Capítulo Único 🧡💚

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Denki e Kirishima não tinham a intenção de causar problemas, mas a curiosidade era irresistível. Midoriya, alheio ao que se passava, havia saído para um passeio, cortesia de Uraraka. Ver a pelúcia do All Might não faria mal, certo? E quem sabe poderiam pegá-la emprestada.

Os dois entraram furtivamente no quarto de Midoriya. Depois de alguns minutos sem sucesso, Kirishima murmurou:

— O Midobro deve ter guardado muito bem, porque já faz um tempo e não achamos essa bendita pelúcia.

— Onde será que ele pode ter guardado? — perguntou Kaminari, olhando ao redor até notar a escrivaninha e, em seguida, o armário.

— Vem, ele deve ter escondido no armário! — exclamou Kirishima, puxando Kaminari enquanto abriam a porta do armário. Kirishima começou a procurar entre as roupas e Kaminari, nas caixas em cima do guarda-roupa.

— Achei! — gritou Kirishima, segurando a pelúcia do All Might.

— Ótimo, agora vam... — mas antes que Kaminari pudesse terminar, uma voz abafada que eles reconheceriam interrompeu.

— O que a gente faz? — perguntou Kirishima, assustado e desesperado.

— Ai meu Deus, se o Izuku pegar a gente, a gente vai morrer! — respondeu Kaminari, também desesperado.

— Ai meu Deus, aí meus deuses, tenta achar um esconderijo! — disse Kaminari, correndo de um lado para o outro. Kirishima então olhou para o guarda-roupa.

— Ali! — Ele puxou Kaminari e os dois se empurraram para o guarda-roupa bem a tempo de Midoriya entrar... junto com Bakugou.

Midoriya estava chorando, e Bakugou tentava acalmá-lo, o que parecia mais uma agressão. Os dois amigos dentro do armário se olharam, surpresos. Olharam novamente entre os vãos do guarda-roupa e viram Midoriya com as mãos no rosto, soluçando, enquanto Bakugou o abraçava.

— Eu sinto muito, Deku, eu sinto muito mesmo — murmurou Bakugou.

— Me solta, por favor, me solta — Izuku sussurrou, quase inaudível.

— Eu sinto muito, Izuku. Eu não sabia que ele iria fazer aquilo... Eu... sinto muito, me desculpe, por favor — Bakugou disse, apertando ainda mais Izuku.

— Não, eu... a gente... pode terminar. Pode ficar com ele se quiser — Izuku disse, fazendo os dois intrusos ficarem chocados.

— Eu sinto muito mesmo, eu odeio te fazer chorar, querido, odeio mesmo. Eu achava que ele só ia entregar a porra do bilhete e ir embora, não achava que ele iria me dar um beijo. Ele me pegou desprevenido, me perdoe — Bakugou disse, segurando a cintura de Izuku. Izuku soluçou ainda mais em seu peito.

— Ele era bonito, você iria se assumir com ele se estivessem namorando, não iria? Por que você não me assume, Kacchan? Eu sou feio? — Izuku perguntou baixinho, com tristeza. Os dois amigos dentro do armário puderam ver a cara de tristeza e arrependimento em seu rosto e ficaram tristes por ele, além de chocados.

— Izuku — Bakugou disse suavemente, mas Izuku não olhou para ele.

— Deku, olhe para mim — Bakugou insistiu. Midoriya negou novamente.

Bakugou segurou o queixo de Izuku, obrigando-o a olhar nos olhos dele.

— Deku, escute, você é a pessoa mais bonita que existe. Eu faria de tudo por você, morreria e viveria pra você. Se você quiser assumir nosso relacionamento, podemos assumir hoje pra todo mundo, eu não me importo. Eu achei que você não quisesse me assumir e sinto muito por não ter perguntado. Eu te amo e nunca te trocaria — Bakugou falou com carinho, olhando nos olhos de Izuku. Ele soltou o queixo de Izuku e limpou as lágrimas que ainda escorriam pelo seu rosto.

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