Numa noite estrelada, o sangue escarlate escorre pelas mãos de Ayla, uma situação inesperada que a leva a encontrar seu parceiro improvável: O General da Corte Noturna.
Em meio a intrigas e perigos no mundo da corte noturna, Ayla e Cassian são lança...
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Cassian e Ayla ficaram até tarde na estalagem, onde o ambiente animado e o vinho em abundância faziam qualquer um esquecer as preocupações. Ayla, normalmente tão cautelosa, bebia taça após taça, sentindo-se leve e solta como nunca. A cada risada, Cassian percebia um lado dela que raramente tinha a chance de ver, Ayla estava risonha, despreocupada e, talvez, um pouco imprevisível. Foi então que ela se levantou e começou a dançar de um jeito espontâneo, as mãos soltas e o sorriso largo, já flertando perigosamente com a borda de uma das mesas, os machos presentes no local começaram a bater palma, fazendo com que Cassian olhasse mortalmente para todos, que rapidamente desviaram o olhar para suas mesas.
— Acho que deu por hoje dançarina — Cassia murmurou com um leve sorriso para Ayla, a pegando no colo.
Ayla resmungou para Cassian, falando totalmente embolado, que nem mesmo o general conseguia entender aquilo.
Enquanto Cassian a carregava para fora da estalagem, Ayla, risonha e com as bochechas aquecidas pelo vinho, resmungou algo sobre não precisar ser tratada como uma princesa.
— Eu sei me cuidar, sabia? — ela murmurou, cruzando os braços e fingindo descontentamento, embora um sorriso travesso traísse suas palavras.
Cassian soltou uma risada baixa, sem parar de caminhar pelas ruas desertas do vilarejo, tomando cuidado para a chuva não pegar em Ayla.
— Sei que pode — ele respondeu. — Mas é minha responsabilidade te proteger... e também me certificar de que você não suba em mesas de novo.
— Talvez eu quisesse dançar — ela retrucou, inclinando a cabeça para olhar Cassian de perto, seus olhos brilhando com o efeito do álcool e algo mais, um brilho travesso que o deixava tentado a não desgrudar os olhos dela.
Cassian, então, parou e a colocou no chão. Ele a segurou pelos ombros, os dedos firmes, como se quisesse ancorá-la. Seu rosto agora estava mais próximo, e ele a olhou nos olhos com uma intensidade que fez o coração de Ayla disparar.
— Sabe, Ayla... — ele começou, sua voz baixa e rouca. — Não precisa de uma mesa para dançar. Eu dançaria com você a noite toda, em qualquer lugar.
Ayla ficou sem palavras, sentindo o calor subir por seu rosto. Ela sabia que Cassian estava brincando, mas a sinceridade no olhar dele, o tom suave da voz, a fizeram sentir que havia mais verdade nas palavras dele do que uma mera provocação. Ela olhou para ele e, talvez por conta do vinho, soltou uma risada espontânea, mas leve e verdadeira.
Cassian entrelaçou seus dedos nos dela e continuou a guiá-la pela vila até uma pequena cabana isolada, onde ficariam hospedados. Assim que entraram, ele fechou a porta atrás deles, e o silêncio os envolveu, quebrado apenas pelo som da chuva leve que começava a cair lá fora.
Ele a ajudou a se sentar perto da lareira, onde Ayla esfregou as mãos para se aquecer, sentindo-se mais desperta ao se afastar dos olhares e da luz intensa da estalagem.
