Capítulo XII

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Um capitulo um pouco longo.

Não foi revisado

~Boa leitura~

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Neil só voltou a ver Andrew no treino da segunda-feira, o anão havia tomado algum chá de sumiço no fim de semana, junto aos primos e Kevin. Ele não gostou tanto quanto achava que gostaria por não ter que aturar Kevin, a noite de sexta se repetia frequentemente em sua cabeça. Como um disco arranhado. Suas interações com o loiro se tornaram muito rotineiras para não sentir alguma falta da presença do mesmo naqueles dois dias.

Neil suspeitava que o tempo de sobrevivência com sua mãe o tenha acostumado a estar na presença continua de alguém. Não que ele se sentisse confortável para falar de besteiras com Mary, diferente de Andrew, a presença dela o fazia ficar alerta e rígido como uma pedra, mas mesmo assim ele gostava, se sentia seguro.

Tecnicamente, ele já deveria ter superado um pouco o fato de não gostar de ficar sozinho, contudo, isso parecia ser algo dele, algo como seu amor por exy e o repudio de seu pai, suas verdades absolutas.

Andrew parecia mais nervoso do que já vira antes, Neil notou ao vê-lo na quadra, ele estava aquecendo uma expressão maníaca e músculos completamente tensos. Neil poderia sentir medo, entretanto ele estava mais para preocupado. Andrew dispensou até mesmo Renee, ato que fez as raposas ficarem mais com humores mais amenos, com Kevin evitando comentários muito rudes e Seth não causando tantas brigas como o normal. O bom é foi o treino mais descente que teve desde que as raposas chegaram, o ruim foi a causa do bom treino.

Ainda tentava entender o porquê Andrew estava agindo tão estranhamente o dia todo — sem nem mesmo provocar Neil como costumava fazer quando dopado — quando foi se deitar naquela noite, infelizmente não teve muito tempo para refletir. Alguém estava esmurrando a porta da suíte, o punho pesado demais para ser de uma das meninas. Matt estava no computador no outro aposento, e Neil ouviu sua cadeira ranger quando se levantou para investigar. Neil ficou alerta com o som dos passos de Matt se afastando do quarto e indo até a porta, ele não conseguiu ouvir o que ele e o visitante diziam, mas definitivamente escutou a porta bater com força contra o corpo obstinado de alguém.

Lembrando do belo histórico das raposas com rivalidades e violência, Neil se levantou, andando rapidamente até a entrada do dormitório.

— Kevin, eu juro por Deus...

Ele acelerou o passo, chegando a tempo para ver Seth se pondo ao lado de Matt como barreira firme. Kevin fazia uma careta de desgosto a eles dois, assim que desviou o olhar conseguiu encontrar com os de Neil.

— Você se esqueceu? Só porque te dei uma folga semana passada não significa que você pode vadiar a noite.

Neil piscou, e juntou a sobrancelha, entendo o porquê da presença de Kevin ali em seu dormitório.

— Você quer dizer dormir? — perguntou Neil.

— Vadiar. — disse Kevin. — Que essa seja a última vez que tenha que vir, meu humor fica pior se eu tenho que buscar as coisas.

Neil revirou os olhos.

— Seu humor é horrível, Day, não importa o que você ou qualquer um faça. — Neil bocejou e pediu para Matt e Seth lhe darem passagem.

— O que? — O dois falaram quase que em uníssono.

— Não quero que Kevin seja problema de mais alguém, volto mais tarde. — declarou Neil.

— Você é idiota? — perguntou Seth.

— Sim — confirmou Neil. — Afinal, eu aceitei isso. — murmurou baixo para si enquanto passava pelos colegas de quarto.

I Need to Live, Not Survive - All for The GameOnde histórias criam vida. Descubra agora