You Belong To Me

Treinamento

Lia Pov's

Pan me levou até uma área um pouco fechada, onde só tinha árvores à nossa volta. Ele estava de frente pra mim.

— Tá legal, o que exatamente pretende fazer pra me ajudar, treinador? – zombei na última palavra.

— Vamos começar leve. Use sua magia pra ascender essa fogueira – num estalo de dedos, Peter fez aparecer vários galhos juntos no chão, a possível fogueira, mas sem o fogo.

— E como faço isso?

— Dê seu jeito. Agora acenda.

Olhei torto pra ele, mas decidi fazer o que ele mandou. Fiz vários movimentos com as mãos, mas não saía nada. Soltei um suspiro derrotado após desistir.

— Não acredito que já desistiu – disse Peter.

— Você acha que é fácil? Só pra você então, que já sabe usar seus poderes!

— Pra mim seria extremamente fácil se eu fosse iniciante como você – o garoto passou a caminhar – Tudo que faço é perfeito. Isso seria só mais uma das minhas obras.

— Mas pra mim não é nada fácil. Você acha que é fácil saber que seus pais eram dois grandes vilões no passado e que seu pai escondeu isso de você?! E pra piorar, você descobre que têm poderes que nem sabia que tinha! Minha vida virou de cabeça pra baixo desde que cheguei em StoryBrooke, nada pra mim se tornou fácil, Peter! – gritei irritada. Enquanto falava, Pan parou de frente pra mim sorrindo debochado, parecendo não ligar pra nada do que disse.

— Sentiu isso?

— O que?

— Fumaça – confusa, olhei pra fogueira e ela estava acesa – Muito bem, Lia. Conseguiu passar no primeiro teste – Peter me parabenizou – Vamos pro segundo?

Antes que eu pudesse responder, Peter ergueu o braço fazendo a mão ficar na altura do rosto e uma fumaça verde cobriu nossos corpos. No mesmo instante, estávamos em um lugar diferente.

Eu estava em cima de uma ponte de madeira que parecia que iria cair a qualquer momento, me segurei nas cordas ao lado pra ter mais segurança. Peter estava do outro lado, apenas me assistindo bambear na ponta. O vento batia nos nossos cabelos, não tive nem tempo de analisar o lugar, meu medo foi maior. Lá embaixo, havia um rio que estava muito distante da ponte que eu tava.

Não sabia se fazia parte da ilha, só sabia que não queria cair.

— Você ficou louco?! – minha voz saiu trêmula.

— Quero testar a sua intuição. Vamos forçá-la até você a dominar.

— Um pouco de leitura não parece horrível.

— Você pode me impedir.

— Impedir do quê?

— Disso! – com um sorriso maligno, Peter ergueu a mão pra frente e ouvi um barulho atrás de mim, fazendo-me olhar pra trás. As madeiras da ponte estavam se soltando, uma por uma foi caindo metros a baixo.

— O que você tá fazendo?!

— Não é óbvio? Destruindo a ponte. Você pode impedir isso... Ou morrer. E eu não quero ver isso...