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── Não, o povo quer saber, eu também quero: como foi que vocês se conheceram? — Igão questionou no microfone e Gabriel prendeu o riso, me fazendo por a mão no rosto.
Como eu vou contar isso?
── Eu posso contar? — encaro Medina, que da de ombros.
── Eu vou poder me defender?
── Não, então, foi depois do fim das olimpíadas, né? Eu não fazia ideia de quem era o Gabriel, não sabia que ele era surfista, não sabia que ele sabia nadar, esse é um ponto que é importante frisar. — Contei batendo de leve a unha contra a mesa. ── E o Medina, fanfiqueiro, achou uma boa ideia chamar minha atenção como?
── Fingindo me afogar no meio de uma tempestade no mar. — Gabriel contou e eu o encarei. ── Que? Você é linda, vários homens chegavam em você com aquele papo monótono, aí eu precisava dar uma inovada.
── Me traumatizando?
── Foi ali que eu te conquistei, boba!
── Que? — Mítico riu. ── Conta direito esse ponto de vista seu, Medina!
── Eu tava no quiosque da dona Soraia com o Pedro, eu ia surfar para desestressar porque tinha brigado e pá, só que o tempo ficou muito feio, e por mais que eu já tenha pego ondas assim... Era praticamente suicídio entrar na água naquele momento, aí eu olhei de longe e vi a Helena tirando foto do mar... Dentro do mar!
── Ah, eu faço tudo pela foto perfeita. — Dei de ombros.
── Ai eu perguntei quem era ela, o Pedro, futuro padrinho do nosso casamento e dos nossos filhos já lançou um: essa mulher é pior que furacão, se você se ama não vai, é pior do que a minha ex.
