imagines Yandere

outra forma de soletrar o amor

Avisos:Descrições gráficas do corpo, Seth quer estudar você como se você fosse um computador ou algo assim, MC tem pouco ou nenhum diálogo, MC de gênero neutro. Muito bizarro em certos pontos. Besteira médica e coisas filosóficas. Inglês ruim.

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As noites sempre traziam o mesmo sonho; quatro paredes e um quarto que pertencia a um filme antigo, as paredes eram decoradas com prateleiras cheias de vasos, vasos com flores coloridas, alguns deles colocados descuidadamente uns sobre os outros, pressionando a pobre flor que estava sob o peso esmagador do outro.

Este quarto tinha apenas duas grandes janelas que iluminavam o quarto inteiro, iluminando-o em um tom vermelho, não importa o quanto você tentasse olhar pela janela, nada além de vermelho era visível. Parecia que se você olhasse muito para aquele vazio por um segundo, ele te engoliria inteiro, fazendo de você parte da paisagem sangrenta.

A mobília era escassa. Uma mesa, algo que lembrava uma estante que continha alguns livros, mas as letras eram ilegíveis para você, já que você não conseguia se mover do seu assento designado; uma cadeira perto da mesa mencionada. No centro da mesa, havia um pequeno vaso cheio de papoulas frescas.

O ambiente era um pouco teatral, para ser honesto, você nem imaginava alguém morando em um lugar como esse, também não parecia um lugar onde você pudesse ter plantas, a maioria delas estava colocada contra uma parede no fundo da sala, envolta pela escuridão. Nem mesmo a luz carmesim da janela conseguia alcançá-las.

"A luz deste lugar não é boa para eles, eu a verifiquei inúmeras vezes. Em vez de dar-lhes vida, ela os mata." Você ouviu a voz do seu companheiro sentado na sua frente, e quando você virou o rosto para olhá-lo, você encontrou o carmesim novamente, mas não era da janela dessa vez, era dos olhos dele.

Vermelho. Vermelho. Parecia que queria te engolir inteiro. Aquelas espirais eram como os círculos do inferno, uma por uma observando seus movimentos com cautela. Você tentou responder às palavras dele, talvez com uma pergunta, talvez com uma afirmação, mas era sempre complicado falar quando você entrava nesse "sonho" e Seth sabia disso.

"Você sabe." ele começou.

Levantando-se de seu assento e arrastando os dedos pela madeira da mesa, ele começou a circulá-la, sem nunca quebrar o contato visual por um segundo. "Tenho lido alguns livros muito interessantes ultimamente." ele continuou, sua voz arrastando-se por todo o lugar com um eco sinistro, o que era impossível devido ao pequeno tamanho do lugar. "São livros de medicina, vivissecções, é assim que chamam." um pequeno sorriso se formou em seus lábios.

"Vivissecções?", você conseguiu perguntar, sua voz apenas um sussurro. Seth afiou o olhar, satisfeito com o doce som da sua voz, e então ele assentiu.

"Sim, vivissecção. É como... pegar um organismo que ainda está vivo e abri-lo, para aprender como ele funciona por dentro."

Seth continuou, suas luvas de couro arrastando-se pela mesa de um lado para o outro enquanto ele continuava a circular pela mesa, como um abutre, embora parecesse uma mera distração, um pequeno gesto que ele fazia enquanto falava. Mas isso não impediu que fosse arrepiante, a elegância em seus movimentos não era natural. "Pareceu interessante para mim, parece desagradável, provavelmente é." ele riu.

Um piscar de olhos foi o suficiente para fazê-lo desaparecer da sua vista, mas quando você sentiu duas mãos descansando em cima dos seus ombros, você sabia que ele ainda estava lá. "Seth?" você gritou o nome dele, e ele respondeu com um aperto suave contra o seu corpo, então você sentiu a respiração quente dele contra o seu ouvido, isso te fez tremer.

"Estou aqui", ele assegurou, você não conseguia ver sua expressão, mas tinha certeza de que ele ainda estava sorrindo, era raro vê-lo sem aquele sorriso no rosto. "Você pode fechar os olhos por um segundo?"