Alana Vásquez
Eu sou tão inteligente, dirijo uma grande empresa, sei falar algumas línguas, como pude ter uma atitude tão burra. Podia ter ido para a casa da minha mãe, de Melissa ou até para o apartamento Martín, mas decidi ir para minha casa.
Eu acredito ser esta afronta dentro de mim, a vontade de ser melhor do que João Carlos, tentar o humilhar de alguma forma.
O que sei que retornei para nossa casa. Primeiro ajudei a colocar o meu loirinho na cama, seguido ao quarto da mais velha.
— Perdão, mamãe, por atrasar a tua decisão, achei que fazia o melhor a nossa família.
— Não tenho nada para perdoar, esquece esta fase ruim. — expliquei beijando a testa. — Espero que esteja tudo bem ao saber que vamos morar todos juntos.
— Está sim! Posso dividir o quarto com a Luna?
A pergunta me surpreendeu de maneira boa, Julie sempre foi um pouco individualista.
— Depende da pequeña!
Saí dali indo, fui direto para meu escritório, a ansiedade do meu, melhor nosso futuro. Ao lado do meu latino, eu e as crianças vamos aprender a viver em conjunto.
O cômodo foi invadido pelo homem que estragou grande parte da minha vida.
— Eu acho muito bom, desisti dessa maldita ideia...
Ele gritava e respondi no mesmo tom.
— Acabou... Não tem mais nada que pode fazer para adiar minha decisão.
— Será?— O olhar demonstrando raiva.— Nem se eu matasse Julie e Alisson e de bônus aquela latinazinha. Será que o galã de Rebelde vai querer ficar contigo, depois da desgraça que acontecerá por tua causa.
As lágrimas escorriam em meus olhos, mesmo com todo amor existente entre mim e Martín, nunca iríamos suportar uma tragédia dessa.
— Eles são teus filhos, João Carlos?
— Eu nunca vou amar frutos de estupro. Odeio essas crianças, só aturava as duas enquanto era benéfico a mim.
A revelação caiu como uma estaca em meu peito rasgando tudo. Nunca quis acreditar ou ligar as minhas preciosidades a um ato tão ruim quanto esse.
Eu me casei com um monstro completo.
— É um demônio na face de homem...
— A decisão é tua, quer causar esta grande tragédia?
Acenei repetidas vezes, nervosa com a visão que passou minha mente, desse futuro tão ruim para todos.
— Ligue para o libertino e termine essa loucura agora.
Apanhei o celular, tremula com vários pensamentos e nenhum ao mesmo tempo.
A mágoa que causarei em Martín será pequena perto do que João Carlos fará.
O telefone foi atendido no primeiro toque.
— Mi amor!
Fechei os olhos ao escutar a voz amorosa do meu grande amor.
— Não consigo.
— O que, Allana? — perguntou e posso sentir a voz confusa.
— Acaba com minha família é cômodo para mim.
Arango sabia que sou uma indecisa e medrosa, recorrer a esses defeitos é o melhor.
— Tudo bem, senhora Avelar, seja muito feliz, pois agora vou correr atrás da minha. Adeus!
Ele determinou, a voz magoada e desligou o telefone.
Encarei o meu algoz, que sorria debochado.
— As coisas vão mudar um pouco, mas vamos deixar assim por hora.
E saiu.
Eu olhei ao redor, no barzinho a garrafa de uísque, andei na direção apanhei, arrancando a tampa.
Não quero essa vida, saber que fui violada e impedida de viver meu amor. Já que tomei uma atitude tão imprudente e burra, mais uma e menos não faria mal. Na gaveta da mesa, peguei várias cartelas de remédios e tomei juntos com a bebida âmbar.
Uma vida sem Martín e sabendo como as crianças vieram ao mundo, desisto.
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Sentimentos Compartilhados
RomanceA história de Allana Vásquez empresária do ramo de beleza, 40 anos, dois filhos, vivendo um relacionamento falido de 15 com João Carlos. E Martin Lisboa, músico e proprietário de um bar, 40, uma filha e solteiro. Viveram um amor intenso na juventu...