★ #4 - "Confusão."

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Meu corpo pesa.

Minha cabeça lateja.

Meus movimentos não respondem ao meu cérebro...droga.

Merda de anemia.

Matheus? Consegue me ouvir? Se mexer?... - uma voz feminina soava abafada aos ouvidos do moreno, enquanto um sentimento absurdamente desconfortável de uma luz forte brilhava na frente de seus olhos, quase cegando o mesmo.

A enfermeira desligou a lanterna após perceber que o outro estava acordando, e aparentemente, responsivo igualmente. Checando a bolsa de soro do lado da cama conectada no braço do moreno, logo após andando para outra sala presente alí.

Matheus piscou os olhos por algumas vezes, na tentativa de clarear a visão, e quando recobrou totalmente a consciencia, a confusão começou a invadir os pensamentos dele.

"Como eu vim parar aqui?"
— ele pensava.

Até que ele sente um toque de algo, ou alguém, na lateral da coxa...e a ao olhar, reconheceu a figura familiar - Guilherme, que caiu no sono com a cabeça deitada na maca.

Isso obviamente deu uma despertada nos sensos de Matheus, fazendo até o coração dele dar uma acelerada pela presença "incomum" do seu lado.

"Mas ele não tava bravo comigo? O que ele tá fazendo aqui?"
ele cogitou silenciosamente, processando a cena na frente dele.

Matheus tentou se mover, mas no primeiro movimento que a perna dele fez, despertou Guilherme, antes adormecido.

— mhm...? - o loiro grunhiu suavemente, erguendo a cabeça sonolentamente, o cabelo loiro dando um belo contraste no rosto cansado dele.
O mais alto piscou algumas vezes, e logo despertou quase que instantâneamente quando percebeu Matheus acordado.

"— Caralho Matheus...Tu acordou!" - ele se levantou da cadeira com pressa, arregalando os olhos e olhando diretamente para Matheus, que só encarava o outro com confusão e silenciosamente.

"— Seu merda, Ficou sem comer de novo!"
O loiro disse, Agarrando o ombro do outro com firmeza e aproximando o rosto signifcativamente para perto.

"— você é anêmico, Matheus Daniel, ANÊMICO! Você quer morrer cedo?!"
Ele exclamou, sacudindo o ombro do outro com frustração e indignação.


"— Ai Guilherme, calma, calma! Que chatice!"

O moreno reclamou, meio intimidado com as broncas do outro, e o que o dava mais raiva é que o loiro o conhecia demais para negar qualquer coisa.


"— Você quase me deu um infarto, Matheus Oliveira, puta que pariu!"


O loiro largou o ombro do outro e deu uns passos pra trás, esfregando o rosto inteiro com a palma das mãos em indignação, já esquecendo todos os motivos que ele tinha pra ficar com raiva desse garoto que ele estranhamente se preocupa mas do que deve.

"— Desculpa, desculpa!"

Matheus disse enquanto se erguia e sentava na cama, se desanimando gradativamente, virando o rosto para o lado oposto do outro, se sentindo envergonhado.

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⏰ Última atualização: Oct 10 ⏰

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