[Seu nome] havia sido tudo para Flávia Saraiva. Por muito tempo, vocês compartilharam momentos intensos, um amor que parecia impossível de terminar. Mas agora, as coisas tinham mudado, e o vazio que essa mudança deixava era difícil de ignorar.
Flávia, uma ginasta renomada e focada na carreira, tentava manter a rotina entre treinos e competições, mas sua mente sempre voltava para [Seu nome]. Os dias em que estavam juntos agora pareciam pertencer a outra vida, uma que parecia distante, quase como se não tivessem sido reais. Aqueles momentos de felicidade que vocês viveram começaram a se transformar em lembranças dolorosas de um tempo que nunca mais voltaria.
As amigas de Flávia — Jade, Julia, Lorrane e Rebeca — percebiam que algo estava diferente. No início, ela tentava esconder. Sorria nos treinos, saía com elas e até fingia estar animada com as competições que estavam por vir. Mas seus olhos sempre traíam seu coração.
— Flávia, tá tudo bem? — perguntou Jade certa noite, enquanto todas estavam reunidas no apartamento que dividiam em Paris para as Olimpíadas de 2024.
Flávia tentou disfarçar, mas sabia que não poderia enganar suas amigas por muito tempo. Jade sempre fora a mais perceptiva, a primeira a notar qualquer mudança no comportamento de alguém do grupo.
— Só tô cansada, nada demais... — Flávia respondeu, mexendo distraidamente em sua medalha de ouro conquistada no último campeonato.
— Você não engana a gente — disse Julia, se aproximando e sentando ao lado dela no sofá. — A gente tá vendo que você não é mais a mesma desde que terminou com [Seu nome].
O nome de [Seu nome] ecoou no ar, trazendo um silêncio pesado à sala. As outras meninas, que até então estavam conversando sobre o dia, ficaram quietas. Flávia olhou para baixo, mexendo nas mãos, lutando para segurar as emoções que ameaçavam transbordar.
— Eu não sei o que aconteceu — ela finalmente disse, a voz baixa, quase um sussurro. — Um dia, a gente estava bem, fazendo planos, sonhando juntos... e no outro, tudo começou a desmoronar. E eu nem percebi que estava perdendo tudo o que a gente tinha.
Rebeca, que até então observava em silêncio, se aproximou, colocando uma mão reconfortante no ombro de Flávia.
— Fala com a gente, Flavinha. O que aconteceu de verdade?
Flávia respirou fundo, sentindo o peso da tristeza em cada palavra que estava prestes a dizer.
— Eu era tudo pra ele... — começou, a voz embargando. — Ele me amava, me colocava em primeiro lugar. Eu podia ver nos olhos dele como eu significava o mundo. Mas, com o tempo, comecei a deixar outras coisas virem primeiro. O treino, as viagens, a carreira. E quando eu percebi, já era tarde demais. [Seu nome] já não era mais o mesmo comigo.
As palavras saíam com dificuldade, como se reviver os momentos que antecederam o fim fosse mais doloroso do que ela imaginava.
— Eu comecei a afastar ele... sem perceber. Eu achei que ele entenderia, que estaria sempre lá, mas o amor não funciona assim. Um dia ele me olhou e eu vi que algo tinha mudado. O jeito como ele me olhava... não era mais o mesmo.
Lorrane, conhecida por ser a mais empática do grupo, suspirou e se aproximou de Flávia.
— Isso é difícil, Flavinha, mas você não pode se culpar por tudo. Relacionamentos são complicados, ainda mais com nossas vidas tão agitadas.
— Eu sei, mas isso não muda o fato de que eu deixei ele ir embora — Flávia continuou, uma lágrima solitária escorrendo por seu rosto. — Eu só queria ter mais uma chance de mostrar pra ele que eu ainda o amo. Mas acho que agora... já é tarde demais.
Julia a abraçou, e as outras meninas se juntaram, formando um círculo de apoio ao redor de Flávia.
— Você já tentou falar com ele de novo? — Rebeca perguntou.
— Tentei, mas as coisas nunca mais foram as mesmas. Ele está seguindo em frente, enquanto eu estou aqui, presa nas lembranças do que a gente era.
As amigas trocaram olhares, sabendo que não havia muito o que pudessem fazer além de estar ali para Flávia.
— A única coisa que você pode fazer agora é aprender com isso, Flavinha. Não adianta se martirizar. O importante é se reconectar consigo mesma e ver onde isso te leva — aconselhou Jade.
Flávia sabia que suas amigas estavam certas, mas isso não fazia a dor desaparecer. Ela se perguntava se um dia o vazio que [Seu nome] deixara em seu peito seria preenchido. Até lá, tudo o que restava eram as lembranças de um amor que um dia fora tudo, mas que agora só vivia em sua memória.
E assim, a noite continuou, com as amigas tentando alegrar Flávia, trazendo um pouco de leveza para aquele peso emocional que ela carregava. Mas no fundo, todas sabiam que ela precisaria de tempo — tempo para se curar, tempo para aceitar que, embora ela fosse tudo para [Seu nome] um dia, as coisas mudam, e seguir em frente também faz parte do processo de viver.
Um triste pq minha namorada me largou