Nirei: Eu já ia de qualquer jeito.
Suō: Tem muitas comidas gostosas, então eu vou com certeza.
Enquanto os outros discutiam os detalhes do festival, algo dentro de mim ainda dizia que eu não deveria ir. Uma sensação incômoda, um aviso silencioso. Meus olhos voltaram para a janela, e por um segundo, tive certeza de ter visto alguém parado lá fora, na escuridão.
Todos concordaram em ir, e a insistência deles acabou me convencendo. Mas aquela sensação persistente de perigo não me deixava em paz.
Beijos. Até o próximo capítulo ✨ Eu não lembro o nome da amiga do Masaki então vai ficar Kuromi mesmo 🤡
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A Nova Delinquente
FanfictionSn foi colocada em um colégio de delinquentes depois de nem mesmo a Febem querer a jovem garota-problema. Como último recurso, seus pais a mandaram para uma escola de delinquentes no Japão. Agora, ela é a única delinquente mulher em uma escola tomad...