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Gerson Santos.

Hoje eu pretendia ficar em casa, ainda mais que ainda estou puto com o treino ridículo que fiz mais cedo, e porque quero estar bem pra treinar amanhã, como prometi ao Tite. Mas os caras do elenco me chamaram pra sair, na verdade, praticamente me obrigaram a ir, me deixando sem opção.

Amanhã nosso treino é de tarde, oque tecnicamente a gente pode até sair. Mas a torcida mesmo assim sempre acha ruim, ainda mais que vai ter jogo pela libertadores daqui a três. Mas acho que vai ser bom eu ir, até pra distrair um pouco a mente.

Vamos no rock in rio, onde o Gabriel foi convidado pra um camarote, e nos chamou pra ir com ele.

- ou, bora? - Wesley abriu a porta do meu quarto, botando só a cabeça pra dentro

Depois que fui dar intimidade pra ele e pro Lorran, nunca mais tive paz e privacidade, os dois vivem aqui em casa, quase moram aqui.

- sabe bater na porta não!? - perguntei, cruzando os braços

- eu sabia que você não estaria pelado. Bora logo?

- bora, seu chato

Peguei minha carteira, botando no bolso da calça, e meu celular, saindo do quarto, e indo atrás do lateral. Ao chegarmos na sala, Lorran estava jogada no sofá, já pronto, mexendo no celular.

Peguei a chave do meu carro e saí na frente, deixando os dois pra trás.

Antes de entrarmos no camarote, tivemos que dar nossos nomes, e ganhamos um pulseira de acesso. Praticamente metade do elenco estava já presente, todos com uma lata de energético na mão, já que não podemos beber nada alcoólico.

- finalmente chegaram - Gabriel passou o braço por cima do meu ombro, olhando pro relógio em seu outro braço, que marcava onze horas, e marcamos de geral chegar aqui as nove. Como sempre, eu me atrasando

- oque é bom demora pra chegar - brinquei, ouvindo seu riso nasal

Cumprimentei o resto dos jogadores na roda, e fui até o balcão de bebidas, um pouco distante deles.

Pedi apenas um energético também, que não demorou pro barman me entregar.

- valeu, mano - sorri simpático

Me virei de costas pro balcão, apoiando minhas costas, e fiquei olhando em volta, analisando minhas opções de hoje, preciso tirar a Laura da mente um pouco.

Falando na maldita, no canto do camarote, meu olhar caiu sobre ela. Vai tomar no cu, não é possível uma coisa dessa.

Ela estava acompanhada, agarrada na cintura de um homem, que segurava no seu rosto, eles trocavam beijos e risadas, dei um grande gole na minha bebida, travando a mandíbula. O homem alto que estava com a cacheada, virou a aba do seu boné pra trás, me permitindo o reconhecer, Luís Henrique, jogador do Botafogo.

Tinha que ser um adversário, sério isso? Respirei fundo, negando com a cabeça.

Por que a mulher que mexe comigo tinha que ser logo a mais complicada? Isso deve ser o karma que estou pagando.

Vi o jogador alvi negro se afastando da mulher, e indo na direção do banheiro, a deixando sozinha. Ela olhou na direção do palco, distraída, tomando sua bebida. Decidi me aproximar.

Passado Presente - GersonOnde histórias criam vida. Descubra agora