Acabe com ele

153 7 0
                                    

Victoria De Angelis

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Victoria De Angelis

Assim que retornamos para fora, noto que não havia mais pessoas na frente da casa. Estava vazio, mas o som das suas vozes ainda era audível.

Georg passa por mim, começando a indicar o caminho. Descemos a escada do deck, e como ele tinha feito mais cedo, viramos a esquina da casa, começando a percorrer toda a extensa lateral. Havia lâmpadas incandescentes em todo perímetro, iluminando a passagem em volta do nicho. A escuridão que abraçava as árvores parecia ter ficado mais sombria do que antes. Penso em ver uma movimentação do outro lado.

Um barulho de graveto sendo quebrado me faz olhar por cima do ombro.

Sarah estava nos seguindo.

Ela morde o lábio quando percebe que eu estava olhando e para de andar. Suas mãos cobertas pelas mangas compridas do seu suéter se juntam. Receio estampado em seu rosto delicado.

Eu ainda não entendia o motivo de Sarah estar tão envolvida comigo. Agindo como se me conhecesse a vida toda, ou sempre andando preocupada com qualquer coisa a minha volta. Ela é a mais fraca de nós duas e isso é notável até para quem não sabe que sou uma agente secreta.

Mesmo tendo um fio de afinidade com Sarah, não éramos amigas. Eu só estava a protegendo e cuidando dela como parte da missão.

Nada mais.

Ignoro a cacheada e continuo percorrendo o caminho juntamente com Georg. Assim que dobramos outra esquina, chegando aos fundas, minhas pernas paralisam.

A galera que tinha desaparecido da frente da casa estava toda reunida ali. Eles rodeavam uma espécie de tablado elevado a cerca de um metro do solo cercado por cordas grossas, delimitando um espaço no meio. Havia quatro refletores em cada lado focados para o centro, a luz forte o suficiente para cegar qualquer um que olhasse diretamente.

Um ringue.

Então era isso. Essa era a iniciação.

Uma luta.

- Quem tem um ringue de luta em uma casa do lago? - murmuro.

Georg sopra um riso.

- Nós.

Alcanço o samurai quando o vejo se infiltrar no meio do amontoado. Começamos a cortar caminho entre as pessoas, chegando mais perto da lateral do tablado. Os jovens pareciam animados para ver a luta como se fosse um show inédito.

Giro nos calcanhares, passando os olhos pelas pessoas e, pela primeira vez naquela noite, prestando atenção em seus rostos. Ninguém conhecido. Embora todos ali estivessem vestindo roupas escuras em um estilo meio gótico, eu poderia muito bem chutar qual deles pertencia aos Samurais. Era quase tão evidente para quem sabia que era uma festa da gangue.

Georg ergue a mão para segurar uma das cordas que rodeavam o ringue e faz um sinal para que eu me aproxime mais.

Ele se inclina para falar ao pé do meu ouvido.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora