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Ao chegar à escola, eles encontraram a garota já acordada, sentada nas escadas. A reação de todos foi a mesma: estavam surpresos por ela já estar acordada.

Ela olhava para baixo e, ao olhar para frente, se levantou e se curvou na frente de todos eles.

Sn: Perdão.

Essa simples palavra deixou todos desnorteados.

Sn: Perdão por ser imprudente e agir somente com meus instintos. Eu sei bem que alguns, senão todos, não confiam mais em mim. — Em sua voz, era possível notar que ela queria chorar, o que era mais chocante para todos. — No meu subconsciente, eu escutava somente meus instintos, falando que eles estavam machucando vocês, e me deixei levar… peso, perdão por os assustar e por não escutar suas súplicas ao me mandar para… eu sou um monstro…

Antes que ela pudesse terminar sua fala, Sakura agiu por instinto e a abraçou.

Sakura: Para de ser idiota… sabemos que você só estava preocupada.

Sugishita surpreendeu a todos quando foi o segundo a abraçar.

Sugishita: Ninguém está culpando, Sn.

Mitsuki: O seu desespero era palpável, não se preocupe.

Tsugeura: Você só não queria que ele se machucasse, e a gente te entende.

Aos poucos, todo o primeiro ano estava envolto nela, abraçando-a.

Ao soltarem-na, a garota olhou para Umemiya.

Sn: Eu aceito qualquer punição. — Seus olhos transmitiram toda a sinceridade que ela carregava.

Umemiya: Descanse. Não preciso lhe dar uma punição se já entendeu seus erros e está tentando os reparar. Só tentei agir com mais calma e não deixar seus instintos lhe dominarem; isso já basta. — Ele estava sério.

A garota concordou com a cabeça antes de abaixá-la em forma de respeito.

Hiragi, que estava descendo, parou ao lado dela, passando o braço ao redor de seu pescoço.

Hiragi: Todos nós estamos propensos a agir por impulso, garota. Não se cobre tanto. — Fala calma e com um sorriso gentil.

Aos poucos, os olhos da garota foram se enchendo de lágrimas, e elas começaram a rolar pelo seu rosto. Um sorriso torto surgiu em seus lábios.

Sn: Eu… senti medo… achei que eles iriam tirar mais pessoas importantes da minha vida… — Ao fechar os olhos, as lágrimas gordas deixavam os olhos da garota, que pela primeira vez mostrou vulnerabilidade na frente das pessoas. Essa era a primeira vez que ela se sentia segura e confortável para pôr tudo o que estava guardado há anos entalado em sua garganta.

Eles não falaram nada; apenas a deixaram falar.

Sn: Eu já perdi pessoas muito importantes para mim… por não ser forte… — Suas falas eram interrompidas por soluços. — Minha irmã Sami e minha avó… depois da luta contra os Keel, eu queria morrer… eu queria… quando eu achei que ia morrer, vocês começaram a invadir meu caminho… vocês… eu percebi que estava completando os últimos pedidos de minha irmã… pelo menos, pra mim, vocês são meus amigos… eu acabei achando mais pessoas para minha família… e ver o que aconteceu… eu não queria perder nenhum de vocês… me perdoem de verdade.

Seu choro aumentou, e ela não era a única que estava chorando. Os rostos de seus amigos estavam incrédulos com tudo o que ela guardava. Alguns tentavam disfarçar o choro, mas logo se renderam, vendo que não conseguiriam.

A Nova Delinquente Onde histórias criam vida. Descubra agora