Oito horas da noite e nada de Jungkook voltar.
Naquela manhã, ele foi chamado por seu companheiro, Kim, para resolver algumas coisas que Jimin não chegou a perguntar do que se tratavam. Mas agora, lá estava ele, sentado na poltrona cor-de-rosa de sua mãe, esperando o Jeon chegar, ansioso como se fosse o dia de seu casamento. Ele abraçou suas pernas, encolhido sobre o macio em seu traseiro. Encarou a porta mais uma vez e nada. As estrelas lá de fora trouxeram uma lembrança infantil. Ele fez um pedido à estrela maior, mais brilhante; que Jungkook estivesse bem e a salvo.
Conforme as horas passavam, Jimin desistiu de olhar para o relógio, já perdendo a conta dos minutos que se estendiam infinitamente. Aos poucos, seus olhos foram pesando, e ele se rendeu ao sono incômodo, cheio de preocupação e receio.
A porta foi aberta e um Jungkook sem farda entrou na casa, dando de cara com Jimin dormindo como uma bolinha fofa sobre a poltrona. Ele o esperou até agora. Jungkook se aproximou para beijar a testa do garoto. Desde seus 16 anos, alcançou Jungkook com suas cartas apaixonadas, recheadas de amor e apreço. Um garotinho doce conquistou-o de forma avassaladora, e por isso não desistiria de fazer o mesmo por ele.
Ergueu Jimin em seus braços rígidos, subindo escada acima, levando-o para o quarto e para a cama que dividiram durante essa última semana que se passou. Deitou ao lado do Jung para cobrir ambos os corpos. Ah, Jimin fica lindo adormecido. Mas sua testa estava enrugada, então tocou nas rugas e imediatamente ele relaxou, tranquilizado pelo toque. Jungkook respirou contra o cabelo lavado de Jimin, sendo preenchido pelo cheiro de doce de limão. Tudo nele era atraente. Desde seu nariz arrebitado até a boca pequena e vermelhinha. Seu sorriso. Ah, o sorriso. Encantador de todas as formas.
Abrigou o corpo frio em seus braços. Ele se aconchegou contra seu peito, inalando seu perfume e gemendo em resposta. Jungkook sentiu o coração falhar uma batida. Era a primeira vez que ouvia o gemido de Jimin. E foi muito satisfatório.
A noite transcorreu entre o calor e as batidas desreguladas do coração de Jungkook.
No dia seguinte, Jimin acordou confuso. Quando tinha parado na cama? Olhando para cima, ele viu um soldado muito bonito dormindo com tanta paz que ele mesmo se sentiu tranquilo. Então, Jungkook havia voltado. Nesses últimos dias, os dois passearam pelo parque novamente, fazendo o joguinho de citar seus encontros idealizados em uma das cartas de Jimin, e riam como se fossem um casal apaixonado de verdade. Isso assustou Jimin, mas também lhe trouxe um sentimento novo, um toque quente em seu coração, um abrigo acalentador ao peito. Como tudo o que Jungkook fazia. A senhora Park também não deixou de fazer acontecer algumas situações para os dois. Como quando ela os trancou na lavanderia e disse que não sairiam de lá sem trocarem um abraço, pois, segundo ela, eles estavam muito distantes fisicamente. E eles fizeram isso. Jimin foi envolvido pelos braços seguros de Jungkook em um aperto gostoso e confortável. Eles ficaram tempo demais naquele abraço, pois até sua mãe abriu a porta e falou que era o suficiente, sem deixar de tirar sarro do filho, chamando-o de bobo apaixonado. Ele esperava que não. Apesar do soldado ser um homem gentil e completamente seu tipo ideal, eles são dois homens. Algo que a sociedade repudia com todas as forças. No entanto, sua mãe é a mulher mais aberta a novas formas de pensar e amar, afinal não há nada de errado gostar da pessoa que quisermos. Jimin admira isso nela. E agora, ela forçava momentos românticos entre o filho e o - não - namorado.
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Sem querer, cheguei a você | JJK +PJM
Fanfictionː͡➘₊̣̇ Jimin gosta de passar horas escrevendo cartas para ninguém em especial. Em algum momento, ele resolve enviar essas expressões românticas pelo correio, mandando-as para um homem. Jeon Jungkook, o seu amante silencioso, mas ele era apenas uma c...