Capítulo 9

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O parque estava especialmente bonito naquele fim de tarde. O sol tinha um brilho dourado sobre o lago, onde os patos nadavam preguiçosamente. Eu estava na beira da água, jogando migalhas de pão para os patos, observando como eles se aproximavam ansiosos pelo pedaço de comida.

Alimentar os animais não era permitido - mas todo mundo fazia -, se algum segurança nos visse aquilo, mandaria nos retirar.

— Vem cá, cinzinha — murmurei, estendendo a mão com um pedaço de pão. Um pato cinza curioso se aproximou e pegou a migalha, me fazendo sorrir.

— Acho que é proibido alimentar os patos, princesa.

Reviro os olhos, de forma irônica, ao ouvir Aleksander. Ele estava atrás de mim fotografando algumas áreas do parque.

Volto a minha atividade clandestina.

Após dar comida para três tipos diferentes de patos, vejo pelo meu campo de visão Aleksander caminhar lentamente parar do meu lado. Ele aponta a câmera na minha direção e um click é soado.

Olho para ele. Aleksander tinha um sorriso travesso no rosto.

— Gostou da foto?

— Gosto mais da modelo — ele respondeu, piscando para mim.

Sinto meu rosto corar. Aleksander às vezes soltava esses charmes para cima de mim e eu toda vez não sabia como agir. Ele poderia estar brincando, flertando na diversão, mas ele parecia tão sério e verdadeiro com suas falas.

Alek tira mais uma foto minha e observa a resolução, com um sorriso no rosto. Pelo jeito a foto ficará boa. Ele guarda a camera digital pequena o bastante para caber no seu bolso de trás da calça em seguida.

Volto minha atenção para os patos, tentando esconder que estava o encarando por tempo demais. Sei que estavamos em um encontro, porém ele poderia me achar uma louca. No entanto, Aleksander se aproxima mais da onde estou e senta-se ao meu lado na grama. O ar fresco, e a brisa suave passava por nós dois.

Como combinado, depois de fazer a "feira" com minha vó no supermercado, voltamos para casa e me arrumei para o segundo encontro o mais rápido que tive na minha vida. Antigamente quando eu tinha outros encontros, nunca passava do primeiro, porém quando esse raro acontecimento acontecia, demorava 1 semana no máximo para nós se encontrar, mas com Aleksander foi tudo diferente e eu amei isso.

Dessa vez nos encontramos em ponto na frente do parque, ninguém se atrasou ou chegou antes do esperado. Assim que saio do carro que chamei, ele se aproximando da entrada do parque com uma camisa do cantor Tupac, os dreads amarrados no topo da cabeça como ontem que eu o encontrei, ele estampava um sorriso no rosto.

Suspirei até aliviada em vê-lo novamente

Aleksander me tira dos meus devaneios.

— Então, me conta mais sobre você, Tiana. — A forma como ele fala meu nome é demorada e sedutora.

— O que você quer saber? — jogo os últimos pedaços de pães para os patos e me concentro totalmente em Aleksander. Os animais que me rodeavam se dispersam no lago.

— Hm, deixe-me ver. Quero saber mais em...

Dou uma risada.

— Isso é como em uma entrevista? Vamos lá, sou organizada, responsável, odeio gente preguiçosa e não sou boa trabalhando em grupos.

Aleksander se ajunta a mim em uma risada.

— Também não sou bom trabalhando em equipe, por isso escolhi a profissão que tenho.

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