Estava a tomar banho depois do treino e enquanto a água me batia no corpo, posso afirmar que estava a navegar. A pensar na vida, só porque sim. Ou porque estava a pensar qual seria a melhor forma de convidar uma mulher para sair.
- PEDRO, HÁ MAIS UMAS DEZ PESSOAS A QUERER TOMAR BANHO AQUI!
Reclamou o Dani, aos berros.
- Já vou, malta, já vou! Tenham lá calma!
- Estás há vinte minutos aí! Nós somos alguns ainda!
Vesti-me o mais depressa que pude mal saí do duche e fui ter com os restantes.
- Aleluia! Tu não estás com as ideias no sítio!
Realmente, não.
Sentei-me no banco e calcei os ténis.
- Ei.
- O que foi agora, Bragança?
- O que é que se passa? Não digas, que não é nada, eu conheço-te. Andas com matutices nessa cabeça.
Suspirei.
- É a Diana, outra vez.
- Não me digam que vocês discutiram! Mando já a Carolina a resolver isso!
- Não, não, estamos bem, aliás, melhor do que bem. Eu gosto dela e quero mesmo tentar algo, mas, sei lá, tenho tanto medo de a convidar para sair e ela não gostar e deixamos e eu nunca mais a vejo e...
- Pedro, relaxa. Ela gosta de ti. Convida-a para sair, leva-a a um sítio bonito. Conheço uns lugares por aqui, se quiseres.
Sorri.
- O que é que eu fazia sem ti...
- Pois, também não sei, provavelmente ainda estavas a tomar banho.
Fiz uma careta e o Bragança ficou com um olhar pensativo.
- Agora és tu que estás com um cara.
- Se tivesses de pedir alguém em casamento, como é que o farias?
Saltei imediatamente do banco.
- É o quê, Daniel!? Ah, puto! Vais pedir a Carolina em casamento?! Olha que eu quero ser padrinho, ouviste?!
- Ainda é uma ideia muito vaga, mas ando seriamente a considerar essa opção. Talvez daqui a um tempinho, tenho que pensar muito bem nisso.
- Eu sou o padrinho e não há mais discussão.
O Dani olhou-me desiludido e sorridente ao mesmo tempo e foi tomar banho.
Saí do edifício e vi alguma da malta a chegar-se perto de mim.
- Gyö! Impede essa malta de se chegar muito perto de mim, a não ser que seja o Dani! Tenho de tratar de um assunto.
- Que assunto?
Sussurrei-lhe ao ouvido o que eu ía fazer.
- Boa sorte, soldado.
Ele saiu entre risos e eu também me ri.
Pus o número a chamar e vi o Dani a correr na minha direção.
- Olá, Di!
- Olá, Pote! Como estás?
- Ótimo! E tu?
- Também, já tenho três capítulos escritos! Tens de ler!
- A sério? Uau! Quero ler!
- As parvoíces que disseste no áudio deram-me umas belas ideias.
Ri-me e o Dani arregalou-me os olhos, tentando dizer para eu não engonhar. Aposto que se o continuassse a fazer perderia a coragem.
- Bem, estou a ligar para saber se tens planos para logo à noite. Podíamos ir, sei lá, jantar a algum lado, nós dois.
Levei a mão à cara, tapando a boca. O Dani andava de um lado para o outro, tanto ou mais ansioso do que eu para uma resposta.
- Ah, pois, eu até ía, sabes, mas a Célia vai passar a noite fora e eu tenho que cuidar da Lota... talvez outro dia?
Senti-me triste, mas ao mesmo tempo compreendi. O Dani olhava-me, desgostoso e pensativo. Assustei-me quando ele me roubou o telemóvel da mão e pôs em voz alta.
- Olá, Diana, é o Dani. Eu sei, eu sei, não me devia intrometer nas vossas coisas, mas, como ótimos amigos, eu e a Carol podemos ficar com a pequena. Assim vocês podiam ir hoje.
- Não sei, Dani...
Ouvi uma voz do outro lado a reclamar qualquer coisa. Calculei ser a Célia.
- Eu faço esse favor. Aliás, não custa nada, todos sabemos que a Carlotita é um amor de menina.
Sorri. Eu adoro aquela miúda, quase tanto quanto à mãe. Eu amo-as tanto. Comecei novamente a vaguear na maionese. Imagina só namorar com a Diana e a Carlota chamar-me de pai?
Ao perceber da minha viagem mental, o Dani deu-me uma canelada leve para me fazer voltar à realidade.
- Por favor, Diana, aceita.
Ouvia-a suspirar.
- Está bem, acho que até me fazia bem à cabeça. Obrigada por ficares com a pequena, porque sim, Dani, sei que ainda estás aí a bisbilhotar.
- Vou-me embora de vez, passa lá em casa depois.
Ele afastou-se e sorriu enquanto me erguia os polegares das duas mãos.
- Então, suponho que passo a ir buscar-te logo?
- Vou aceitar a boleia. Vejo-te logo.
- Às sete?
- Em ponto. Não te atrases!
- Vou tentar, não prometo nada. Adoro-te.
Desliguei e o Dani e o Gyö correram feitos malucos na minha direção.
- "Ganda" Pote!
- Estamos a torcer por ti!
- Oh, malta, menos! Só vamos jantar.
Eles repitaram a minha última frase com uma voz fininha, o que me irritou. Obviamente que isso logo passou, porque, uau, eu convidei a Diana para sair.
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Olaa maltaa!!
Digam-me uma coisa! Preferem q poste assim vários capítulos mais pequeninos ou que poste um grande? O q difere é o tempo q eu demoro a publicar e o tamanho! Digam pfv!
Amanhã é dia de jogooo
Kissess💚
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O meu personagem - Pedro Gonçalves
Fanfiction"Mãe, vamos a Alvalade! Quero ver o Pote!" Era tudo o que a pequena Carlota pedia à sua mãe, Diana. Mesmo sendo ainda bastante nova, com os seus quatro anos, queria ver todos os jogos e tinha como ídolo o número 8 dos leões, Pedro Gonçalves. Diana...