Forty-Nine Zombie

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A manhã está fria, o ar ainda carrega o cheiro de fumaça e destruição, mas pelo menos o céu está claro

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A manhã está fria, o ar ainda carrega o cheiro de fumaça e destruição, mas pelo menos o céu está claro. Sentados no terraço, eu e Owen comemos em silêncio, enquanto o sol lentamente ilumina a cidade devastada ao nosso redor. Totó está deitado ao meu lado, aproveitando os restos de comida que dei para ele. A atmosfera ainda está tensa, mas agora, com a luz do dia, tudo parece um pouco menos sombrio...

— Temos que ir logo. - Owen diz, a voz baixa, olhando para as ruas abaixo, onde alguns zumbis ainda perambulam. - Eles podem sentir nosso cheiro. O melhor é nos prepararmos agora, enquanto está calmo.

Assinto, me levantando. Dormir no terraço foi difícil, mal preguei os olhos a noite, e meu corpo está dolorido, mas pelo menos estou viva. Descer as escadas é rápido, e cada passo que damos é meticuloso. Nos movemos pelo prédio, descendo furtivamente, atentos a qualquer ruído que possa indicar perigo. Finalmente, conseguimos chegar à rua sem chamar a atenção de nenhum zumbi.

O sol matinal ilumina as ruas desertas, mas o silêncio é perturbador. Cada som parece ecoar mais alto do que o normal. Nos movemos pelas sombras, sempre de olho nos poucos zumbis que ainda estão por ali, arrastando os pés. Totó, ágil como sempre, segue à nossa frente, ocasionalmente olhando para trás para se certificar de que estamos bem.

Chegamos ao próximo prédio. A porta da entrada está aberta, arrombada, e entramos sem dificuldades. Subimos as escadas mais uma vez, e meu corpo já cansado protesta a cada passo, mas seguimos em frente. Quando finalmente alcançamos o terraço, sinto um leve alívio. Lá em cima, o vento bate forte e frio, mas o sol nos aquece um pouco.

Owen tira três garrafas vazias da mochila e as coloca no parapeito com cuidado.

— Certo, hora de te ensinar a atirar. - Ele diz, com um meio sorriso. A luz do sol reflete em seus olhos, tornando sua expressão mais suave, apesar da tensão no ar.

Seguro a arma em minhas mãos e hesito. Mesmo sabendo que preciso aprender, sinto uma relutância em entregá-la a ele. É a única coisa que me faz sentir um pouco no controle. Respiro fundo e estendo a arma com um olhar sério.

— Sem truques. - Deixo claro.

— Pode confiar. - Owen responde, pegando a arma com delicadeza. - Só vou te mostrar como funciona.

Ele começa a explicar com calma. Mostra como destravar, recarregar e segurar corretamente a arma. Eu observo atentamente, memorizando cada detalhe. Ele aponta para as garrafas no parapeito e, com um movimento certeiro, dispara. O som do tiro corta o silêncio da manhã, e a primeira garrafa se despedaça em pedaços.

— Uma... — Ele murmura, um sorriso satisfeito se formando no rosto. Com a mesma precisão, ele atira nas outras duas garrafas, derrubando-as uma a uma.

Sinto uma onda de ansiedade e excitação ao vê-lo manusear a arma com tanta habilidade. Ele é muito bom! Quando ele me devolve a arma, minhas mãos tremem levemente, mas tento ignorar. Agora é minha vez...

T.W.D - 𝙎𝙩𝙖𝙮 𝘼𝙡𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora