Enny, uma jovem de 16 anos, começa a ter visões assustadoras de sua morte e de um universo alternativo. Sua vida vira de cabeça para baixo quando um monstro aparece para matá-la, e ela é salva por seis adolescentes que a levam para uma dimensão para...
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– Enny. – Aline entrou abruptamente no quarto que estava com a porta aberta, fazendo-me fechar meu caderno de vez. – Tracy acabou de me ligar. Ela não vai poder ir, ficou doente. Acha que dá conta de sair sem a supervisão da gente?
Ri, nitidamente zombando daquela pergunta sem sentindo.
– Por mais perigoso que seja ir assistir a um filme no cinema com 4 outros adolescentes, acho que vou ficar bem, Li. – Respondi com um falso decoro que a irritou.
Aline pegou a sua agulha de crochê que ela mantinha em seu porta-caneta e a apontou para mim como uma faca. Fingi estar rendida.
– Ninguém além de Nate me chama de Li. Regra básica, tampinha. – Ela, guardou a agulha, pegou um batom na sua escrivaninha e o aplicou, ajeitando o brinco de miçanga. – Estou saindo com uma amiga e vou dormir lá, caso perguntem. Lembrada que Nate e Jane vão sair... Talvez reatem hoje... Então, se eles chegarem juntos, recomendo fones de ouvido durante a noite.
– Ele ainda está se arrumando? – Perguntei e meu queixo caiu em choque ao vê-la assentir. – Céus! Mais de uma hora?! Tá tirando o grude até da alma pelo tempo! Acho que voltam, hein?
A garota riu, mas ela pareceu conter opiniões bem afiadas de virem à tona, contentando-se a me dar um beijo na bochecha e ir embora. Sem inspiração, fechei meu diário e fui para sala, aguardar os quatro que viriam me buscar. Três eram aqueles que mencionei no caderno. O quarto era o interesse amoroso de Tracy, Brad. As duas vezes que os vi juntos me fizeram questionar o amor próprio da loirinha, mas a conhecia há pouco tempo para já me meter nisso.
Assim que a campainha tocou, comecei a colocar meu salto enquanto via Nathan abrir a porta. Ele cumprimento Jack de forma animada, falando que não o acompanharia hoje porque tinha planos e descobriu naquele momento que eu não teria supervisão de ninguém do nosso grupo. O semblante do meu protetor ficou tenso, parecendo ponderar se iria ou não conosco.
– Poxa. – Nathan esfregava a toalha branca em seus cabelos molhados, pensativo. Caminhei até a porta, ficando ao seu lado. Que perfume estranho que ele escolheu hoje. – Enny ainda não conhece as ruas para voltar sozinha... Pode ser perigoso...
Notei que Erick já estufou o peito para se voluntariar, mas, antes que ele abrisse a boca, escutei:
– Eu moro a duas ruas daqui. Pode deixar que a trago. Deixo na porta.
Foi Brad. Ele estava encostado na parede em frente à porta. Seu cabelo amarrado em um coque despojado, um sorriso branquíssimo e a camisa que realçava seus músculos. Se não fosse tão pretensioso e babaca, até poderia entender o porquê Tracy era tão besta por ele.
Ri por Erick ter mencionado o apelido que recebi depois da minha primeira semana de trabalho, quando derrubei um prato no colo do cliente e quase ateei fogo em mim mesma.