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Tomei um banho e me arrumei como de costume para sair. Exatamente às 6 da tarde, alguém bateu na minha porta. Com cautela, fui ver quem era e vi que eram os meninos.

Sn: Oi, pessoal! Achei que nos veríamos só no festival.

Sakura: Viemos te buscar, e é assim que nos trata?

Sn: Quanta dramaticidade, meu nobre. – Falei rindo. – Antes de irmos, querem a boa ou a má notícia?

Nirei: Lá vem...

Mitsuki: Dias de paz, você não conhece isso? – Ele falou suspirando.

Suō: O que vem pela frente?

Tsugeura: Você tem múltiplas estéticas, Sn. – Ele falou com desânimo.

Sakura/Sugishita: Em quem vamos bater? – Eles estavam animados.

Sn: Bom, eu não sei ainda. As notícias são: tem uns malucos me seguindo, e tenho certeza de que vai rolar porradaria. A boa é que hoje eu vou pagar.

Nirei: Sn, você é um ímã de perigo. Andar com você é como dizer: "vamos brigar em cada esquina." – Por que ele estava com essa voz de derrotado? Eu sempre salvo ele.

Suō: Dias de luta e dias de porrada... Ainda bem que já estamos preparados. – Ele estava tranquilo.

Mitsuki: Nossa, Sn, e como você descobriu que estava sendo seguida?

Sn: Então... Desde mais cedo, eu estava achando que tinha um fantasma na minha cola. Já tinha rezado o Pai Nosso, chamado santo e quase tive um treco, achando que era um espírito mesmo. Até que tive a brilhante ideia de entrar em um beco e puxar o cidadão. Para minha sorte, não era um fantasma; era só um merdinha que ainda teve a cara de pau de dizer que o Umemiya estava preocupado.

Sakura: E você acreditou? – Ele falou indignado.

Sn: Claro que não. A única vida que o Umemiya não cuida é a dele.

Até o Sugishita concordou, e eu gargalhei.

Sn: Agora, quando eu descobrir quem é o merdinha, vou dar uma surra de gato morto até o gato miar, para eles nunca mais me perturbarem. – Falei com sangue nos olhos.

Suō: Por que bater com o pobre do gato morto? Bate com o Sakura, com o Sugishita, tem também o Mitsuki. Mas tadinho do gato morto.

A cara que os meninos fizeram para ele foi impagável, e eu já estava gargalhando.

Sn: É no sentido figurado, criatura. – Falei ainda rindo.

Sakura: Vamos logo antes que eu perca a paciência.

Todos: E você achou ela?

Ele ia quebrar era a gente na porrada, não o inimigo.

Sn: Vamos, meninos, eu só vou pegar minha bolsa. – Peguei a bolsa que estava pendurada e saímos.

O caminho foi tranquilo e divertido. Mesmo assim, eu ainda sentia que estava sob vigilância constante.

Sn: Tomem cuidado, ainda estão na espreita. – Falei cantarolando, e eles confirmaram. Continuamos como se nada estivesse acontecendo.

Encontramos o pessoal da sala e alguns veteranos. Era um bom momento de descanso, ou quase, já que eu estava alerta a todo instante, pois eles não davam trégua alguma.

Sn: Ainda sonho com dias de paz.

Nirei: Sim… essa vida acaba comigo…

Eu ri e abracei ele. Gosto dos rapazes; eles me dão a mesma sensação de família que sentia com minha avó e Sami. Claro, é uma sensação boa, mas ainda há muita briga e discórdia entre nós. Mesmo assim, é bom estar com eles.

O Umemiya se juntou a nós com o passar do tempo, assim como os reiszinhos. Sempre que olhava para a cara feia do Mizuki, era como se faíscas voassem pelo local.

Sn: Tá legal. – Me levantei, olhando para os rapazes da sala. – O que vamos comer primeiro?

Para que eu abri minha boca? A quarta guerra mundial estava ocorrendo no local para decidir o que íamos comer primeiro. Acabei indo pegar alguns espetinhos enquanto eu comia, e eles brigavam. Nirei e Suō pararam do meu lado, tentando pegar o que eu comia.

Sn: Ah, não! Esses são meus!

Suō: Só uma mordidinha!

Nirei: Só um pedacinho.

Me rendi e dei um pouco para eles, que sorriram vitoriosos. Lá estávamos nós três comendo, enquanto os outros ainda brigavam.

Chamei os dois e peguei um pouco de cada barraca.

Sn: O cambada! – Eles pararam rapidamente de brigar. – Vem, tem um pouquinho de cada.

Quando eu sorri, eles pararam de brigar instantaneamente e me olharam. Aos poucos, sorrisos singelos surgiram em suas faces.

Todos: Obrigada, Sn! Você é a melhor.

Sorri para eles e fui até o Suō, mordendo o espetinho que ele comia.

Sn: Muito gostoso esse, Nirei.

Esse já escondia sua comida, mas, com muita relutância, me deu um pouco.

Sakura: Por quê?

Suō: Ela é vingativa…

Nirei: Eu pego as coisas com o Sakura, mas nunca mais com a Sn…

Sn: Parem com isso! Eu dividi com vocês, seus cretinos.

Eles riram, e os meninos ficaram só olhando a nossa discussão animada.


Beijos. Até o próximo capítulo ✨

A Nova Delinquente Onde histórias criam vida. Descubra agora