Capítulo 12

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Conflitos no Armazém.

Tiago despertou lentamente, a cabeça pesada e a mente confusa. Quando abriu os olhos, viu os rostos conhecidos de Dante e Atlas, mas algo neles parecia diferente, mais escuro. Jade estava ao lado, sua expressão indignada e desafiadora.

— Olha só quem finalmente acordou! — disse Jade, com um tom cortante. — Vocês são pessoas ruins, e eu não posso acreditar que os conheci como uma família.

Tiago sentiu a frustração crescer dentro dele.

— Não reconheço mais vocês, Dante e Atlas. O que aconteceu com meus filhos? — ele perguntou, a voz embargada pela decepção.

Dante, frio como o aço, respondeu:

— Nós crescemos, pai. Aprendemos que a vida não é como você a pintou. É hora de encarar a realidade.

Atlas cruzou os braços, apoiando a ideia do irmão, enquanto Jade se aproximava, com um olhar provocador.

— E você? — disse Tiago, virando-se para Jade. — Você é igual ao seu pai, sangue-frio e cruel.

Jade soltou uma risada sombria.

— Pelo menos ele não é frouxo como você — retrucou, com desprezo na voz. — Ele sabe o que quer e age.

A tensão no ar era palpável. Tiago sentiu uma onda de raiva, não apenas por Jade, mas pelo que seus filhos haviam se tornado.

— Vocês se tornaram estranhos para mim — disse, a dor na voz evidente. — O que aconteceu com a família que eu conhecia?

Em um momento de desespero, Dante olhou para Atlas, um entendimento silencioso passando entre eles. E então, em um movimento rápido e decidido, o trio se lançou contra Tiago, a frieza em seus olhos.

Tiago não teve tempo de reagir. A cena que se seguiu foi rápida e brutal, com a escuridão tomando conta do armazém. O que antes era um espaço abandonado agora se tornava o local de uma traição impensável.

Depois do ato, os três se afastaram, ofegantes, mas com um ar de triunfo. Jade, em particular, parecia energizada pela ação.

— Temos que cobrir nossos rastros — disse ela, a mente já planejando os próximos passos.

Com a ajuda de políticos corruptos que viam na situação uma oportunidade de desviar a atenção, o trio conseguiu criar uma narrativa convincente. A morte de Tiago seria disfarçada como um assalto que deu errado, uma história que rapidamente se espalhou pela cidade.

Naquela noite, enquanto a cidade se agita com as notícias do "trágico incidente", Dante, Atlas e Jade se reuniram para celebrar. Em um luxuoso apartamento, o ambiente estava repleto de velas e um aroma sedutor de vinho. O clima era de comemoração, uma festa por um novo começo.

— Ao que conquistamos! — brindou Dante, erguendo seu copo.

Atlas sorriu, olhando para Jade.

— E ao que está por vir — completou.

Jade, com um brilho nos olhos, aproximou-se dos irmãos, envolvendo-os em um abraço intenso. A conexão entre eles era palpável, uma união nascida das sombras e da traição. Os beijos se tornaram ardentes, cada toque e carícia revelando a intensidade do que haviam construído.

A noite avançou, mergulhando-os em uma dança de amor e paixão, enquanto o mundo exterior continuava sem saber da verdade obscura que envolvia suas vidas. Era uma celebração, não apenas da conquista, mas da transformação que havia ocorrido.

O destino da família Mancini estava mudado para sempre, e o eco da traição ressoaria por muito tempo.


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