Entre a Razão e o Desejo

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Vallentine

O frio cortava minha pele enquanto eu corria pela margem do rio, o som da água correndo ao meu lado se misturava ao eco dos tiros ao longe. Minha mente estava em frangalhos.

Damien se afastou para me proteger, mas tudo o que eu conseguia pensar era: ele voltaria para mim?

Não sei, mas sinto que se eu perde-lo.... Talvez eu não tenha chances de sobreviver.

O terreno era traiçoeiro, eu tropeçava em raízes e pedras enquanto tentava seguir em frente. Minha respiração era pesada, e o ar parecia se recusar a entrar nos meus pulmões. Mas mesmo assim, eu corria. Não tinha escolha. A adrenalina ainda percorria minhas veias, e o medo era o que me movia.

Damien sabia demais. Minhas memórias estavam desordenadas cheias de buracos, mas uma coisa era clara: eles me queriam morta porque eu sabia a verdade.

E Damien?...bem eu ainda não sei o que ele tem haver com isso.

Quando finalmente alcancei a cabana que Damien havia mencionado, uma pequena construção de madeira.qje ficava à beira do rio, me tranquei dentro, encostando na porta.

Será que ele tinha sobrevivido? Será que ele ia voltar?

Meus pensamentos eram dominados pela possibilidade de que eu estava completamente sozinha agora.

O espaço era apertado, tudo era úmido e escuro. Havia uma lareira apagada, algumas prateleiras vazias e uma mesa no centro. Eu me joguei no chão, tentando recuperar o fôlego, mas a ansiedade ainda queimava em meu peito. Meu corpo inteiro estava doendo.

Fechei os olhos por um momento, tentando me acalmar.
Eu estava viva...por hora....

Damien

Eu me movia rapidamente entre as árvores, meu corpo em estado de alerta máximo. Estava atento a cada som. Apesar de ter me livrado de dois capangas, sabia que tinha mais por perto.

Quando finalmente avistei a cabana, a sensação de alívio foi imediata. Eu precisava vê-la. Precisava saber que ela estava viva, que ainda estava ali... esperando por mim.

Meu corpo doía com os confrontos recentes, mas a prioridade era Vallentine.

Sempre ela.

Empurrei a porta da cabana, e lá estava ela, sentada no chão, seu corpo pequeno e vulnerável à luz fraca que vinha da janela. Ela parecia exausta, mas quando nossos olhares se encontraram, vi algo mais em seus olhos. Algo que espelhava o que eu sentia.

Alívio. Confiança. E outra coisa.

Não me segurei.

Vallentine

Quando Damien entrou, meu coração disparou. Parte de mim queria correr até ele, abraçá-lo, sentir o calor de seu corpo contra o meu para afastar o medo. Mas eu não me movi. Fiquei ali, imóvel, apenas o observando.

Ele estava lindo, mesmo sujo de terra e sangue. Seus olhos, sempre tão frios e calculados, estavam mais suaves agora, quase vulneráveis. E por um momento, todo o perigo ao nosso redor parecia se dissipar.

Mas então ele fechou a porta com força e veio até mim rapidamente.

Me puxou pela cintura colando nossos corpos e me beijou. Foi como uma tempestade. Sua boca sobre a minha de forma possessiva, suas mãos segurando meu corpo com uma intensidade que me fazia perder o fôlego.
Eu correspondi, meu corpo reagindo ao dele de uma maneira que eu não sabia que era possível.

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⏰ Última atualização: Oct 13 ⏰

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