Na ilha de Ceufine, os habitantes viviam em harmonia, com enormes sorrisos e uma prosperidade evidente. O lema da ilha era claro: "Ajudar quem te ajuda em tempos de necessidade, seja com comida ou bebida; quem ajuda será ajudado no futuro." Todos se consideravam irmãos e irmãs, sem líderes, e cada um contribuía com seus dons para o desenvolvimento da vila.
Entre essas famílias, havia um rapaz nobre e humilde chamado Milian. Inteligente e corajoso, Milian era também o mais sério e menos simpático da ilha. Um dia, ao caminhar pelas margens da praia, Milian encontrou um menino chorando sozinho na areia. O garoto havia aparecido sem pai, sem mãe, e Milian, sem pensar, o adotou. O tempo passou, e o menino, apesar de ser o completo oposto de Milian, sendo medroso, mas extremamente simpático e generoso, conquistou a todos na ilha. Seu lema de vida era: "Ajudar sem olhar a quem, oferecer água a quem pede cerveja e pão a quem pede nobreza."
Em um belo dia, enquanto Milian pescava com seu filho adotivo, a paz foi quebrada por piratas malignos que atacaram a ilha. No caos, Milian tentou fugir com o menino, mas logo percebeu que ele havia sido sequestrado por um dos piratas. Determinado a resgatar seu filho, Milian roubou um barco e perseguiu os piratas até uma ilha misteriosa chamada Decaoptia, espalhando uma ilusão em grande alcance.
Ao chegar à ilha, Milian avistou uma ilusão do seu filho no topo da montanha mais alta, sentado em uma cadeira, sorrindo. Milian correu até ele, mas ao se aproximar, percebeu que algo estava terrivelmente errado. O sorriso do menino não escondia a verdade, ele já não estava entre nós. Atrás da cadeira, uma mensagem estava gravada: "Se sentir o sol quente, sou eu alegre. Se nuvens de chuva chegarem, sou eu chorando. Se ouvir trovões, é minha raiva. Se o mar agitar, é minha ansiedade. Se ver um barco, sou eu pensando."
O clima ao redor de Milian mudou conforme ele lia, como se cada emoção expressa na mensagem estivesse tomando vida. Consumido pela dor e pelo desespero, acreditando que havia perdido seu filho para sempre, Milian tirou sua própria vida ali, ao lado do que pensava ser o corpo do menino. No entanto, enquanto ele morria, o verdadeiro menino saiu da floresta, são e salvo. Ao ver seu pai caído, o menino chorou, sentindo o peso da tragédia. A imagem do menino na cadeira e a mensagem gravada desapareceram em um piscar. Tudo o que restou foi a cadeira vazia.
Tomado pela tristeza, o garoto sentou-se na cadeira e adormeceu. Quando acordou, encontrou-se nas margens de uma ilha, ao lado de um homem que o olhava com preocupação. O menino percebeu que aquele lugar não era mais a Terra, mas sim um novo começo .A ilha Decaoptia na verdade é na verdade uma ilusão, quando você entra na ilha você vê o seu maior trauma, ocasionando em uma repetição a cada 10 anos, ao sentar na cadeira que é amaldiçoada você perde todas as suas lembranças, mas antes disso ela criar uma ilha através da sua emoção, mas a emoção do menino foi tão forte, criando uma ilha e uma criança na margem dela. E o resto você já sabe...
Assim, Ceufine, a ilha da prosperidade, surgiu da dor e do sacrifício, criada pela inocência de um garoto que, sem saber, deu origem a uma nova história. E ali, o ciclo de ajudar e ser ajudado continuaria, entre sorrisos e lágrimas, em um eterno recomeço.
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Menino Na Cadeira
Short StoryA narrativa conta o sequestro do filho adotivo do pobre e inocente aldeão da vila Ceufine, seu pai adotivo chamado Milian vai atrás enfrentado os piratas que deixaram seu filhinho na ilha mais misteriosa do local chamada "Decaoptia" pois cada década...