A casa de Campo

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O sol da manhã iluminava a estrada enquanto Valentina dirigia em direção à casa de campo dos Albuquerque, com Luiza ao seu lado, observando a paisagem serena que passava pela janela. O ar estava leve, e a animação no carro era evidente.

— Preparada para o fim de semana mais relaxante da sua vida? — perguntou Valentina, sorrindo enquanto mantinha uma mão no volante e a outra acariciava levemente a coxa de Luiza.

Luiza riu, um pouco nervosa, mas profundamente feliz.

— Eu tô curiosa, na verdade. Todo mundo fala tão bem desse lugar que parece um pedaço do paraíso. — Ela olhou para Valentina, que tinha aquele sorriso malicioso nos lábios. — Além disso, vai ser o nosso primeiro final de semana sozinhas, mesmo com todo mundo por perto...

— Ah, pode apostar que vai ser especial — Valentina respondeu, apertando suavemente a coxa de Luiza. — E tem mais de um jeito de curtir um final de semana assim, você sabe.

Luiza mordeu o lábio, sentindo o desejo crescer. A forma como Valentina falava e tocava a fazia perder o fôlego, e aquela expectativa a deixava ainda mais ansiosa pelo que viria.

No carro atrás, Igor e Duda seguiam animados. Igor, sempre provocador, gritou pela janela quando pararam num semáforo.

— E aí, Valentina! Aposto que você já tá pensando em formas criativas de aproveitar o quarto, hein? — Ele deu uma risada alta, fazendo Duda gargalhar no banco ao lado.

Valentina olhou pelo retrovisor e respondeu com um sorriso travesso.

— Ah, Igor, eu nem preciso ser criativa. Isso já vem naturalmente quando estou com a Luiza.

Luiza ficou corada, rindo de nervoso, mas adorando o jeito como Valentina a defendia.

— Deixa ele falar, amor. Vai ser ele que vai nos invejar depois — sussurrou Valentina em seu ouvido, a voz carregada de desejo.

O caminho até a casa da serra foi uma mistura de risadas e provocações. Quando finalmente chegaram, a vista deslumbrante os recebeu: uma casa espaçosa cercada por montanhas, com uma grande varanda que dava para um lago sereno.

— Uau, isso aqui é realmente lindo — disse Luiza, de boca aberta, enquanto saía do carro.

— E não se preocupe, a melhor parte ainda está por vir — Valentina disse com um olhar sugestivo, passando o braço pela cintura de Luiza.

Igor e Duda chegaram logo atrás, trazendo um clima de animação.

— Bom, vocês vão ficar no quarto do lado do nosso, hein? Nada de fazer barulho demais, hein? — provocou Igor, piscando para Valentina, que respondeu de imediato.

— O barulho vai ser tão suave que você vai acabar ficando com inveja, irmãozinho.

Luiza riu, enquanto Duda apenas balançava a cabeça, divertida com as provocações.

— Não ligue pra ele, Luiza. Ele adora jogar essa conversa, mas no fundo, ele sabe que quem se dá bem sou eu — disse Duda, lançando um olhar cúmplice para Igor.

— Que mentira! Quem manda sou eu! — Igor retrucou com um sorriso.

Assim que entraram na casa, Catarina e Marcos os receberam calorosamente, com a mesa já posta para um churrasco. A conversa foi leve, mas Valentina e Luiza não conseguiam parar de trocar olhares intensos, como se o mundo ao redor estivesse em segundo plano.

Após o jantar, já com o clima mais intimista, os quatro decidiram explorar a área externa da casa. Igor e Duda se afastaram para curtir a beira do lago, deixando Valentina e Luiza sozinhas, observando o pôr do sol.

— É ainda mais bonito do que eu imaginei — murmurou Luiza, olhando para a paisagem.

— Eu sei... mas você continua sendo a coisa mais bonita por aqui — Valentina disse, se aproximando por trás e beijando suavemente o pescoço de Luiza.

Luiza estremeceu ao sentir o toque dos lábios de Valentina e sorriu, virando-se para ela.

— Você tem um jeito de me deixar sem fôlego, sabia?

— E eu não pretendo parar por aqui... — Valentina sussurrou com aquela voz rouca e sedutora, puxando Luiza para mais perto. O beijo veio urgente, profundo, como se todo o desejo reprimido das últimas semanas se derramasse naquele momento.

O mundo ao redor desapareceu, e tudo o que Luiza podia sentir era Valentina, suas mãos explorando seu corpo, os lábios se movendo em sincronia com os dela. Valentina a puxou para mais perto, fazendo com que Luiza sentisse a firmeza do corpo dela contra o seu.

Elas se afastaram apenas por um momento, os olhos de Valentina brilhando de desejo.

— Eu quero você agora, Luiza, mas... acho que precisamos de um lugar mais privado.

Luiza sorriu, mordendo o lábio.

— Você tem razão. Vamos ver o que dá pra fazer mais tarde...

Valentina, no entanto, não desistiu tão fácil. Ela puxou Luiza mais uma vez, sussurrando no ouvido dela:

— Eu mal posso esperar...

Igor e Duda, que estavam um pouco mais afastados, observavam de longe e riam.

— Acha que elas vão durar muito tempo até voltarem pra casa? — Igor perguntou, rindo.

— Acho que não — respondeu Duda, provocativa. — Elas já estão em outro mundo.

O final de semana seria longo, e aquela era apenas a primeira noite de muitas provocações e momentos intensos. O desejo entre Valentina e Luiza parecia não ter limites, e a casa da serra prometia ser o cenário perfeito para esse reencontro apaixonado.

Dança das EmoçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora