𝗜𝗡𝗖𝗢̂𝗠𝗢𝗗𝗢𝗦

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𝗠𝗜𝗡𝗛𝗢'𝗦
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐

Enquanto saía da enfermaria, tentei afastar os pensamentos sobre Han

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Enquanto saía da enfermaria, tentei afastar os pensamentos sobre Han. Aquela cena dele deitado na maca, vulnerável, com Felix cuidando dele como se fosse a coisa mais preciosa do mundo, me incomodava de um jeito que eu não conseguia explicar. Isso não era para ser grande coisa. Uma transa, nada mais. Ele estava exagerando, se deixando levar pelas emoções. Não podia culpar o garoto por ser assim, mas isso não mudava o fato de que eu não podia me envolver mais do que já tinha me envolvido.

Meus passos ecoavam pelos corredores da empresa, enquanto eu tentava me concentrar no trabalho, nas responsabilidades que me aguardavam. Ser o presidente tinha seu preço, e eu estava disposto a pagar. O foco, o controle, sempre foram a chave para lidar com tudo — e agora não seria diferente. Eu apenas precisava me afastar da confusão que Jisung trazia, de sua fragilidade, de seus sentimentos.

Quando finalmente terminei os compromissos do dia, exausto, fui direto para casa. Uma mansão grande e silenciosa, longe de qualquer caos que pudesse me distrair. Assim que atravessei a porta, me senti tomado por uma familiar necessidade de organizar. Era algo que sempre me acalmava. O lugar estava praticamente impecável, mas ainda havia algo fora de ordem que me incomodava, mesmo que os outros não conseguissem perceber.

Comecei pela sala de estar. As almofadas no sofá não estavam perfeitamente alinhadas. Corrigi uma por uma, verificando o espaço entre elas com precisão. Em seguida, arrumei as revistas sobre a mesa de centro, empilhando-as exatamente no mesmo tamanho, cada borda perfeitamente reta. Havia algo reconfortante nisso — a certeza de que, pelo menos aqui, eu tinha controle absoluto.

Caminhei até a cozinha. Todos os utensílios de aço inoxidável brilhavam sob a luz, mas ainda assim passei um pano por cada um deles, removendo qualquer traço invisível de imperfeição. O chão de mármore, já limpo, recebeu mais uma passada de pano, sem pressa, como se o ato em si pudesse me livrar dos pensamentos incômodos que ainda pairavam.

A imagem do Han continuava surgindo na minha mente, apesar de todos os meus esforços para ignorá-la. Seu olhar ferido, a confusão estampada no rosto quando tentou falar comigo... Não, isso não importava. Eu precisava me concentrar, manter as coisas sob controle. Era só uma noite. Ele precisava entender isso, e, com o tempo, entenderia.

Subi para o meu quarto, onde abri o armário e comecei a reorganizar as roupas que já estavam perfeitamente dobradas. Camisas brancas de um lado, camisas pretas de outro, tudo dividido com uma exatidão que acalmava meu coração inquieto. A sensação de poder ajustar o mundo ao meu redor era a única coisa que me dava paz, como se, ao arrumar tudo no lugar certo, eu também pudesse arrumar os pedaços soltos dentro de mim.

O relógio marcava quase meia-noite, mas eu não estava cansado de arrumar. Continuei a revisar cada cômodo, passando pela sala de jantar, onde os talheres no armário estavam exatamente no mesmo ângulo, e pela biblioteca, onde os livros foram alinhados novamente, desta vez por autor e altura. Mesmo que já estivessem perfeitos, eu não conseguia parar.

Merda! Fiz Amor Com o CEO | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora