- CAPÍTULO DEZ - Aracnara

1 0 0
                                    


Na manhã seguinte o Dia das Bruxas havia chegado a Hogwarts, o cheiro delicioso de abóbora assada que se espalhava pelos corredores, a escola estava toda enfeitada com abóboras iluminadas, fantasmas flutuantes e teias de aranha mágicas. Alvo e Scorpius estavam empolgados com a festa que aconteceria no Grande Salão naquela noite. Alvo, Scorpius, Cástor e Póllux estavam ansiosos pela aula de Feitiços com o Professor Flitwick, um dos professores mais queridos e respeitados da escola.

Ao entrarem na sala de aula, os alunos foram recebidos por uma visão fascinante: o Professor Flitwick estava em pé em cima de uma pilha de livros para alcançar seu púlpito, com um brilho nos olhos e um sorriso animado no rosto. Ao seu redor, flutuavam livros antigos e pergaminhos, criando uma atmosfera de curiosidade e expectativa.

— Bom dia, alunos! — exclamou o Professor Flitwick, sua voz pequena, mas firme. — Hoje, tenho uma história muito especial para compartilhar com vocês, além de um feitiço extraordinário que vocês terão a chance de aprender.

Ele começou a aula desenhando um diagrama na lousa, dividindo a mente em camadas como uma cebola.

— Hoje, vamos explorar as profundezas da mente e os mistérios dos sonhos.

Alvo, que sempre foi curioso sobre a mente humana, se inclinou para frente, prestando atenção em cada palavra do professor. De alguma forma, essa ideia de explorar a mente de alguém o fascinava.

— A legilimência, meus caros, é a arte de navegar magicamente por essas camadas, interpretando pensamentos, memórias e emoções. É como mergulhar em um mar de consciência. Imagine ser capaz de ler os pensamentos mais profundos de uma pessoa, seus medos mais secretos, seus desejos mais íntimos.

Flitwick fez uma pausa dramática.

— Mas a legilimência é uma arte delicada e complexa. A mente é um lugar tortuoso, cheio de defesas e mecanismos de proteção. A oclumência, por sua vez, é a arte de proteger a mente contra a intrusão de um legilimentes. É como construir um escudo mágico ao redor de seus pensamentos mais profundos.

Os olhos dos alunos se arregalaram de curiosidade.

— E agora, vamos falar de algo ainda mais intrigante: a capacidade de penetrar nos sonhos.

Os alunos se acomodaram em seus assentos, intrigados. Flitwick fez um gesto com a varinha, e um livro antigo, com a capa de couro desgastada, flutuou até suas mãos.

— Esta é a história de Eleanora de Middleditch, uma bruxa talentosa da Idade Média, que se apaixonou por um duende chamado Tharun — começou Flitwick. — Naquela época, relacionamentos entre bruxos e duendes eram extremamente raros e frequentemente mal vistos. No entanto, Eleanora e Tharun não se deixaram deter pelas barreiras sociais e culturais. Juntos, eles criaram um feitiço incrível chamado Sonharium Coniunctio.

Os olhos dos alunos brilharam de curiosidade enquanto Flitwick continuava a história.

— O feitiço Sonharium Coniunctio permite que dois indivíduos entrem em um estado de sonho compartilhado, onde podem se encontrar e interagir livremente, como se estivessem fisicamente presentes um com o outro. — Flitwick fez uma pausa para deixar a informação se assentar. — Em um ambiente onírico seguro e estável, os dois podem se comunicar e passar tempo juntos sem a interferência do mundo exterior. A duração do sonho compartilhado é limitada ao período de sono natural de ambos os indivíduos.

Os alunos murmuraram entre si, impressionados com a ideia de um feitiço tão poderoso e íntimo. Alvo e Scorpius trocaram olhares de excitação.

— Imagine poder explorar os sonhos de outra pessoa, desvendar seus medos e desejos mais profundos. Ou, quem sabe, até mesmo compartilhar suas próprias aventuras oníricas.

Alvo Potter e a Máscara BrancaOnde histórias criam vida. Descubra agora