Capítulo 5: ''Julgamento''

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[REDWOOD VALLEY – EUA – MEIO-DIA]

POV: JACOB EVANS

Assim que descemos do carro, a atmosfera parecia diferente. Ainda que a brisa calma da floresta estivesse ao nosso redor, era como se não estivéssemos sozinhos. Pra falar a verdade, a inclusão da Alice nisso ainda não é uma ideia boa. Não dá pra dizer que confiamos ou deixamos de confiar na criança, mas ela realmente parece mais útil ao nosso lado do que atrapalhando. O grande problema agora é se acontecer alguma situação perigosa que nos faça dividir a atenção.

Enquanto pensava nisso, meu balão parecia pulsar no bolso do meu pijama. Normalmente, isso ocorre quando ele "fala" comigo ou quando está me avisando de algum tipo de perigo ao redor. Quando conheci os outros, ele parecia pulsar provavelmente por não entender o que eles representam pra mim, se são ameaças ou não. Nesse momento, ele parecia indicar um alerta na região, o que instantaneamente me fazia olhar ao redor a todo momento enquanto todos pareciam ficar prontos.

Ao analisar o ambiente ao redor daquela estrada atravessando a mata de Redwood Valley, notei algo estranho. Do outro lado da rua, havia uma placa e um portal com uma inscrição similar ao que estávamos, o Nostuville. No topo daquele portal curvo de madeira, a placa dizia:

"SUNPHERA"

Jacob: Pessoal... – Todos olham pra mim – O outro acampamento não ficava no Sul? Acho que era isso que tava escrito na folha.

José: Marciel? – O padre se vira para Marcelo, aguardando uma confirmação.

Alice: Calma, não era Marcelo? – A garota, questiona, virando a cabeça.

Arvid: Quantos nomes você tem mesmo, mago?

Marcelo: Se depender de vocês, eu vou arranjar uma crise de identidade, isso sim – Ele pega a página do bolso e a abre novamente – É o que tá escrito mesmo...

Jacob: Não faz o menor sentido a Elena escrever a localização deles entre parênteses como Norte e Sul se tá um do lado do outro praticamente.

Alice: Mas... o Sul não fica pra trás e o Norte na frente? – Ela pergunta, inocentemente.

Jacob: "Acho que isso... explica as coisas. Já dá pra saber quem escreveu ATÉ isso." – Pensei, soltando um suspiro.

José: Enfim, meus amigos, não vai mudar nada agora. Vamos ver o movimento do acampamento antes de tomar qualquer decisão – O padre comentou, segurando a mão da Alice e me esperando.

Como ficou combinado, o padre e eu ficaríamos encarregados de vigiar a garota. De acordo com a Alice, talvez houvesse algum tipo de utilidade pras habilidades estranhas dela na nossa missão. A aura dela é estranha, mesmo sendo tão inocente. Quando ela nos ajuda ou mostra que tem algo de diferente, a sensação que eu tenho é a de que ela quase repreende isso. Talvez a Elena não goste que ela use por medo de ela gostar e querer seguir o caminho dela. Independente da razão, o que a Alice possui é de natureza enigmática e desconhecida pra mim.

Todos nos dirigimos ao acampamento sorrateiramente, observando o fluxo de pessoas caminhando lá dentro. Depois de algum tempo, percebemos que provavelmente os campistas haviam ido ao lago mais próximo. O acampamento parecia quase vazio, com exceção de poucos sons de passos. O lugar tinha muros feitos a partir de troncos de árvores sobrepostos, dando uma sensação de segurança como um forte faria. No interior, era possível perceber as cabanas grandes de madeira de ambos os lados, uma trilha de pedras brancas no centro que conectava a outras áreas do acampamento e algumas mesas de madeira cobertas com toalhas vermelhas quadriculadas.

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⏰ Última atualização: Nov 15 ⏰

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