Capítulo 24

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Que merda estou fazendo? Sim, está chovendo

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Que merda estou fazendo? Sim, está chovendo. Porém, faço parte do FBI e da CIA, fui treinado assim como qualquer agente e mesmo que seja perigoso consigo nos levar até a casa dela em segurança, mas eu não quero correr o risco, não quero colocar a vida dessa garota em perigo, meus instintos se recusam a me obedecer e seguir a minha racionalidade e por isso fiz a curva em direção ao meu apartamento. Isso tudo é culpa da Lisa. Minha mente nunca esteve com tanta confusão como agora e se algum dia achei que seria fácil lidar com ela estava completamente enganado.

Eu falei que emprestaria roupas minhas a ela.

Disse que a ajudaria se precisasse no chuveiro.

Ainda cometi uma blasfêmia quando disse que fecharia os olhos. Fechar os olhos! Como puder falar algo tão mentiroso? Como fecharia os meus olhos, enquanto seu corpo estava translúcido em minha frente? Não havia como e mesmo que estivesse em fase de negação durante os quinze minutos que demorou para chegar até o meu apartamento, sei que não posso fazer isso agora. Estacionei na garagem do prédio que era só meu e soltei o meu cinto ao mesmo tempo que ela fazia o mesmo, por algum motivo prevejo que passarmos muito tempo no mesmo ambiente não vai dar muito certo.

Seus olhos furiosos me encaram de volta e eram uma miragem de sentimentos conflitantes que deixavam todo o meu corpo pinicando de desejo, seus olhar astuto sempre me intrigava e não uma maneira de mudar isso. A ousadia que ela levanta o queixo, confiança com a qual ela rebate as minhas frases, poder que mostra em seus ombros e em sua entonação quando fala comigo e o desejo que esconde entre suas vísceras que nós dois sabemos que não podemos dar voz.

— Vou te ajudar a descer. — Murmurei abrindo a porta do carro e indo até a dela. O silêncio de Lisa era muito revelador e eu juro que consigo ouvir os seus pensamentos me xingando. E, aquilo me atormentava para provocar a pequena morena em minha frente, para conseguir uma nova reação da sua parte, uma que me instigasse, pois perto dela não há sombras, era como se tudo se acalmasse ao redor e ao me sentisse novo em folha e sempre pronto para uma nova briga.

Com o silêncio rodeando o ambiente resolvi pegar no colo e só depois pegar a sua cadeira, mas não fornecê-la a ela. Sessenta quilos não era para mim e estou pronto para mostrar isso a ela quando a movo para o meu braço esquerdo, enquanto pego a cadeira com o direito.

— Será que você poderia me colocar no chão? — Questionou bravamente. Humm... A voz dela resolve entrar em cena e aquilo é como música para os meus ouvidos.

— Não há necessidade. — Decretei indo até o elevador e a fazendo revirar os olhos e soltar outro xingamento ficando logo em depois em silêncio. Ok, é melhor assim, não era bom jogar fósforo na centelha de uma combustão. Quando o elevador finalmente parou em meu andar, caminhei em direção ao meu apartamento e digitei a senha com os olhos atentos dela em meu encalço. Tudo bem, fique em silêncio sua peste, se acha que eu me importo está enganada.

Cuidada Por Você. (Médico/Agente FBI)Onde histórias criam vida. Descubra agora