𝟮𝟵.

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𝗺𝗮𝗱𝗮𝗹𝗲𝗻𝗮 𝗯𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗽𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝘃𝗶𝗲𝘄.

acordo a meio da noite, com o meu telemóvel a vibrar, agarro nele, e deparo-me com o contacto da sabrina, sento-me sem que o rodrigo acorde e atendo-lhe o telemóvel, ela parece desesperada.

madalena, estou cá fora, preciso de ti. - ela diz. está a chorar, mas a chorar muito, não é habitual da sah. eu preocupada, digo-lhe que vou já, e visto uma roupa decente para ir ver o que se estava a passar, ligo a lanterna do telemóvel, pois está demasiado escuro para se ver algo. e começo a chama-la, mas a mesma não responde. então avanço até ao jardim.

sabrina? - avistei-a em pé, com o rimél borrado de tanto chorar, ela nega com a cabeça, sinto alguém a tapar-me a boca por trás, era uma emboscada, provavelmente do miguel. raios.

𝗿𝗼𝗱𝗿𝗶𝗴𝗼 𝗺𝗼𝗿𝗮 𝗽𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝘃𝗶𝗲𝘄.

acordo, sem a madalena do meu lado, estranho. provavelmente a bipolaridade dela, atacou forte. não acredito que me odiara depois de ontem á noite, foi uma noite inesquecível. faço a cama. e meto lençóis para lavar. e depois vou para a cozinha, onde prepararei torradas.
e fiz um café. e ligo á madalena, a mesma não me atende. inacreditável, ela ainda me odeia perfundamente. visto-me depois de ter tomado banho. e penso para mim, que com esta merda toda, ela não chegou a almoçar com os meus pais, nem se quer os conheceu. hoje era uma boa oportunidade se me atendesse o telemóvel. mas a mesma não o faz. tenho treino hoje com o porto, temos um jogo importante na europa league, onde pretendemos ganhar. e eu pretendo estrear-me.
com a madalena nas bancadas de preferência. ignorando o facto de ela não me atender as chamadas, não. não consigo ignorar. depois do treino sento-me no banco do balneário com as mãos á cabeça e o sousa senta-se ao meu lado. com as mãos no ar, a render-se. não me ia provocar com a madalena, queria falar.

o que se passou puto? - pergunta ele. eu dou de ombros. e mostro-lhe a quantidade de vezes que liguei á madalena. ele arqueou as sobrancelhas. e ligou á madalena, metendo em voz alta. e foi parar ao voice mail. liguei á daniela pelo meu telemóvel e ela atendeu-me.

daniela, sabes da madalena, ela não me atende a merda do telemóvel. - digo-lhe.

porque será? - perguntou ela. eu abano a cabeça. a sorrir minimamente.

fizemos sexo ontem, não foi nada disso. - digo e oiço o barulho de uma pessoa espantada. e eu solto um risinho. e tenho o sousa e o vasco de boca aberta. com o chico a sorrir mais do que eles dois juntos.
tenta ligar-lhe, pode ser que te atenda a ti. - digo. ela concorda e desliga o telefone. enquanto isso tomo banho em casa. e anseio por uma resposta. a daniela liga-me. e eu atendo-lhe no segundo a seguir.

tou, ela atendeu-me. disse que estava tudo bem. - o aperto que estava a apertar o meu coração, soltou-se. e respiro fundo, de alívio.

vou lhe ligar. - ela desliga a chamada e procuro o número da madalena. e ligo-lhe. e ela atende.

olá. - diz ela. não é um olá normal.

estás bem? - perguntei a levantar-me do sofá.

sim, ela está. - a voz do miguel, entra nos meus ouvidos. e agora apetece mata-lo, só de pensar que tocou com um dedo nela.

seu. - pausa. onde estão? - perguntei. e o miguel solta um risinho.

se dizer não têm piada. - ele solta um risinho psicopata. pousei o telemóvel no mesa da cozinha e vejo o chico e o sousa a entrar na minha casa. estava marcado. e eles podem ajudar. suspiro fundo e meto o telemóvel em altifalante.

rivalidades - rodrigo mora.Onde histórias criam vida. Descubra agora