_ Bom dia meu P'Perth!
Abri meus olhos com certa dificuldade, porque ele estava gritando afinal? Passei a mão no rosto e vi uma figura com um sorriso enorme e uma bandeja parado em pé ao lado da cama
_ Veja, trouxe café da manhã pra nós!
Eu mal tive tempo de responder ele já estava sentando ao meu lado me obrigando a ir mais pro lado, era incrível como ele era um pirralho quando se tratava de respeitar o espaço de outra pessoa.
Respirei fundo e virei a cabeça de lado pra encarar direito a figura animada, ele estava vestindo uma camisa e bermuda que com toda certeza me pertenciam, os cabelos despenteados caindo na testa deixavam os olhos quase imperceptíveis, mas o enorme sorriso, esse sim estava lá estampado no rosto dele.
_ Que horas são...
_ Já passaram das oito P'...
Balancei a cabeça e tornei a fechar os olhos, eu iria entrar somente à tarde no serviço hoje já que iríamos ter trabalho em campo
_ Não deveria ter ido a faculdade?
_ Pedi a um amigo me encaminhar as matérias, depois pego...
Respirei fundo mais uma vez, como ele conseguia estar tão bem disposto depois de tudo que aconteceu ontem a noite? Aliás, que puta noite perfeita! Depois de tudo que aconteceu no quarto, tomamos banho juntos, as carícias continuaram, de forma bem mais contida, mas se fizeram presente, o corpo dele tinha um sabor tão bom que eu queria provar por mais e mais vezes, como foi gostoso foder com esse moleque, mas não foi só isso, alguma coisa dentro de mim mudou enquanto observava ele secar meus cabelos com aquele sorriso enorme, trocamos os lençóis juntos e adormeci no peitoral dele, de alguma forma estranha ele me trazia uma espécie de conforto que eu não lembrava mais como era sentir.
_ Vamos P', se levante para que eu possa te alimentar...
Droga! Esse moleque está mexendo mesmo comigo.
_ Depois de tudo que aconteceu ontem, ainda vai continuar me tratando assim?
Era estranho como ele cuidava de mim como se eu fosse uma garota, por um momento até pensei que ele iria abominar a ideia de ser botton, eu até cederia, talvez... não sei na verdade, nunca tentei, e nem sei se estou pronto para isso.
_ Tratando como P'?
Sentei na cama e ele me encarou
_ Como se eu fosse... - olhei pra ele e sorri - deixa quieto, me alimente então hum...
Ele voltou a sorrir e colocou uma colherada enorme de minhas na minha boca
_ Você cozinhou novamente?
Aquele sabor era estranhamente familiar, mesmo com os cabelos encobrindo consegui ver o brilho nos olhos dele
_ Você já conhece o sabor da minha comida P'?
Ele fez um bico como se fosse chorar, mas colocou o pote com mingau na cômoda lateral e grudou os braços no meu pescoço
_ Ei, ei... vai me sufocar assim!
Abracei ele e apoiei a cabeça em seu ombro
_ Está delicioso... - passei o nariz por trás da orelha dele - assim como quem o fez...
O corpo dele se estremeceu por completo e eu acabei sorrindo
_ P'... - a voz dele estava arrastada - não faz assim...
Deixei um beijo estralado dentro da orelha dele e vi ele se contorcendo se afastando
_ P'Perth...
_ Hum, vamos comer que precisamos ir trabalhar!
Ele pegou o pote e voltou a me alimentar, ele comia junto enquanto sorria pra mim sem dizer absolutamente nada, e sinceramente, esse silêncio estava tão confortável, aquele momento estava sendo tão agradável, estamos nós dois, sentados na minha cama, comendo uma tigela de mingau que ele mesmo cozinhou, pra mim... nunca ninguém havia tido todo esse cuidado comigo, não que isso tivesse sido um problema nas relações anteriores que acabaram de forma tão conturbada, mas me sentir cuidado era uma coisa nova e eu sinceramente estava apreciando isso.
Está bem pai, já estamos indo!
Ouvi essa última frase antes dele desligar o telefone
_ Está tudo bem?
Ele colocou o celular no bolso e sorriu olhando pra mim
_ Papai quer nos ver!
_ Ahn?
Quase derrubei o perfume que estava terminando de borrifar
_ Não temos que ir para o local da construção?
Ele balançou a cabeça e terminou de ajeitar a camisa
_ E você vai com a minha roupa ver o seu pai?
Senti um princípio de pânico começar a invadir meu corpo
_ Ei, calma... - ele veio até mim e fez um carinho no meu rosto - sabe que já disse a ele sobre nós, certo?
Eu balancei a cabeça concordando, mas tudo aquilo era muito estranho pra mim, aprovação tão rápida da família, ainda sendo o pai dele o dono da empresa onde eu trabalho, as cosias no nosso mundo poderiam ser assim tão simples?
_ Então meu P'Perth... - ele sorriu e deixou um selar na minha bochecha - só vamos ver o que ele quer, depois almoçamos juntos e vamos para o local, Okay?
Fechei e abri os olhos lentamente, não sei se por reflexo puxei o corpo dele e o abracei, apoiei minha cabeça em seu ombro e inalei o aroma tão bom que vinha de seu pescoço
_ Eu só... bem... - respirei fundo - não estou acostumado com as coisas sendo assim tão simples...
Ele afastou nossos corpos e segurou minha cabeça entre suas mãos
_ Eu prometi que não ia fazer você chorar novamente P'... - ele sorriu ainda mais - vou provar pra você que quando existe amor, as coisas podem sim ser leves...
Levei uma mão até a dele e fiz um carinho com meu polegar
_ Obrigado Santa... - respirei fundo - obrigado por todo esse cuidado e carinho que está tendo comigo nesses últimos tempos...
As palavras saiam do meu coração
_ Não sei ainda se sou capaz de retribuir todo esse sentimento que tem por mim... - sorri - mas prometo que também não vou fazer você chorar de forma alguma.
Agora foi a vez dele de me puxar pra dentro de um abraço e eu retribui apertando seu corpo contra o meu, aquele garoto estava me fazendo tão bem que acho, aliás, tenho certeza de quem nem mesmo ele sabe.
Eu não sabia muito bem o que esperar com essa conversa, mas estava preparado, esse tempo todo escolhi evitar o máximo me apaixonar por ele, afinal, era do filho do CEO que estávamos falando e eu sou um estagiário, as chances disso dar certo sempre foram baixas, e dependendo dessa conversa podem ser reduzidas a zero.
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The Ceo's Son
FanfictionApós a ida de seu grande amor, Perth será capaz de dar uma nova chance ao seu coração tão machucado? A vida pós faculdade não pode ser exatamente um conto de fadas como alguns planejaram, e da pior forma vão entender que a vida adulta não é nada div...