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Laura Freitas.

Estou andando pelo shopping de mãos dadas com o Arthur, que segura a mão do Gerson com a outra mão, ficando no nosso meio. Com certeza alguém vai ver isso, reconhecer o jogador, e vai sair na internet, mas não tem como eu evitar, o mais novo fez questão de andar assim. Com certeza o Gerson esta amando a "ajuda" desse mini cupido.

Fomos direto até o parque que tem aqui no shopping, com diversos brinquedos eletrônicos. Gerson comprou um monte de fichas pro Arthur brincar, oque deixou o mesmo super feliz e animado.

- toma - entregou uma ficha na mão do mais novo, que saiu correndo, indo na direção de um carro

- me ajuda aqui, tio Gerson! - olhou pra trás, na nossa direção - por favor

O meia se aproximou dele, o ajudando a colocar a ficha no carrinho, começando a se mexer, e aparecendo uma estrada na televisão em frente ao mais novo, que mexia no volante, enquanto sorria largo.

- chega aí - senti Gerson me puxando pelo pulso, até a maquina de basquete, ao lado do carro que o Arthur brincava - bora ver quem ganha? - me encarou

- não sei jogar isso, Gerson

- já está dando desculpas, Freitas? - seu tom era provocativo

- e mesmo sem saber jogar eu vou te vencer - sorri de canto, prendendo meu cabelo num coque meio bagunçado

- é oque nós vamos ver - botou a ficha na maquina - bora apostar algo?

- quem perder paga o lanche depois daqui

- fechado - demos um aperto de mãos

Começou uma contagem regressiva de 5 segundos, e logo o jogo se iniciou, com cada um tendo que jogar as bolas na sua cesta, que ficava uma ao lado da outra. Eu acertei a cesta primeiro que ele, saindo na frente no placar, e com isso ele começou a roubar, jogando a sua bola contra a minha, a impedindo de entrar na rede.

- isso não vale, Gerson - chutei sua perna, ouvindo sua risada - para de roubar!

- fiz nada - se fez de sonso

Empurrei ele e voltei a jogar as bolas, acertando mais algumas na cesta, debochando da cara do mais velho.

- vai tio Gerson! Acerta! - ouvi a voz do Arthur

- que falso - olhei rapidamente na sua direção, que agora estava ao lado do Gerson, que jogava uma bola atrás da outra na cesta - vai torcer pra mim não?

- você já está ganhando, mamãe

- os de verdade eu sei quem são, Arthur - fiz drama, voltando a jogar as bolas

- então eu torço pros dois - se defendeu - VAI MAMÃE E TIO GERSON! - rimos da sua torcida

Ao fim do tempo do jogo, a vitória foi minha, com cinco cestas a mais que o Gerson.

- como é perder pra mim, coringa? - perguntei debochada

- você roubou - fechou a cara

- eu!? - soltei um riso irônico - você mesmo roubando perdeu

- meu esporte é futebol - deu de ombros

Passado Presente - GersonOnde histórias criam vida. Descubra agora