[Volume 1] Han Jisung, um ómega lúpus, formado em medicina veterinária, é um rapaz misterioso, totalmente fora dos padrões. A sociedade dizia que os ómegas se deveriam submeter a qualquer ser superior, aos alfas, acatando a todas as ordens sem recla...
Primeiro, antes de continuarem, queria agradecer mais uma vez pelos 3 mil seguidores aqui. Esta é uma pequena prendinha para vocês, mesmo que... possivelmente serei alvejada após este capítulo por vocês.
Espero que gostem bastante, aproveitem porque teremos introdução de dois novos personagens! Quem será, quem será? (¬‿¬)
Buona lettura! <3
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Desespero...
Uma emoção voraz e esmagadora, capaz de consumir tudo à sua volta. Penetra devagar, envenenando os pensamentos e subjugando o corpo, até não restar mais do que um vazio opressor que rouba o fôlego e destrói qualquer esperança. É uma força primitiva, bruta, que despedaça a mente e corrói as entranhas, deixando apenas uma sombra pálida do que um dia foi uma pessoa inteira.
Para Jisung, esse sentimento parecia interminável, uma prisão emocional de dor e angústia. A marca temporária que Minho lhe deixara no pulso queimava intensamente, uma ferida viva que pulsava ao ritmo frenético do seu coração. Cada segundo sem uma notícia parecia uma eternidade, e o aperto sufocante na sua garganta tornava-se cada vez mais insuportável. A imagem do seu alfa, deitado no chão, ensanguentado e a lutar pela vida, invadia-lhe a mente sem descanso, como uma visão aterradora da qual não conseguia escapar.
O seu lobo interior rosnava de desespero, inquieto, percorrendo os recantos da sua alma como um animal feroz aprisionado, incapaz de fazer outra coisa além de sentir. Havia uma certeza devastadora que pairava no ar — algo estava terrivelmente errado. Ele sentia a ausência de Minho de uma forma cortante, visceral. E isso destruía-o. Tudo o que queria era correr, correr sem parar até encontrar o seu alfa, protegê-lo, tirá-lo daquele pesadelo. Mas estava preso na inação. A espera era insuportável, uma tortura que lhe dilacerava os nervos e o instinto. O desejo de estar ao lado de Minho, de o tocar e garantir que ele estava a salvo, era uma necessidade que crescia a cada segundo, uma ânsia desesperada que o consumia por completo. O vínculo entre os dois, sempre tão forte, agora vibrava com uma dor sufocante, envolto numa névoa de incerteza que atormentava o lobo e Jisung, levando-os à beira da loucura.
Desespero e amor, entrelaçados numa teia sufocante.
Os olhos dourados estavam dilatados, a respiração errática, e o corpo tremia de exaustão e frustração. O lobo queria sair, queria lutar. Sentia isso profundamente, nas garras que arranhavam o seu espírito, nos uivos silenciosos que ecoavam dentro de si. A fera interior estava descontrolada, lutando para escapar de qualquer maneira, e sentia-se a ponto de perder o controlo. Só não o fazia porque sabia que ceder ao desespero o destruiria.
O lobo não compreendia a racionalidade, apenas conhecia o instinto. Queria Minho. Precisava dele. E a ausência do alfa destruía Jisung de dentro para fora.
