[Seu nome] estava esparramada na cama, as pernas longas ocupando quase metade do colchão. Com os braços cruzados atrás da cabeça, ela olhava para o teto enquanto ouvia Flávia insistir pela terceira vez.— Amor, vamos! Eu prometo que vai ser rapidinho! — a voz doce e quase suplicante de Flávia ecoava pelo quarto.
[Seu nome] suspirou, fechando os olhos por um instante, na esperança de que talvez, se ela ignorasse o suficiente, Flávia desistisse. Mas já sabia que isso era praticamente impossível. A pequena ginasta era persistente, uma verdadeira força da natureza quando se tratava de conseguir o que queria.
— Não precisa de mim lá. Vai você! Eu... eu espero aqui. — [Seu nome] tentou, sem abrir os olhos.
Flávia bufou, andando até a beirada da cama. Com um sorriso travesso no rosto, ela pulou sobre a namorada, subindo em cima dela e cutucando suas costelas, provocando risadas imediatas de [Seu nome].
— Vai! — Flávia insistiu, entre risadas. — Eu quero sua companhia. Vai ser divertido!
— Divertido? Ficar sentada num salão enquanto você faz o cabelo? — [Seu nome] respondeu entre risadas, tentando afastar as mãos de Flávia, mas sem sucesso. — Parece tortura.
Flávia sorriu vitoriosa, sabendo que estava vencendo a resistência da namorada.
— Prometo que vai valer a pena. Além disso, se você vier, depois a gente pode passar em algum lugar pra comer, que tal? — Flávia piscou, jogando todo o charme que sabia que funcionava.
[Seu nome] revirou os olhos, mas com um sorriso nos lábios.
— Tá bom, tá bom. Você venceu, pequena. Vamos logo antes que eu me arrependa. — Ela finalmente se levantou da cama, esticando o corpo.
Flávia vibrou e deu um beijo rápido nos lábios de [Seu nome].
— Sabia que você ia ceder!
Minutos depois, as duas estavam no carro a caminho do salão. Flávia, animada como sempre, falava sem parar sobre o que queria fazer no cabelo, enquanto [Seu nome], acostumada com o corte simples e rápido do próprio cabelo, ouvia com certo desdém.
Assim que chegaram ao salão, Flávia foi imediatamente recebida pela cabeleireira de confiança, uma mulher de meia-idade que sorria ao vê-las entrar.
— Oi, Flávia! Trouxe companhia hoje? — a mulher perguntou, lançando um olhar curioso para [Seu nome], que já se jogava na cadeira de espera.
— Sim, trouxe minha namorada. Hoje ela vai me fazer companhia! — Flávia respondeu com um sorriso travesso.
[Seu nome] deu um aceno tímido, já sentindo a impaciência crescer dentro dela. Não era que não gostasse de acompanhar Flávia, mas o que poderia ser interessante em ficar horas sentada enquanto alguém mexia no cabelo da namorada?