Akai Ito, Procede?

CAPÍTULO 1

 Olá querido leitor, vou contar a história da minha vida e de como conheci o amor mas acho que meus fios estão muito emaranhados pra dizer que no fim consegui o que queria... bom até alguns dias sequer acreditava nessas coisas mas vamos lá;

Me chamo Cristine, tenho 20 anos e trabalho em uma galeria de artes, minha aparência física é bastante singular, tenho franjinha e cabelos longos ondulados e loiros escuros, olhos castanhos, uso óculos tipo o John lennon ou o Harry Potter sinta-se a vontade para escolher qual a melhor comparação, tenho uma vida bastante corrida e sou assumidamente lésbica.

Bom não vou me estender muito afinal essa historia é um conto de amor, difícil de ser retribuído mas sei que encontrei minha cara metade, o outro lado da laranja, o outro lado do fio que amarra o meu dedo mindinho sem que eu perceba, de uma hora pra outra passei a acreditar que o destino existe mas ele pode ser cruel, o mundo é cruel, caro leitor (a), caso seja de uma certa comunidade, você já se apaixonou por alguém que não pode ter, não por que vocês não se amam mas o mundo está contra, e o seu amor é covarde o suficiente pra te assumir , eu vivo esse dilema. No entanto vamos contar as coisas do início e botar os pingos nos i.

Meu coração bateu mais forte por ela desde o início, quando a vi sentada na sala de aula, perdida em outro universo, mas será que eu tinha chances? Meu grupo de amigas na época do ensino médio era composto por maria, beatriz e eu. Tinha um trabalho a ser feito, não me recordo o assunto, no entanto de repente o foco da conversa entre nós foi ela a menina nova que estava sem grupo, Micaely.

- Bora gente está faltando uma pessoa no nosso grupo quem a gente chama? - bia perguntou encarando a gente e meu olhar foi direto na menina sentada ao fundo da sala com cabelos lindos e pretos como a noite, pele bronzeada, olhos cor ônix, lábios carnudos e meu olhar se perdeu no seu, como uma bússola quebrada me vi sem direção, mas meu olhar estava no sul, assim como você no fundo da sala, olhando pra mim.

- A gente podia chamar ela, tem cara de inteligente – disse sem desviar o olhar do dela, as meninas seguiram o meu olhar e logo responderam – Tenho vergonha de falar com gente atraente assim do nada – ai a bia logo concordou, bando de frouxa , desviei o olhar e encarei as meninas incrédulas.

- Vocês são muito frouxas mesmo, ela não vai morder não, eu acho – disse rindo, ai logo notei a cara de sapeca – A então vai lá amiga, você que é a fodona – logo meu sorriso murchou mas encarei como um desafio e concordei em ir lá me levantei e percorri o caminho que mudaria minha vida, pareceu tão distante, mas lá estava ela concentrada no seu tablet desenhando no ibis paint, quando vi o desenho parecia comigo, meu coração foi pra boca e quase sai pra fora, de alguma forma minha presença foi notada, talvez tenha sido a minha respiração pesada mas não vamos pensar muito sobre isso...

- Não é o que você está pensando, eu juro – ela disse atropelando as palavras, e meu rosto de repente estava esquentando, que voz bonita, ai ela se levantou e pá um avatar com mais de 15 cm de diferença de mim me senti um gnomo, minha cabeça em um quase curto circuito, ai eu disse – Na verdade, eu só queria saber se você queria entrar no nosso grupo pro seminário- perguntei de cabeça baixa.

- Antes queria explicar o desenho, é que eu sou fã de Harry Potter e estava desenhando-o na versão feminina, de alguma forma vocês são bem similares e o desenho parece você – ela falou de forma rápida de novo, e se aproximou mais de mim estávamos a menos de 50 centímetros de distância e seu perfume floral inundou meu olfato levantei a cabeça e concordei com o que foi dito – tudo bem, e ai vai querer participar do nosso grupo? – perguntei de forma atenciosa.

Ela sorriu e fixei em minha memoria aquele sorriso com covinhas, e olhos se fechando – É claro que quero, você pode me dar seu número de telefone? – ela disse se afastando para pegar uma caneta, e procurou por algo mas não pareceu encontrar, se virou pra mim e estendeu a palma da sua mão com a caneta - Você pode anotar na minha mão - analisei a situação e peguei a caneta de sua mão e anotei meu número lá junto com meu nome.

- você quer conhecer o pessoal? Dai aproveita e senta com agente no intervalo - ela assentiu com a cabeça então peguei sua mão e a puxei até onde estava sentada antes e a apresentei a minhas amigas beatriz e Maria, ela e Maria descobriram que já se conheciam antes de outra escola, no entanto apenas de vista e eu acabei descobrindo que também já estudamos juntas quando crianças, ate tínhamos o mesmo ciclo de amigos mas não conversávamos, passamos o intervalo rindo, e quando voltamos para sala você passou a ocupar o lado vago do meu lado esquerdo, e a partir daquele dia, não existe um dia em que passo sem pensar em você e no calor da sua mão quando a segurei, em uma simples conversa passamos a nos tornar um.