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Laura Ferraz

Meu olhar está voltado para os dois comendo juntos na mesa, e mesmo que ele já tivesse tomado café antes de chegarmos, ele está repetindo para acompanhar o davi, acho incrível o jeitinho que ele sempre quer estar com o meu filho.

-Não vai comer mamãe?-Meu filho me questiona.

-Não, filho. Sorrio leve.

-Qual foi. Ele franzi a sobrancelha Não vai comer por que?-Ele se vira pra mim.

-Tô sem fome-Forço sorriso, mentindo.

-Não parece. Ele morde o pão, percebendo que estou mentindo.

Estou me sentindo muito gorda, depois que o davi nasceu nunca mais aceitei meu corpo, me sinto muito insegura.

-Mais tarde como algo. Pisco para davi.

-Mãe!!-Ele vem em minha direção. O Papai pode me levar pra escola hoje?-Ele se agarra em minhas pernas.

Meu olhar está voltado para os dois comendo juntos na mesa, e mesmo que ele já tivesse tomado café antes de chegarmos, ele está repetindo para acompanhar o Pê, acho incrível o jeitinho que ele sempre quer estar com o meu filho.

-Não vai comer mamãe?-Meu filho me questiona.

-Não, filho. Sorrio leve.

-Qual foi. Ele franzi a sobrancelha Não vai comer por que?-Ele se vira pra mim.

-Tô sem fome-Forço sorriso, mentindo.

-Não parece. Ele morde o pão, percebendo que estou mentindo.

Estou me sentindo muito gorda, depois que o davi nasceu nunca mais aceitei meu corpo, me sinto muito insegura.

-Mais tarde como algo. Pisco pra davi

-Mãe!!-Ele vem em minha direção-O Papai pode me levar pra escola hoje?-Ele se agarra em minhas pernas.

-Filho-Fungo e Diego está me olhando e balançando a cabeça assentindo-Pode- Aceito.

-Bora então campeão zagueiro se levanta- Vou levar você pro trabalho, São Paulina- Ele toca em minha cintura.

-Tá-Me afasto dele-Vou pegar minhas coisas. Continuo.

-Uhum-Assenti cabisbaixo.

-Vamos papai-Ele pula em seu colo com a mochila dele da seleção brasileira. Te amo. -Beija o rosto dele.

-Eu também te amo filhão. Beija a testa dele delicadamente.

-Vamos?-Pergunto séria.

-Sim, sim.-davi responde, e Diego apenas pega a chave do carro.

Já estamos dentro do carro, e o silêncio se instala ali, não consigo falar nada

-Entregue. O jogador me olha sério.

-Tem certeza que... Sem deixar eu terminar ele me corta.

-Tenho. Afirma olhando para frente.

-Tá.-Digo me virando para trás-Tchau meu filho.-Digo fazendo biquinho.

-Tchau' mamãe. Ele se aproxima e deixa eu selar uma beijo na bochecha dele-Te amo muiitão. sorri leve.

-Também te amo, amor-Digo pegando minha bolsa.

-Tchau jogador.-Olho pra ele, mas ele não retribui o olhar.-Se cuida. Acrescento.

-Uhum, tchau. Ele começa a mexer no celular, e eu saio do carro.

Acho que ele percebeu minha insegurança com ele, sei que não deveria ser assim com ele, mas não consigo conter isso.

Lidar com o jeito do Diego é difícil, ele torna tudo mais difícil do que já é, acha que tudo é fácil, enfim cada um tem um sua fragilidade, só precisamos trabalhar elas.

Só de chegar em meu trabalho, o cansaço pesa, juro, estou muito cansada esses últimos dias, nunca reclamei tanto para trabalhar, não sei o que tá rolando comigo.

-Lauu .-Luiza, minha colega de trabalho grita. Você não sabe quem vai modelar hoje. Diz ansiosa.

-Quem?-Pergunto sem interesse.

-A Nicole Wint.-Ela faz um pausa encantada. Se anima menina, credo.-Ela diz me balançando.

-Tô cansada.-Acrescento.

-Como sempre?-Ela ri.-Acho melhor você fazer alguns exames.-Diz séria.

-Não deve ser nada.- afirmo.

-Para de ser teimosa.-

Ela da um leve tapa em meu ombro.

-Vou lá arrumar meus equipamentos.- Digo enquanto ando devagar.

Me sinto tonta, tudo começa a gritar em torno de mim, mas o equilíbrio se instala quando me encosto em uma parede de um corredor.

Meu celular toca baixo, mas dando para escutar pego-o, e sim, é ele. Diego está me ligando, a preocupação sobre meu filho se instala em mim.

-Oi.-Digo suspirando.

-Ei.-Ele fala baixo. Deu tudo certo, tirando as mil e umas fotos que tirei com a molecada. Ele acrescenta

-É tão bom me sentir pai, sei lá. Ele diz com uma voz de encanto.

-Você é um ótimo pai, zagueiro.- Finalizo.

-Sobre mais cedo, eu... Não deixo ele terminar.

-Ta tudo bem, eu consigo lidar com você, jogador. Debocho sínica.

-Que bom, amo seu jeitinho de lidar comigo.-Ri.-"Se cuida", vou até treinar mais leve, pra obedecer seu pedido, São Paulina. Ele debocha de mim.

-Obrigada.-Finalizo.

-Come as frutas picadas que coloquei na sua bolsa. Sussura. E me manda foto comendo, pra mim ter certeza que não fez desfeita. Acrescenta.

-Fotos não, jogador.-Falo envergonhada.

-Fotos sim, amor.-Ele fala sínico.

-"Amor"?-Repito.

-Ou vida?-Pergunta.

-Nenhum se encaixa no nosso relacionamento, zagueiro. Ouço ele rir.

-Isso só por que você é muito durona.- Ele me provoca.

-Não, não. Digo desacreditada.

-Fala igualzinho o davi que lindinha.-Diz rindo.

"Lindinha" não, Diego!-Digo com uma voz autoritária.

-"Diego" não, São Paulina!-Me faz rir.- Bom trabalho, amor.-Se despede.

-Bom treino, amor. Faço o mesmo.

Ele desliga, mas o sorriso bobo não sai do meu rosto, ele é ridículo, mas um ridículo fofo, e gato.

Talvez Seja Em Outra Vida,meu Jogador-diego CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora