Mal a policial tinha entrado, logo viu Lena caminhando do fundo vestida com um robe de seda, as duas se encararam por alguns instantes, o som das duas pequenas gargalhando era o único som no ambiente, Lena acabou sorrindo antes de começar a falar – Eu vi que vocês deu banho nela e a trocou, muito obrigada por isso.
- Sem problema, as duas se ajudaram no banho na verdade eu só fiquei de olho nelas. Eu dei a janta também, nunca tinha visto a Lauren comer tanto. Elas estavam famintas.
- Piscina geralmente deixa as crianças assim.
- Me desculpe por invadir, mas elas ficaram tão tristes de terminar o dia que eu concordei que elas brincassem mais um pouco, espero que não tenha problemas...
- Não tem – Lena foi até uma poltrona sem braços retirando algumas roupas que estavam ali – Sente-se, por favor. Ahn, você quer alguma coisa?
A loira se sentou ficando incrivelmente perto da mais velha, conseguia até mesmo sentir o aroma do hidratante que ela devia ter passado a pouco, todos os seus sentidos se afloraram, então só negou com a cabeça com medo de gaguejar ou algo do tipo.
Logo o som de um filme da Disney se iniciando foi o único som a quebrar o silêncio da sala.
Lena mordeu o lábio inferior antes de voltar a falar – Eu posso te perguntar uma coisa?
- Si-im – A mais nova praguejou internamente ao gaguejar.
Mas isso fez com que a outra arqueasse uma sobrancelha – Te deixo nervosa, Danvers??
- Era essa a sua pergunta?
- Na verdade não, mas isso também me deixa bem curiosa.
- Sim, eu fico extremamente tensa perto de você.
- Hum – Lena pareceu bem feliz com a resposta recebida.
- É... Ahn, e qual a sua pergunta inicial?
- Por que você usa sunga?
- Eu tenho um pênis, sou intersexual.
Isso pareceu pegar a morena de surpresa, o que deixou a mais nova um pouco triste – Eu sinto muito não ter contado isso de cara, mas não é algo que eu saia contando assim pras pessoas.
- Eu imagino que deva ser complicado mesmo.
- Já foi muito, principalmente na adolescência. Eu quis por muito tempo fazer a cirurgia para a retirada, mas eu desisti depois de um tempo.
Lena se apoiou na mesa que ficava ao lado na loira, deixando as coisas que estavam em suas mãos por ali – E o que te fez mudar de ideia?
- A puberdade – A loira falou corando, recebeu um sorriso amplo da outra mulher, então limpou a garganta antes de continuar – Isso e que a possibilidade é maior de poder ser mãe sem ter que depender de uma clínica posteriormente.
- Entendo!
- Eu espero que esta minha revelação não torne as coisas estranhas... Sinceramente espero que você não tenha problemas com isso.
Lena ficou em silêncio por alguns segundos encarando a outra mulher, ela então desviou o olhar para o lado – Eu não tenho nenhum tipo de problema com o fato de você ter um pênis – Mordeu o lábio inferior ante de voltar a encarar a mais nova e então falou – Na verdade isso torna tudo muito mais interessantes.
Kara arregalou os olhos, abriu e fechou a boca algumas vezes tentando articular alguma coisa, mal conseguiu inspirar profundamente – Ahn, o que exatamente você quer dizer com isso?
- Eu sou pan, Kara... E você definitivamente é o melhor dos dois mundos.
Kara sentiu uma descarga de adrenalina ao ouvir aquilo, aquela mulher maravilhosa estava realmente interessada em si, não era uma loucura da sua cabeça. Foi impossível não deixar seu olhar passear pelo corpo da ilusionista, se demorando mais nas coxas torneadas, devido a posição o robe havia subido um pouco as deixando meio a mostra. Imediatamente sentiu uma pontada gostosa em sua intimidade.
- Você gosta do que vê? – A mais velha provocou.
A loira subiu o olhar até voltar a encarar a outra mulher – Você não faz ideia do quanto!
Lena deu um sorriso ladino então se afastou indo até a porta do quarto, olhou por alguns segundos e então voltou começando a abrir o robe – Que Deus salve o autor de Frozen – Falou deixando o robe escorregar até o chão e então parou bem em frente a outra.
Kara inspirou profundamente ao ver a camisola de cetim extremamente curta que a outra usava – Me diz que elas estão dormindo.
- Sim.
Mal a morena tinha terminado de falar, a policial a puxou com tudo para seu colo, fazendo com que a mais velha ficasse de frente para si com uma perna de cada lado e então iniciou um beijo libidinoso, suas mãos passeavam pelos cabelos, soltando alguns fios dos coques, descendo pelas costas e braços.
Precisaram ficar completamente sem ar para separar seus lábios, mas mesmo assim a loira começou a dar mordidinhas de leve pelo queixo e pescoço alheios, sem querer separar seus lábios daquela pele tão macia.
Lena começou a mexer o quadril em uma tentativa de sentir algum alívio, soltou um gemido ao sentir a fricção de sua intimidade contra o velcro da bermuda abaixo de si.
A loira começou a subir uma trilha de sugadas pelo pescoço até a orelha enquanto ia subindo as mãos espalmadas pelas coxas, mas quando chegou do quadril onde pretendia segurar firme e aumentar a velocidade do movimento, ela estancou – Você está sem calcinha! – Foi o que faltava para que ela ficasse completamente dura.
- Eu não tive tempo de vestir – A morena provocou sem parar de rebolar – Eu estava de camisola passando o hidratante, só consegui colocar o robe antes de vir te recepcionar.
- Porra! Você me enlouquece – Falou, já puxando o quadril da morena em direção do seu.
Mas antes que as coisas pudessem evoluir mais Lena foi se levantando e em seguida puxou a mais nova até uma porta fechada.
Kara mal conseguiu entender o que estava acontecendo e já tinha sido sentada na privada, a morena voltou a se sentar sobre o colo alheio – É mais apertado, mas é mais seguro também.
- Perfeito... – As duas voltaram a se beijar de modo voluptuoso, iniciando uma guerra por dominação entre suas línguas, onde a morena acabou levando a melhor ao sugar com força deixando a mais nova completamente derretida por si. Então passou a comandar o beijo enquanto rebolava cada vez mais rápido, até explodir em um orgasmo gostoso.
Kara deixou que a outra recuperasse o fôlego e voltou a sugar o pescoço alvo enquanto apertava o seio direito sobre o tecido de cetim, brincando com o mamilo já entumecido. Fazendo com que a mais velha gemesse de modo longo.
A policial olhou em volta – Essa pia é confiável?
- Depende pra quê?
- Pra eu te colocar sentada encima e foder com força.
- Acho que ela dá conta do recado.
- Espero mesmo – Em um movimento só, a loira ficou em pé, segurando a outra com o braço e então a colocou sobre a pia e enquanto ia abrindo sua bermuda e abaixando o tecido juntamente com a cueca, os deixando ir até o chão, levou a boca para o seio que estava brincando segundos atrás e sugou com vontade por cima da camisola mesmo.
Então voltou a beijar a boca alheia sem dar qualquer brecha para ser dominada desta vez enquanto esfregava o membro pelas dobras encharcadas – Minha carteira ficou no carro – Falou entre o beijo.
- E o que eu tenho com isso?
- Eu não tenho nenhum preservativo.
- Eu tomo anticoncepcionais.
- Perfeito – Sem esperar mais, a mais nova penetrou a outra iniciando um movimento rápido e forte. As duas gemiam baixo enquanto brincavam com suas bocas, sugando e lambendo a região curtindo toda a sensação que seus quadris enviavam para o restante do corpo.
Kara segurava com força o traseiro e as costas, apertando a região com vontade enquanto a morena aproveitava para arranhar a nuca, as costas e os braços descobertos da mais nova.
A loira sentia todos os seus músculos ficando tensos enquanto sua intimidade parecia formigar com o orgasmo chegando, ela queria. Não, ela precisava que a outra tivesse mais um orgasmo, mas não sabia se iria conseguir aguentar mais muito tempo. Então deixou seu instinto assumir e foi com toda a vontade que tinha, aumentando ainda mais a velocidade das estocadas.
Fazendo com que a morena revirasse os olhos e apertasse com tudo os músculos vaginais, gozando de modo ainda mais forte do que anteriormente. Kara a seguiu em seguida.
Elas permaneceram arfando, com seus corpos suados unidos, se acalmando pouco a pouco – Por Rao! Você é perfeita.
Lena acabou dando uma risadinha nasal enquanto encaixava o rosto na curva do pescoço da mais alta – Isso foi muito bom.
- Foi sim, eu queria poder continuar com isso, mas minhas pernas não aguentam mais um dessa em pé e eu tenho certeza que o próximo seria ainda melhor.
- Convenciiiiiiiida!
- Realista você quer dizer?
As duas sorriram e trocaram mais um beijo, desta vez bem mais calmo e explorador, como se estivessem se conhecendo melhor.
- Não, convencida mesmo. Você nem é tão boa assim... – Falou dando uma risadinha em seguida.
Kara fez uma careta arregalando os olhos – Ahn é claro que você já deve ter trazido alguém muito melhor do que eu aqui...
No mesmo instante a mais velha fechou o semblante e foi empurrando a outra para longe. Kara fez uma cara de quem não estava entendendo nada – O que aconteceu??
- Você, sua babaca.
- O que eu fiz?
- Você dizendo que eu trago outras pessoas aqui. O que você acha? Que em cada cidade eu encontro alguém diferente e trago pra dentro da minha casa para me comer??
- Não, eu... Lena... Você tinha acabado de dizer que eu não era tão boa.
- Foi uma brincadeira, sua babaca.
- Eu sei, estava só continuando a brincadeira. Não é possível que você tenha ficado brava comigo por causa do que eu falei.
- SÓ?? Só por causa do que você falou? Você praticamente falou que eu transo que nem uma doida.
- Eu não disse nada disso, só continuei uma brincadeira que você começou.
- Acho melhor você ir embora.
- É sério?
- Sim, é bem sério.
- A gente vai se ver de novo?
- É sério que você está me perguntando uma coisa dessas?
- Lena, por favor... Eu entendo que você tenha ficado chateada, mas não foi minha intenção te magoar.
- Vai embora daqui!!
- Tá, eu vou, mas me diz que a gente pode conversar outro dia.
- Eu juro que se você não vestir sua roupa e sair daqui nos próximos segundos eu vou atrás de alguém pra te arrastar pra fora.
Kara piscou algumas vezes inconformada, então se abaixou e vestiu sua roupa, ela bufou olhando para baixo – Alguma chance de você não me obrigar a sair assim? – Apontou para uma enorme mancha em sua bermuda.
Lena a olhou sem esboçar qualquer tipo de emoção.
- Claro... – A policial abriu a porta do banheiro e foi até o quarto, ela esperava pegar a filha já dormindo no colo, mas para a sua surpresa as duas garotas estavam sentadas e a olharam com os olhos arregalados – Essa noite pode piorar?? – Esfregou vigorosamente a região entre os olhos antes de inspirar profundamente e se aproximar da cama sorrindo – Hey, bebê. Vamos indo embora?
- Mas o filme não acabou.
Kara olhou para a tela e engoliu em seco – Não, mas nós precisamos ir.
- Cadê a minha mãe?
A loira olhou em volta, não tinha percebido a ausência da mais velha – Ela deve estar no banheiro, meu bem... Diz tchau para Lua, filha – Então puxou a filha da cama delicadamente, tomando um cuidado extremo para que ela não encostasse em sua bermuda – ‘Se ela for andando na minha frente tem chances de ninguém perceber’ – Pensou.
A morena deu um abraço na mais nova mas não quis se aproximar da policial – Boa noite, Lua – Para sua frustração, não foi respondida.
Então antes que desabasse foi encaminhando a filha até estarem dentro do carro se afastando daquele lugar.
Mais tarde ela não saberia dizer como tinha conseguido chegar em casa, botar a filha na cama e depois tomar banho sem derrubar uma única lágrima, porém ao encostar a cabeça no travesseiro, chorou tudo que estava entalado, toda a mágoa e toda raiva por como tudo acabou. Inconformada acabou caindo em um sono sem sonhos.
(=^.^=)
Logo após a loira sair do banheiro, Lena encostou as costas da parede e escorregou até estar sentada no chão, ouviu a policial conversando com as crianças e depois ouviu os passos saindo, só então conseguiu chorar inconformada com o que havia ouvido da loira.
Durante tanto tempo em sua vida ouviu que eram ladrões de crianças, marginais, vagabundos. As mulheres prostitutas... É isso se repetia de cidade em cidade. Era frustrante e magoava de uma forma que ela não conseguia descrever.
Achou que Kara fosse ser diferente, ela parecia tão bacana e esforçada, mas na verdade foi só mais uma ilusão.
Em seguida a porta foi aberta e por ela passou uma Lua com os olhos arregalados, ela tremia a boquinha, possivelmente se segurando para não chorar. A mais velha então engoliu o choro e abriu um sorriso amarelo – O que aconteceu??
- Você tá chorando.
- É só uma coisa de adultos. Você não precisa se importar com isso.
- Mas você é a minha mamãe, eu me importo.
- Mas não deveria – Lena falou de modo mais ríspido – Assuntos de adultos são assuntos de adultos.
- Ela te fez chorar igual o meu pai.
Isso desarmou a ilusionista – ‘Na verdade eu diria que foi bem pior’ – Pensou, mas engoliu em seco e tentou sorrir para a mais nova – Lua... Não foi igual. Com o seu pai eu sofria muito por sua causa. Mas não vamos falar do Jack, não hoje, por favor.
A pequena se sentou no colo da mãe – Eu não vou mais deixar ela chegar perto de você. Ninguém vai te magoar.
- Pode ficar tranquila, ela nunca mais vai querer chegar perto. Agora vamos pra cama.
Mas para a frustração da morena, no dia seguinte a policial mandou algumas mensagens e depois tentou ligar, então Lena fez o óbvio, bloqueou o contato da mais nova.
Ela tinha ficado bem triste em ter de fazer aquilo, mas preferia se blindar do que acabar machucada mais uma vez, ainda mais depois da reação que Lua tinha tido. A criança tinha ficado realmente super protetora e aquilo a deixou um pouco apreensiva.
Seria mentira se dissesse que não esperou que a policial aparecesse algum dia para pedir mais uma vez desculpas, mas ela não apareceu.
A ilusionista não sabia dizer se estava triste ou aliviada com isto, mas como sempre resolveu erguer a cabeça e seguir com sua vida.
O final de semana passou e com ele vários espetáculos onde pôde se distrair do que havia acontecido com a loira, mas com o início da semana e os três dias de folga que costumavam ter, a imagem de Kara e aquele sorriso que iluminava qualquer ambiente voltaram a provocar a morena.
Ela foi então buscar a filha na “escola” mais cedo. A menor estava no colo da mãe sem entender nada – O que aconteceu mamãe?
- Eu só estava com saudades. O que você acha de passear comigo?
- Só nós duas?
- Sim...
- Eba!! A pequena desceu do colo e saiu em disparada na frente, toda empolgada para sair com a mãe.
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Atraídas Pelo Acaso
Fiksi PenggemarKara vivia uma vida bem tranquila, fez a faculdade que era sua primeira opção, ingressou na carreira que sempre sonhou desde criança, mantinha contato com seus amigos, tinha uma filha que era sua alegria, vivia cercada da família que sempre foi seu...