AMMA

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Desde a tenra idade, aprendemos que o amor é uma joia rara, um poder intrínseco e uma sinfonia harmônica. Nos filmes infantis e nas histórias que embalam nossa infância, o amor é exaltado como se fosse apenas um campo de flores e melodias suaves. No entanto, ao atravessarmos os anos e adentrarmos na maturidade, percebemos que a realidade se desenha de maneira diversa. O amor é, sem dúvida, algo sublime e harmonioso, mas também pode se revelar destrutivo e caótico.

Quando nos entregamos ao amor, abandonamos o egocentrismo; começamos a considerar o outro em nossa existência. Desejamos estar bem não apenas para nós mesmos, mas também para nosso(a) parceiro(a). Almejamos ser a melhor versão de nós mesmos, tanto no plano físico quanto espiritual e psicológico. Colocamo-nos no lugar do outro, criando cenários emocionais que nem ousaríamos explorar.

Contudo, quando esse amor nos causa dor, é como se nosso ser se fragmentasse, despedaçando-se ou se desintegrando em pó. É como se a pessoa amada pegasse nosso coração e o esmagasse com todo o ódio que pode acumular. Às vezes, essa ferida não é intencional; uma simples discórdia ou um conflito trivial pode evocar essa sensação devastadora. Algo tão lírico e sentimental pode rapidamente se metamorfosear em um destino trágico e banal.

Na infância, nutrimos uma visão singela do amor: pura e sincera, como se tudo fosse um conto de fadas. Isso acende em nós um desejo ardente de experimentar essa sensação mágica. Na adolescência, o tema do "amor" assume contornos extremamente pesados. Duas classes de indivíduos emergem nessa fase: aqueles que se importam profundamente com o amor, considerando-o sua única razão de viver; e aqueles que mal cogitam sobre isso, centrados em seus planos futuros e nas promessas que ele contém.

Na vida adulta, tudo depende de nossas escolhas: ou as coisas desmoronam ou florescem. O seu casamento pode naufragar nas tempestades da vida ou você pode desfrutar dos melhores anos da sua existência ao lado da pessoa amada, navegando por altos e baixos. E na fase final... ah, é impossível descrever.

A palavra "amor" origina-se do termo latino utilizado para expressar afeição, preocupação e desejo por alguém especial. Há uma possível raiz indo-europeia além da românica na palavra "amma", que se refere à mãe no sentido do amor incondicional que os seres humanos são capazes de experimentar. A palavra "memorial", por sua vez, relaciona-se à memória: à lembrança vívida que guardamos.

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