Lisboa
Oito meses depois ....
Marília on"
Finalmente nove meses da minha pequena Marcela, eu não consigo expressar a felicidade que eu sinto em tá gerando essa vida a vida do amor da minha vida, e a dor é imensa que toma o meu coração e o meu ser! Em saber que eu não posso dividir nada disso com o Murilo ou com a minha mãe nada foi do jeito que eu imaginei e idealizei eu tô sozinha em um país que eu não conheço ninguém, nas mãos desse homem que me proibiu de ter contato com qualquer pessoa da minha família é como se eu fosse indigente, ele não me trata mal e nem nada eu tenho uma vida calma e tranquila mas solitária, acordei de madrugada com uma dorzinha no pezinho da barriga liguei pra minha obstetra e ela mandou eu ficar de olho em qualquer coisa, acordei de manhã bem melhor e fiquei admirando minha barrigonaMarília- Bom dia princesa da mamãe (aliso minha barriga e ela chuta) tudo bem com você pequena? Em? Você tá bem meu amor? Mamãe só tá esperando você nascer pra gente voltar pra casa da vovó e ver o papai a mamãe tá morrendo de saudades do papai, filha? Filha (cutuco minha barriga) princesa da minha vida (alguém bate na porta) entra; tá aberta (o Dagmar entra no quarto e fecha a porta) oi, bom dia
Dagmar- Bom dia é eu já tô indo trabalhar
Marília- Tá, tudo bem (Coloco a mão na minha barriga) bom trabalho
Dagmar- Obrigado (ele vira as costas e dá alguns passos mas logo vira de novo) é
Marília- Oi?
Dagmar- Eu.... você nunca deixou eu tocar na sua barriga (olho pra ele) é a minha neta né?
Marília- Vem, pode tocar (ele se aproxima da cama sento nela) olha filha o vovô (Coloco a mão dele na minha barriga) o vovô, pai do papai
olho pra ele que tava sorrindo e no fundo ele era uma pessoa boa só nunca superou perder a minha sogra e tem pavor da pobreza
Marília- Tá chutando pro vovô filha? Tá chutando? (Ele se inclina e dá um beijo na minha barriga)
Dagmar- Tchau (ele fala olhando pra minha barriga) vou trabalhar tá? Pra não te faltar nada nunca princesa do vô (dou um sorriso) eu quero ser alguém melhor por você minha netinha
Marília- Ela vai sentir muito orgulho do senhor, seu Dagmar, esse tempo mais perto do senhor me fez ver quem o senhor realmente é, o seu coração e eu entendi que o senhor não é um ruim só vive triste e com medo
Dagmar- Tchau
ele fica seco e sai do quarto dou um sorriso olhando pra minha barriga e aliso ela levanto de vagarzinho da cama só de lingerie e entro no banheiro faço minhas higienes pessoais e visto meu roupão saio do quarto e vou tomar café
Marília- Bom dia dona Ana
Ana- Bom dia dona Marília (sirvo meu suco na taça) veio alguns homens de preto atrás do senhor Dagmar (olho pra ela)
Marília- Que estranho o Dagmar não fala pra ninguém onde a gente mora
Ana- Falou que veio cobrar uma dívida e que é bom ele pegar
Marília- Que estranho (tomo um gole do suco) o Dagmar.... o que será que ele aprontou dessa vez
Ana- Senhora (ela senta na cadeira e me olha com o olhar de quem ia me fazer uma pergunta daquelas) você e o senhor Dagmar são casados a quanto tempo?