- CAPÍTULO SEIS - O Mistério da Máscara Branca

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Na segunda-feira, Alvo Severo Potter acordou com uma mistura de ansiedade e empolgação, sentia-se como um peixe fora d'água na Sonserina. A cada passo que dava, os olhares curiosos e julgadores dos outros alunos o faziam sentir-se exposto. Os murmúrios começaram a acompanhar Alvo Potter desde o momento em que ele saiu do dormitório naquela manhã. As conversas sussurradas e olhares curiosos dos alunos o seguiram pelos corredores de Hogwarts, tornando o ambiente ainda mais desconfortável. Alvo sabia que a presença de um Potter na Sonserina era algo inesperado e, para muitos, um enigma.

A primeira aula do dia era Herbologia, e os alunos se dirigiram às estufas atrás do castelo, ansiosos para as lições do dia. Ao chegar, Alvo sentiu um leve constrangimento ao perceber que seu padrinho, Neville Longbottom, era o professor da aula. Quando Neville o viu, um sorriso largo se espalhou pelo seu rosto e ele correu para abraçar Alvo com entusiasmo e um sorriso acolhedor.

- Ah, Al! - disse ele, percebendo Alvo e usando o apelido carinhoso. Alvo corou, sentindo-se constrangido.

- Padrinho, estamos em aula! - exclamou Alvo, envergonhado, tentando manter a compostura.

- Eu sei, Al, - respondeu Neville, ainda sorrindo enquanto o abraçava. - Mas não posso deixar de me alegrar ao ver você.

- Me chama de Alvo, padrinho. - Alvo corrigiu com um sorriso tímido.

- Okay! - concordou Neville, claramente animado.

- Bom dia, primeiranistas! - saudou Neville. - Hoje vamos aprender sobre as plantas sanguinárias, um dos ingredientes da poção Polissuco. - começou Neville, sua voz carregada de entusiasmo - é uma das mais poderosas e versáteis poções que conhecemos. Ela permite que o bruxo assume a forma de outra pessoa, mas exige um conhecimento profundo de botânica e alquimia para ser preparada corretamente.

Regina revirou os olhos e bufou irritada.

- Plantas sanguinárias? Que nome apropriado para uma planta que sangra, não acha? - comentou Regina, o sarcasmo evidente na voz.

Neville caminhou entre as bancadas, mostrando aos alunos os ingredientes necessários para a poção. Havia raízes de Mandrágora em vasos, cuja voz agudíssima podia ser fatal se ouvida sem proteção, folhas de descurainia, capazes de curar quase qualquer ferimento, e pétalas de Asfódelo, que conferiam à poção sua propriedade de transformação.

- Separados em duplas, vamos extrair o sangue das plantas sanguinárias - Falou Neville mostrando um frasco com o líquido vermelho.

Enquanto Neville começava a aula, Alvo observava Neville com admiração. O professor não era apenas um excelente docente, mas também um homem gentil e compassivo. Ao contrário do que muitos pensavam, a Herbologia não era apenas uma matéria sobre plantas, mas também uma forma de se conectar com a natureza e com a magia.

Durante a aula, Alvo e Póllux trabalharam juntos, extraindo uma pequena quantidade de líquido da planta sanguinária. Alvo se surpreendeu com a facilidade com que Póllux manuseava a planta e seguia as instruções de Neville. Os dois garotos trabalhavam em perfeita sincronia e cuidado. Alvo notou que Póllux Warrington estava particularmente interessado no assunto. Póllux fazia perguntas inteligentes e parecia entender tudo rapidamente, ao contrário de seu irmão, Cástor, que não demonstrava o mesmo entusiasmo. Alvo, que também gostava de Herbologia, viu nisso uma oportunidade de se aproximar de Póllux .

- Você gosta de Herbologia? - Alvo perguntou, tentando iniciar uma conversa.

- Sim, bastante. - respondeu Póllux , com um leve sorriso. - É uma das minhas matérias preferidas.

Alvo Potter e a Máscara BrancaOnde histórias criam vida. Descubra agora