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Eu acordo cansada e quando eu me levanto e me olho no espelho meus olhos estão inchados, eu pego duas colheres, boto no congelador e vou me arrumar.

Visto minha roupa, fazendo a mesma rotina de sempre, depois eu vou no congelador e pego as colheres que eu tinha colocado lá e boto elas nos meus olhos para desinchar eles, dessa vez eu não vou ver a minha mãe, eu cansei.

Assim que a colher já esta em temperatura ambiente eu tiro ela dos meus olhos então vou me olhar no espelho, meus olhos ja estão mais desinchados, então ja estou pronta pro trabalho. Sem enrolação eu vou pra cafeteria.

Assim que eu chego eu vejo que Jake esta sentado em uma das mesas, como ele ja esta aqui? Será que estou atrasada?

Me dirijo ao balcão, logo localizando meu chefe, me aproximo do mesmo.

Lip, eu cheguei atrasada?

Ele olha o relógio de seu pulso.

Não, porque?

— Esquece — Visto meu avental.

Eu passo um pano com álcool em gel no balcão e depois vou até a mesa de Jake.

Chegou cedo — Eu falo pro homem que logo da uma risada curta.

— Pois é. Eu queria ver como você tava — Ele fala com aquele sorriso encantador dele.

Você é um fofo, Jay — eu falo com um sorriso tímido, mas assim que ele vai me responder entra um cliente no café — Agora eu tenho que fazer meu trabalho, mas você quer pedir algo?

— um latte seria ótimo.

— Claro, vou preparar ele — Eu me viro e vou pro balcão.

Logo a cliente vai em frente ao balcão e eu me viro para ela.

Olá, bom dia, o que a senhora vai querer hoje? — Falo com o meu jeito simpática.

— "Senhora" não, que eu não sou velha. Eu quero um café preto — a mulher fala parecendo enojada.

— Ah, sim, desculpe, mais alguma coisa?

— Não.

— É só aguardar agora — Assim que eu falo a mulher se vira e vai sentar em uma mesa, então eu começo a preparar os cafés.

Eu termino o latte de Jake e vou entregar pra ele, ele apenas agradece então rapidamente vou entregar o café da mulher.

Assim que eu volto pro balcão a mulher me chama.

Tá sem açúcar — Ela cospe.

Então eu logo pego um saquinho de açúcar e entrego a ela.

[...]

O dia passa e Jake continua lá, eu converso um pouco com ele e atendo algumas pessoas de repente meu chefe aparece parecendo preocupado mas ao mesmo tempo sério.

Cloe, sua mãe está no hospital. — ele fala e eu levo um tempo que raciocinar.

Que?! O que aconteceu? — Passo a mão no meu rosto preocupada.

Parece que os vizinhos acharam ela desmaiada e ligaram pra ambulância, o hospital acabou de me ligar. — Assim que ele fala parece que o mundo começa a girar então eu rapidamente começo a pegar minhas coisas pra ir pro hospital.

Eu pego meu celular para chamar um Uber.

Clo? O que aconteceu? — Jake vem até mim.

Minha mãe ta no hospital. — Falo inquieta

Eu posso te levar. — Oferece preocupado

Não respondo e apenas assinto com a cabeça pouco me importo se fui mal educada, eu preciso ver minha mãe.

Caminho praticamente correndo pelos corredores do hospital procurando pelo quarto da minha mãe.

Nem sequer olhava para trás para ver se Jake estava comigo.

Enfim eu acho o quarto em que ela estava, assim que Jake aparece no quarto ele fica ao meu lado ante a mulher na cama, ela estava cheia de fios ligados a ela, mas que merda, é culpa minha ela estar assim.

Sinto braços envolvendo meu corpo, aquele cheiro amadeirado de seu perfume, Jake era tão cheiroso, fecho meus olhos tentando aproveitar o abraço esquecendo da mulher a minha frente.

Tá tudo bem, Cloe... — a voz suave tentando me acalmar como se eu fosse uma criança fazendo birra. Não posso segurar, minhas lágrimas desabam, aperto Jake cada vez mais como se fosse para suprir minha dor.

Eu só quero que tudo acabe, meus soluços mostram-se assim como meus resmungos de choro.

Ei... — levanta minha cabeça entre seus dedos, a expressão preocupada aparente — Ela vai ficar bem, ok? — tenta me acalmar, mas sei muito bem que são apenas ilusões porque não tem a coragem de me dizer a verdade.

Não, ela não vai. — Me viro e abandono ele naquela sala, não consigo ficar ali.

Eu não quero aceitar aquilo, não quero aceitar que ela vai partir.

Me acomodo no banco com a cabeça baixa sem saber o que fazer.

O moreno senta ao meu lado quieto parecendo meio desconfortável com a situação.

Eu sinto muito pela sua mãe, Cloe... Eu só queria te confortar... — Esclarece e olha pra mim.

Pisco algumas vezes tentando fazer que as lágrimas parassem, mas não consigo, eu desisto e abraço Jake. Ele enrola minha cintura com um braço e o outro vai para minha cabeça fazendo cafuné. De repente escutamos um apito contínuo do quarto da minha mãe, então alguns médicos correm para o quarto, sem demora eu me levanto e vou pro quarto, assim que eu chego no quarto eu vejo o frequencímetro com a linha dos batimentos cardíacos apenas reta.
Ela morreu.
É culpa minha, eu devia ter visto ela hoje de manhã.

Os médicos declaram o óbito, e eu só consigo ficar parada em choque observando, não posso acreditar, uma médica me tira dali, mas eu ainda estou em choque, Jake vem atrás de mim desesperado e preocupado.

Ele começa a falar algumas coisas tentando me ajudar, mas eu não consigo me concentrar, só consigo me culpar, as lágrimas caindo, os braços de Jake me envolvendo tentando me confortar, tudo parece uma bagunça.

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⏰ Última atualização: 7 days ago ⏰

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𝐎 𝐜𝐥𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞 (𝑻𝒉𝒐𝒎𝒂𝒔 𝑺𝒂𝒏𝒈𝒔𝒕𝒆𝒓)Onde histórias criam vida. Descubra agora