Roberto.
Ficamos esperando por horas, chegamos lá era 8:30 da manhã, e já eram 15:20 da tarde. Nem um sinal deles, ou de qualquer um que estivesse naquela foto. Nem mesmo o Rodrigo, apesar de que eu não esperava ele por la, ele não seria tão burro. Carlos já estava entendido ao meu lado no carro, e eu também já tava irritado de tanto esperar.
— Roberto, quanto tempo mas irmão? - eu não culpava ele, eu cheguei animado achando que hoje seria o dia que eu colocaria o fim a tudo isso, na verdade era só a esperança desse inferno, acabar gritando em cima de mim.
— Talvez eles não deem a cara hoje....coloque dois solados do batalhão aqui...eu quero olho vivo nessa entrada, e quero ser o primeiro a ser avisado de algum movimento aqui, entendeu? - suspiro frustrado
— Sim senhor! - Vejo pelo canto do olho Carlos mexendo no seu celular, ele abaixa a tela, suspirando como se tivesse feito uma cagada.
— Que foi ? - eu já sabia que tinha a ver com Ana, queria saber qual a cagada dessa vez.
— Esqueci nosso aniversário de casamento ontem, agora eu entendi a cara emburrada dela ontem. - pqp, Carlos não dava uma dentro.
Solto uma risada leve, era inacreditável como ele era desligado.— Cara, eu nunca conheci um casal tão doído como vocês dois. - e era verdade, brigavam e voltavam toda hora.
— E eu nunca conheci uma mulher como a Ana. - era visível o amor deles, e como era forte. — Ela me deixa maluco, louco Roberto, completamente louco. - ele suspira por um momento com o sorriso de orelha a orelha — Mas eu não imagino a minha vida sem ela, sem as risada dela, sem as brigas, sem o abraço dela que me acolhe depois de um dia fudido no batalhão.
Eu ouvi cada palavra dele pensando na Cecília, e em como tudo fazia sentindo na nossa história, como o abraço dela nessas semana tinha sido meu alicerce. Como suas palavras me acolhiam e me abraçavam. No fundo eu tinha inveja do Carlos, inveja de mesmo tendo um amor como o dele, não poder viver, tão simples como ele.
— Você tem muita sorte, muita mesmo! - eu sorrio de lado, minimamente. Ainda que não pudéssemos estar da forma que eu queria, da forma certa. Saber que ela sentia o mesmo por mim, era a melhor das sensações.
— Agora eu preciso ir atrás de um presente, pra eu não perder essa 'sorte. - ele dá partida no carro me levando até onde eu avia deixando minha moto. Nos despedimos e ele foi embora.
A ideia dele, acaba sendo uma boa ideia para mim. Flores talvez fosse um bom pedido de desculpas a Cecília. Subi na moto e andei pelo centro do Rio, atrás de uma floricultura ou uma banquinha de flores que fosse, então eu bati os olhos em uma floricultura de esquina, parei lá sem ao menos saber das flores que ela gostava.
Olhei algumas flores, mas nada que eu achasse chamativo, nada que combinasse com a Cecília, pra falar a verdade eu não entendia nada de flores, mal sabia o que poderia chegar a combinar com o gosto dela.
O vendedor vem até a mim, me olhando curioso.— Mulher, noiva ou namorada ? - eu estranho um pouco a pergunta.
— Namorada...bom, eu acho que ainda é..- percebi que nunca fui um homem de dar flores a alguma mulher.
— Hum, vejamos....- ele olha algumas flores concentrando. — Tulipa - ele me aponta a flor, muito bonita e delicada. — Ótimo para uma mulher magoada . - ele dá uma risada sincera, com certeza era muitos anos vendendo flor para dar uma 'dica daquelas.
— Me faça um buquê grande, o mais bonito que puder. - gostaria que o buquê fosse do tamanho da chateação dela, mais não sobrariam flores pra me ajudar.
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Por que não eu ? | CAPITÃO NASCIMENTO
RomansaCecília uma mulher jovem e focada acaba deixando uma situação familiar mudar seus planos futuros para ela. Agora Cecília se vê perdida em algo que não a completa; se questionando se o que fez por amor aos Pais foi justo com ela mesma. Roberto um ho...