Bianka Bergman.
Berverly Hills
20 de Abril 1999.
10:35 Am.
Esses dias, meu ex namorado um filha da puta que só usou meu corpo, veio até minha casa falar um monte de bosta pra mim, sobre minhas inseguranças e ameaças.
Desde então acho que não passei um dia sóbria.
"Nossa Bianka, você não tem responsabilidade para manter sua mente estável?".
Eu tenho responsabilidade, porém posso falar que passei um dos piores momentos da minha vida ao lado desse imundo.
Ele me ameaçava diariamente, me batia frequentemente, são traumas e ele me ameaçando me deu gatilhos, sobre 98
10 de Agosto 1998
— Caralho Bianka, você precisa terminar com ele — Aaliyah se sentou na minha cama, vendo meu estado na cama, com meu braço roxo, a região de meu pescoço roxo.
— Eu sei Liyah, mas eu não consigo merda — além dele me bater, querer transar comigo sem eu querer, eu ainda tinha dependência emocional nele
— Bergman, você não pode ficar mais nesse relacionamento, tá te fazendo mal Bianka — ela quase grita comigo.
15 de Stembro 1998
— Você vai esconder esses caralhos de roxos no seu corpo com maquiagem — ele segurou meu maxilar com força, eu estou vulnerável a ele, estou mais pálida que nunca.
Eu só balancei minha cabeça em sim e ele me jogou no chão e saiu pela porta.
20 de Abril de 1999
Eu fui até o bar da minha casa, peguei uma garrafa de Tequila.
Tomei ela inteira sentada no sofá enquanto fumava um cigarro.
Um som de meu telefone ecoou no cômodo da sala, minha visão estava turva e girando.
Com muita dificuldade eu peguei meu telefone sem ligar o identificador eu atendi
— Bianka Bergman alô — minha voz estava lenta e embriagada
— Bia, tô chegando na sua casa liberada minha entrada — pude ouvir a voz da Left Eye, fazia tempo que a gente não se via eu ela e a Aaliyah éramos melhores amigas mas ela havia se mudado
— Tá — quase que minha voz não sai.
Com muita dificuldade, fui até o interfone e liberei a entrada da Lisa.
Depois de um 4 minutos a porta do meu apartamento é aperta e mesmo com a visão turva pude ver a Left eu dei um sorriso bem desajeitado.
Ele me olhou estranho, pude perceber o quão eu deveria estar acabada.
— Bia, andou bebendo — passaram-se 4 anos e ela ainda me conhece tão bem.
— Claro que não — tive dificuldade para falar.
— Não mente Bianka, é óbvio que você voltou a beber, você não lembra o quão foi difícil para você parar — ela se sentou ao meu lado parecia brava.
— Olha, não tem sido fácil esses dias tá bem — eu passei as mãos em meu cabelo.
— O que está acontecendo esses dias meu amor — ela me puxou pra perto e fez carinho em meus cabelos.
— Quando eu estava em Detroit, começaram a me chamar de Amante, ultimamente não anda tendo nenhum desfile nem pra marcas pequenas o que deixa minha mente vaga, semana que vem eu tenho o VMA, e antes de ontem o filho da Puta do Yuri voltou, saiu da cadeia semana passada — eu desabei enquanto desabafei com a Lisa que me ouviu atentamente fazendo carinho em minha cabeça