Bate-papo pt. 2 (domingo)

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Rosamaria's pov

Acordo lentamente olhando em volta, meu cérebro ainda estava processando o lugar em que eu havia dormido. Ergui minha cabeça e ao olhar para cima percebi que estava deitada de bruços em Caroline, estávamos no sofá devido ontem a noite. Mesmo com meu peso, ela ressonava profundamente. Me levantei calmamente e fui atrás das minhas coisas para ir embora, parei um instante quando ouvi um sussurro rouco:

— Ei, bebê! Fica? – Caroline sussurrou no meu ouvido fazendo todos os cabelos do meu corpo se arrepiarem.

— Caramba, Caroline! Que susto da porra! – eu exclamo demonstrando o nervosismo.

— Juro que não quis assustar, você tá achando que vai aonde? – me pergunta agora com a voz mais normal.

— Não sei se você sabe, mas eu tenho minha própria casa. – provoco com um sorriso de canto.

— Que pena. Fala pra ela esperar, enquanto você estiver na minha residência você só sai comigo ou quando eu mandar.

— Oh, Caroline! Não me faz rir não. Você manda na sua casa, em mim nunca. – respondo ficando de costas pra ela pegando minha bolsa com as roupas do dia anterior.

— Vai vendo, Rosamaria. Vai vendo…

Não dei bola, apenas deixei minhas roupas arrumadas dentro da bolsa para mais tarde. A Caroline tinha me chamado de bebê, acha mesmo que eu não iria ficar? Desculpe, mas a minha melhor amiga é uma perfeição e quando a gente tá juntas o que mais existe é provocação. Ela estava parada de braços cruzados me olhando arrumar o sofá, até então não tinha dito nada. Quando fiz o que queria, me virei novamente pra ela e falei:

— Vá lavar esse rosto e escovar os dentes, ou eu desisto de ficar aqui. – quando disse isso seus olhos brilharam.

— Saiba que eu não estou indo porque você mandou, ok? Já estava indo. – me joga um beijo no ar e vai em direção ao banheiro.

Já me sentindo em casa, vou até a cozinha e abro os armários bisbilhotando por dentro. Não pretendia passar a tarde lá, então queria comer bem o café da manhã e logo depois ir para casa. Estava com os braços erguidos, pegando duas xícaras em um armário mais alto, quando de repente alguém começa a fazer cócegas na minha axila.

— Para… Caroline! – eu tento impedir entre risos.

— Eu gosto da sua risada, vou fazer isso mais vezes.

— Você não é louca.

A metida deu de ombros, em seguida falando:

— Vai fazer o café pra mim?

— Eu vou fazer o MEU café, o qual eu nem deveria me esforçar para fazer por que eu estou na sua casa.

— Então deixa que eu faço, aproveito e coloco veneno. – ela brinca.

— Sua louca! – rimos.

Assim fizemos, sentei na bancada de mármore, — sim, em cima da bancada. — e fiquei vendo ela preparar o líquido quente. Era fofo o jeito em que ela tinha tanto carinho em fazer as coisas minuciosamente. Caroline pegou as duas xícaras e me estendeu a da sua mão esquerda, eu sorri como forma de agradecimento e bebemos um gole juntas. Ela veio até meu lado e se escorou ao meu lado na bancada, mesmo comigo sentada, ela era maior que eu. Ficamos assim, curtindo a companhia uma da outra enquanto dávamos início ao longo domingo.

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