Onde Megumi e Itadori depois de um dia cansativo de lutas e missões resolvem sair pra andar juntos e descobrem que talvez não sejam apenas amigos, naquela noite, eram eles e a lua os iluminando.
– Olha, Megumi... eu não sou muito bom com essas coisas, mas tem algo que eu preciso te dizer há um tempo. – A voz de Itadori estava mais baixa agora, quase hesitante, o que não era comum nele. – A gente já passou por tanta coisa junto, e toda vez que eu tô com você, eu sinto que... que a gente se entende de um jeito diferente. – ele dizia calmamente escolhendo cada palavra, estava nervoso mas não deixava transparecer.
Megumi ficou quieto, mas seus olhos brilharam ligeiramente, como se já soubesse o que o rosado iria falar. Ele não era do tipo de se abrir com facilidade, mas com Itadori era diferente; havia uma confiança implícita.
– Eu não sei como dizer isso,a gente é amigo a muito tempo e não acho que isso estrague o que a gente tem. Eu acho que... –– ele fez uma pausa. - Eu gosto de você, Megumi. Mais do que como amigo, entende? – Itadori finalmente soltou, o coração batendo acelerado, com medo do que o moreno iria responder, porém aliviado de finalmente ter colocado seus sentimentos pra fora.
Por um instante, o tempo pareceu parar. Megumi respirou fundo e deu um pequeno sorriso, o tipo de sorriso discreto que ele mostrava apenas quando estava com Itadori.
– Não vai estragar, a gente se conhece a anos, Yuu. – ele começou dizendo calmamante enquanto olhava nos olhos do menor a sua frente.
Itadori arregalou os olhos, surpreso, mas antes que pudesse responder, Megumi deu um passo à frente, fechando o espaço entre eles, e segurou O rosto do rosado com suavidade. – Mas eu também gosto de você. –
Itadori sentiu uma onda de alívio e soltou uma risada leve. Seus olhos caíram sobre os lábios de Megumi por um segundo, antes de seus olhares se encontrarem de novo. O silêncio se tornou quase palpável, e então, sem pensar muito, Itadori puxou o mais velho, fechando o espaço entre eles completamente.
Os lábios de Itadori tocaram os de Fushiguro de forma suave, quase hesitante, como se estivessem testando os limites daquela nova intimidade nunca feita. Por um segundo, o tempo parou. Megumi retribuiu o beijo com a mesma suavidade, suas mãos agora na cintura de Itadori puxando seu moletom puxando-o para mais perto.
Quando se afastaram, ambos estavam ofegantes, as respirações se misturando no ar frio da noite. Megumi ainda tinha aquele sorriso discreto no rosto, enquanto Itadori, com as bochechas levemente coradas, não conseguia parar de sorrir.
– Nunca imaginei que você fosse o tipo que toma iniciativa assim. – Megumi brincou rindo, mas havia uma ternura em sua voz.
– Eu também não – Itadori riu, aliviado, mas agora com uma nova sensação em seu peito.
Eles continuaram caminhando, agora de mãos dadas, o som da cidade ao fundo, mas nada parecia mais importar além da presença um do outro.
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