Samantha abriu a porta do quarto, segurando o choro, abriu uma das gavetas do armário, recolheu uma chave prateada e brilhante.
Abriu a porta do quarto, meio atordoada, e durante uma discussão familiar, Samantha, com os olhos encharcados, destrancou a porta do porão, mais conhecido como o quarto escuro.
Samantha entrou no porão, trancou a porta por dentro, se sentou no chão e chorou.
No quarto escuro, geralmente não tinha luz, mas naquele dia, uma das luzes de festa iluminava a sala através de uma pequena janela por lá, era uma luz roxa e verde.
Samantha vasculhou as pilhas de sujeira com os olhos, e um pequeno baú prateado chamou sua atenção, nele, um post-its com um desenho de caveira mexicana chamou sua atenção.
Samantha recolheu o baú, e virou o post-its, revelando um texto que dizia, "Hoje, mamãe me prendeu no quarto escuro, e esses, são os relatos de algumas criaturas que habitam aqui"
Samantha usou a mesma chave para destrancar o baú, então, abriu o baú com cautela.
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Sombroso sóbrio
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" Durante as estrelas daquela noite; Um homem com sua foice; Resolveu assimilar; Um mortal; E um animal; Lado a lado, par a par.
O jovem homem, tão belo; Carinhoso e singelo; Tentou se afastar; Mas o caçador, sem temor; Não se preocupou com a dor; E tentou o homem matar.
A tentativa falha dele; Gerou ódio naquele; Que um dia foi um homem; E hoje com medo da julgação; E o pavor em suas mãos; Lembrando como fosse ontem.
Entre a sombra dos detentos; Das loucas dos nazarentos; Dos garotos do internato; Nas lagoas, e no mato; Anda sempre noite e dia; Onde não existe bebida; O grande homem manchado.
Sempre sujo do passado; E o futuro em um dado; Corre ele, contra o tempo; Talvez um dia seja visto; Entre a taça e o vinho tinto; Um possível talento.
Mas enquanto ele espera; Se esconde na janela; Na privada; E no muro; Enquanto ninguém o conhece; A solidão não se apetece; Ao maldito quarto escuro."
