Capítulo 23 - A declaração

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Sasuke

A única coisa que de fato me intrigava nesse circo todo era: Por que Kakashi estava sendo tratado como inimigo, sendo que ele quem nos traiu primeiro?

Eu não tive tempo para perguntar e nem mesmo paciência para saber, por mais que ele me olhasse com visível tristeza, eu não conseguia entender, mas essa dúvida logo foi sanada, pelo menos uma parte dela.

— Kakashi Hatake, antigo subchefe de Itachi Uchiha. — Tobirama anunciava para todos. — Nem sob ameaça ele foi corajoso o suficiente para assumir o nosso lado, sendo uma cadela dos Uchihas e tentando se debandar para o lado do desertor Sasuke Uchiha, eu Tobirama Senju, o declaro culpado por traição e a sentença é a morte.

O homem de cabelos grisalhos é empurrado a frente, apenas três passos, Naruto se aproxima e aponta a arma para a têmpora dele e atira sem piedade.

Olho para Gaara, buscando alguma resposta.

— Ele era leal a você. — Sussurra. — Kakashi seguia você.

Sinto o peso das palavras dele e das minhas atitudes, talvez se tivesse ficado…

Isso não importa agora… Não faria diferença, pois todos que estavam ao meu lado estão aqui agora, prontos para serem mortos.

— Gaara no Sabaku. — Tobirama chama e assim como Kakashi, um soldado o empurra — homem de confiança do Executor. Traidor e conspirador. Eu o declaro culpado e o condeno à morte…

Me movo, querendo impedir o verdadeiro traidor de atirar, mas antes que eu faça qualquer coisa, ouço gritos, vindos do andar de cima, que chama atenção de todos, os responsáveis por nossa execução olham para a entrada.

— Não deixe que nenhum homem passe por essa porta! — Nagato ordena a um dos soldados, que passa a gritar para que os homens se preparem para um ataque.

Alguns usam nossos soldados sobreviventes como escudos humanos, mas quem vem de fora não se importa, pois criam uma distração, jogando bombas de fumaça que em minutos turva nossa visão.

É a minha chance!

A adrenalina é tão forte no meu sangue que consigo romper a abraçadeira de nylon, viro meu corpo, pego o cano do fuzil que me ameaçava e desarmo o homem que me ameaçava, acertando uma cotovelada em seu nariz, o feitiço virou contra o feiticeiro. Diferente dele, que espera uma ordem, eu atiro sem pensar, tenho mais a perder se ficar apenas olhando do que reagir, preciso protegê-las antes que seja tarde demais.

— Abaixem-se! — Grito para Itachi e os outros, pois não enxergo muito a minha frente.

Atiro no homem que escolta Itachi, puxo a pistola que está atrelada no colete a prova de balas, rasgo as amarras no pulso dele e entrego a arma ao meu irmão.

— Tire as duas daqui!

— Não vou te deixar sozinho! — Meu irmão diz aos gritos, pois os invasores entram, sei que são nossos soldados, leais a mim e a Gaara, pois quem os lidera é o irmão dele Kankuro.

— Salve as duas, eu me viro. Só prometa… — Não termino minha frase, não quero pensar nela. Mas Itachi entendeu.

— Vai!

Balanço a cabeça, vendo Itachi se distanciar, mato um terceiro soldados e liberto Gaara, antes que atirem nele. Esse desgraçado vai me ajudar. Consigo ouvir o som de ossos quebrando e não preciso pensar muito para saber que é o gigante quem se livra de seu algoz.

— Sasuke! — Suigetsu chama, já com um fuzil em sua mão.

— Quero os traidores vivos. É hora de pagar as contas! — Afirmo. A fumaça começa a se dissipar. O cheiro de sangue faz aumentar a minha adrenalina e eu descarrego todos os meus demônios.

Mermaid- A sereia e o mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora