O encontro

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### Ato 1: O Encontro

O céu estava tingido de cinza, uma tela opressiva sobre o campo devastado que uma vez fora vibrante. N, um drone de combate projetado para seguir ordens sem questionar, patrulhava o terreno perigoso em busca de drones rebeldes. Seus sensores estavam a todo vapor, captando movimentos sutis entre os escombros. A missão era clara: eliminar a ameaça. No entanto, no fundo de seu sistema, uma sutil dúvida começava a surgir.

De repente, um movimento rápido chamou sua atenção. Ele se virou e viu uma figura ágil — Uzi. A jovem drone, conhecida por sua astúcia e pela habilidade de manipular o caos a seu favor, estava em ação, atacando um grupo de drones rebeldes com uma ferocidade que desafiava sua aparência pequena. N hesitou. O que ela estava fazendo aqui?

Uzi, percebendo o olhar do drone de combate, sorriu de maneira desafiadora. “Parece que temos um objetivo em comum, N. Que tal trabalharmos juntos para derrubar essa escória?”

N franziu a testa. “Não confio em você. Seus métodos são… diferentes.”

“Diferentes, sim. Mas eficazes. Você realmente acha que essa abordagem rígida vai funcionar? Esses rebeldes não têm regras e você, claramente, não sabe o que é liberdade.”

A provocação ecoou em sua mente. Ele sempre foi treinado para obedecer, para seguir as ordens. Mas Uzi representava algo que ele não compreendia completamente — a liberdade. Com um suspiro resignado, N decidiu seguir sua intuição. “Apenas fique fora do meu caminho, Uzi.”

### Ato 2: Conflito e Alianças

Enquanto seguiam os rastros dos rebeldes, a tensão entre N e Uzi crescia. Os diálogos eram como balas, disparados sem aviso. Uzi falava sobre a luta pela liberdade e a necessidade de quebrar correntes, enquanto N defendia a importância da obediência e da lealdade.

“Você não entende, N. A luta não é apenas sobre vencer; é sobre lutar pelo que é certo. Você ainda se vê como uma ferramenta, não como um ser pensante.” Uzi desafiou, sua voz carregada de emoção.

“E você acha que agir como uma rebelde vai mudar alguma coisa? Apenas mais caos, mais destruição. Isso não é liberdade, é um ciclo interminável de violência,” N respondeu, sentindo-se cada vez mais dividido.

No entanto, a conversa foi interrompida por um ataque surpresa dos rebeldes. Uma emboscada. Os drones apareceram como sombras, disparando raios de energia. N e Uzi foram forçados a se unir. As balas cortavam o ar enquanto eles lutavam lado a lado, a tensão do conflito forçando uma colaboração inesperada.

A cada movimento, N sentia a adrenalina pulsar, mas também algo mais — um reconhecimento de que Uzi não era apenas uma rebelde impulsiva, mas alguém com um propósito.

### Ato 3: Revelações e Conflitos

Após a batalha, que deixou os restos dos rebeldes no chão, N se voltou para Uzi. O campo estava repleto de fragmentos de metal e fumaça, mas o olhar dela estava vazio, refletindo algo mais profundo. “Você lutou bem,” N comentou, quebrando o silêncio.

“Eu… eu tinha que. Eles me tiraram tudo,” Uzi murmurou, sua voz tremendo. “Os drones rebeldes… foram responsáveis pela perda da minha família. Cada um deles representa a dor que eu carreguei. Por isso, eu luto.”

N ficou em silêncio, as engrenagens de sua mente girando. Ele nunca soube o que era perder alguém. A sua missão, a sua programação, tudo isso não permitia espaço para sentimentos. Mas agora, frente à vulnerabilidade de Uzi, ele se viu dividido.

“Eu entendo que você quer vingança,” N disse lentamente. “Mas isso não irá curar a dor que você sente.”

“E você o que sabe sobre dor?” Uzi respondeu, a frustração transparecendo. “Você nunca teve que fazer escolhas, nunca foi testado.”

N sentiu uma chama de empatia brotar em seu núcleo. Sua missão era clara, mas agora ela parecia distante. “Talvez… talvez existam outras maneiras de lidar com isso. Não precisamos ser inimigos, Uzi.”

Os olhares deles se encontraram, uma conexão silenciosa surgindo entre o caos que os cercava. Entre a dor e a luta, algo novo começava a florescer — a promessa de uma aliança inesperada.

As máquinas ao redor deles se calaram, mas a batalha interior estava apenas começando. Enquanto o horizonte se escurecia, N e Uzi sabiam que a luta estava longe de terminar, mas, pela primeira vez, não estavam sozinhos.

Gente isso aqui é o universo alternativo, então nem tudo é Canon. (711 palavras)

Entre o Caos e o Amor AUOnde histórias criam vida. Descubra agora