o medo nas sombras

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O restaurante estava mais vazio do que nunca. Rosa observava as mesas, lembrando-se dos dias em que o lugar vibrava com risadas e conversas animadas. Agora, a tensão pairava no ar, e os poucos clientes que apareciam pareciam mais preocupados do que relaxados.

Uma cliente, com expressão ansiosa, chamou Rosa.

— Com licença, você é a namorada da policial Carol, não é? — perguntou, com a voz trêmula.

Rosa assentiu, um pouco surpresa.

— Sim, sou eu.

— Você sabe de algo sobre esses ataques? — a mulher insistiu, inclinando-se para frente. — O que está acontecendo na cidade?

Rosa balançou a cabeça, tentando manter a calma.

— Desculpe, mas Carol não pode me contar nada sobre isso. É um assunto de polícia.

A cliente se exaltou, levantando a voz.

— Então você está dizendo que não sabe de nada? Como pode ser tão despreocupada? Isso é uma loucura!

Nesse momento, o chefe de Rosa se aproximou, colocando uma mão tranquilizadora no ombro dela.

— Ei! Não adianta gritar com a garçonete. A Rosa não tem culpa de nada.

A cliente cruzou os braços, ainda irritada.

— Desculpe, fico com raiva rapidamente! — disse ela, respirando fundo. — É só que estou preocupada com minha família.

Rosa tentou ser compreensiva.

— Eu também estou preocupada. Não consigo parar de pensar nisso... Minha namorada é policial e está na linha de frente.

A mulher olhou para Rosa com um misto de empatia e frustração.

— Eu entendo... é difícil para todos nós.

Enquanto isso, na delegacia, Carol e seus colegas estavam imersos em discussões acaloradas sobre os ataques. Um dos policiais levantou uma informação alarmante.

— Pessoal! Um bandido foi solto ontem à tarde e hoje ele foi visto no restaurante principal da cidade ao meio-dia!

Carol imediatamente se lembrou do restaurante e sentiu um frio na barriga.

— Precisamos ir até lá agora! — disse ela, determinada.

Carol chegou ao restaurante em poucos minutos e sentiu um alívio ao ver Rosa atrás do balcão. Correu até ela e a abraçou fortemente.

— Rosa! Você está bem?

Rosa olhou para Carol com preocupação nos olhos.

— Estou sim... Mas o que está acontecendo? Vi um rapaz estranho aqui hoje; ele parecia inquieto...

O chefe de Rosa se aproximou também.

— Eu achei aquele cara suspeito também. Ele estava agindo de maneira estranha.

Rosa franziu a testa, confusa.

— Espera... Esse rapaz é o que está aterrorizando a cidade?

Carol confirmou com um aceno grave de cabeça.

— Sim... E precisamos saber o que ele queria aqui.

Rosa olhou ao redor, tentando entender a gravidade da situação.

— Mas o que isso tem a ver comigo? — perguntou, sentindo um nó se formar em seu estômago.

Carol segurou as mãos de Rosa firmemente.

— Vamos descobrir juntas. Você não está sozinha nisso.

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