Elliot Lockhart 4 parte 2

1.1K 97 25
                                    

O lugar não é tão ruim e fica perto do centro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O lugar não é tão ruim e fica perto do centro. Entrei no elevador, coloquei para o terceiro andar. Assim que cheguei, vi um homem na frente da sua porta com uma bandeja na mão. Fiquei esperando encostado na parede, observando para ver o que ele queria. Ele bateu na sua porta, ela abriu com um sorriso no rosto, toda fofa.

— Oi, Evans, o que está fazendo aqui? — ela perguntou toda boba.

— Eu fiz torta de maçã lá em casa, queria te trazer um pedaço, sei que você trabalha muito e não tem tempo para cozinhar — ele disse.

Estalei meu pescoço, pedi paciência aos céus porque não era possível que minha mulher estivesse de gracinha com a porra do vizinho.

— Você é tão gentil, muito obrigado — ela falou sorrindo.

Ele se despediu, ela fechou a porta e ele veio andando na minha direção para entrar no elevador. Quando ele chegou perto, ele me cumprimentou e entrou, e é lógico que eu não respondi. Fui até a porta da Amy, respirei fundo para não surtar e bati, ela abriu a porta e, quando me viu, seu sorriso desmanchou e ela veio para cima de mim com uma faca na mão.

— EU DISSE QUE SE APARECESSE NA MINHA FRENTE, EU TE MATARIA — ela gritou.

Eu segurei o pulso dela, ela realmente queria cravar a faca em mim. Ethan deu um pulo no sofá quando me viu, ficou assustado, parece que Amy não contou para ele que eu estou vivo. Ele foi até a Amy e tentou puxá-la para que ela não me matasse, estava tudo um caos.

— Não, Amy, não mata o meu irmão, ele acabou de ressuscitar dos mortos — ele disse, puxando-a pela barriga.

— Mas ele vai voltar para a porra do inferno agora — ela falou, tentando me acertar com a faca.

Eu não queria usar força com ela, mas eu precisava pará-la, então eu apertei o pulso dela com um pouco mais de força e ela soltou a faca, puxei até a parede e pressionei, sem deixar espaço para ela sair ou fazer qualquer coisa.

— Por que tinha um homem na sua porta? — perguntei irritado.

— Ele é meu homem, eu transo com ele todas as noites, não só com ele, já transei com uns vinte, Elliot — ela falou.

Eu fervi, quase tive um treco, já comecei a pensar no tanto de homem que eu vou ter que matar.

— É mentira, ela fica trancada no quarto chorando por você, ou bebendo. A coitada não é nem mais freira, já virou padre — Ethan disse.

— Cala a porra da boca, Ethan — ela o advertiu.

— Não, Amy, não pode mentir, tem que falar a verdade. A bichinha é quase virgem de novo — Ethan respondeu.

Eu dei um sorriso aliviado. Amy me deu um chute forte no meio das pernas, deu um grito histérico, entrou no quarto e fechou a porta com força. Eu bufei, fui até o meu irmão e passei a mão na sua cabeça, ele está bem, eles estão bem.

— Você cresceu — falei.

— E você está tomando bomba com certeza — ele zombou.

Eu ri, dei uma volta mostrando como eu estava diferente, levantei a manga da minha blusa social e mostrei a minha tatuagem.

— Gostou?

— Está parecendo um traficante — ele disse, rindo.

Sentamos no sofá, ele ficou meio inquieto.

— Desculpa ter ficado tanto tempo fora, vocês devem ter sofrido muito — falei.

— Amy sofreu mais que eu, ela precisou trabalhar em uma lanchonete no centro, o dono quase abusou dela, mas ela se defendeu dando uma panelada na cabeça dele, ela tem uma cicatriz até hoje por causa disso.

Merda, eu não estava aqui para protegê-la, me senti ainda mais culpado. Ele me disse onde ficava a lanchonete, mais tarde eu resolvo isso.

— E Ana? — Seu sorriso murchou.

— Eu queria muito te trazer boas notícias, mas nós estamos fazendo possível — respondi.

— Ok, eu entendo — ele falou. — Acho melhor você tentar conversar com a Amy direito, agora eu entendi porque desde ontem ela está irritada.

Ele saiu e entrou para o seu quarto. O que vou fazer, ela não quer conversar comigo. Não foi fácil ficar sem ela e o meu irmão. Sentei-me na frente da porta do quarto dela e dei uma batida.

— Vai embora — ela disse.

— Vamos conversar como duas pessoas civilizadas? Abre a porta, Amy.

Ouvi-a destrancando, me levantei e virei a maçaneta, a porta abriu. Ela estava encostada na parede, visivelmente chateada, olhando para baixo. Fiquei na sua frente, puxei seu queixo para que ela me olhasse nos olhos, mas ela tirou a minha mão, então abaixei e deixei nossos rostos bem pertinho um do outro, peguei na sua mão onde tinha uma cicatriz e beijei.

— Eu não quero você na minha casa — ela disse, soltando sua mão de mim.

— Venha morar comigo, você e o Ethan.

— Não, você nunca confiou em mim, Elliot. Como vocês conseguiram tudo aquilo? Me diz — ela perguntou, irritada.

Eu peguei a caixinha de cigarros que estava no meu bolso e mostrei para ela, ela segurou e leu.

— Alejandro tabacos, o que é isso?

— Nós abrimos uma fábrica de cigarro — respondi.

— Mas quem é Alejandro? — ela perguntou.

— Meu nome falso.

— Mas é mexicano — ela gargalhou.

Faz tempo que não a vejo sorrindo, passei meu polegar pelos seus lábios.

— Eu não vou te chamar desse jeito.

— Não precisa, pode me chamar de marido, de esposo, de meu homem — sussurrei, pressionando-a na parede.

— Você não é nada disso — ela sussurrou. — Eu não vou te perdoar pelos últimos cinco anos.

Olhei para trás e vi a minha poltrona, ela não jogou fora.

— Você fez o que eu pedi? — esfreguei meu polegar nos seus lábios. — Se tocou para mim até que eu voltasse?

A respiração dela ficou mais forte, seu rosto estava mais vermelho.

— Não fiz — ela falou sem me olhar nos olhos.

— Mentirosa, você se tocou sim e ainda fez isso na minha poltrona, admite Amy — rosnei.

Eu estava esfregando meu dedo nos seus lábios carnudos, imaginando meu pau entrando naquela boca de novo. Ela não admitiu, ficou em silêncio, me aproximei tentando beija-la, mas ela virou o rosto, o que me deixou puto.

— Que merda — saí de perto dela, irritado.

— O que foi? — ela perguntou.

— Nada, é só a porra da minha mulher que está me rejeitando — falei, passando a mão no meu cabelo.

Saí puto, eu precisava ficar longe dela, se não eu iria fazer uma besteira. Eu não quero ser rude, não quero ser bruto, vou esperá-la se abrir para mim de novo e eu sei que ela vira. Peguei o elevador e, quando chegou no segundo andar, o idiota do homem que estava na porta dela entrou. Eu já não estou muito bem, agora isso ainda acontece.

— Olá, nunca te vi por aqui — ele disse.

Ele ainda vai tentar puxar conversa comigo, o que eu fiz para merecer isso? Eu não mato pessoas inocentes, tenho que repetir isso na minha mente.

— Eu viajo muito, vim ver o apartamento que minha esposa alugou para a gente — respondi frio.

— Esposa? Mas no terceiro só tem a policial e o irmão dela — ele disse.

— Ela mesmo, Amy Grace, minha esposa.

— Ela nunca disse que era casada, ela deve estar muito feliz em ver você — ele disse, olhando para baixo.

— Você nem imagina como ela me recebeu de braços abertos e com um sorriso de ponta a ponta — respondi.

— Que bom, fico feliz por vocês — ele disse.

Fica feliz? Deve estar doido para pegar a minha garota, mas nem se eu estivesse morto ele ficaria com a Amy.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Quem já está ficando com pena do Elliot sendo rejeitado? 😭

Só relembrando que mudei de 7 anos para 5 anos o reencontro.

Já peço desculpas pelos erros de português.

Não se esqueça de deixar uma estrelinha para me ajudar.

O amor dos contrários Onde histórias criam vida. Descubra agora