𝑺𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔, 𝑵𝒐 𝑪𝒂𝒓𝒓𝒐 [Único]

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―[Essa história não tem o intuito de incentivar o abuso de velocidade em estradas e rodovias, nem a quebra de regras de trânsito.]―

~[Contém: Descrição leve de danos
corporais, palavrões, libertinagem,
quebras de regras de trânsito e
muitas cenas gay <3]~

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[Músicas de inspiração:
Flamingos, Sei partir, Piscina vazia,
Imortais Fatais2, Altitude e 202.]
Boa leitura :)

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Tarde da noite, o horário dos delinquentes, como dizem o mais velhos. Aquilo não era uma regra, mas também não estava errada. O ponto é, nem todo jovem perambulando pela rua, de madrugada, é tal sinônimo de rebeldia.

Exceto eles, eles eram mesmo.

Ali, em frente a uma loja de conveniência 24 horas, um carro de cor escura, quase se camuflando com a penumbra. O poste de luz mais próximo, bem longe daquele local. Seus faróis ligados, iluminando o asfalto mais a frente.

O sino que ficava há cima das portas ecoou, elas se abrindo quase que ao mesmo tempo. Dois sujeitos saindo de dentro do estabelecimento, sorrisos estampandos nos seus rostos. Cada um segurando uma sacola. Um tinha cabelos loiros bagunçados e o outro cabelos castanhos escuros, também bem bagunçados.

Caminharam até o veículo, o ser de cabelos castanhos dando a volta. Abriu a porta, sentando-se no banco do motorista. O outro entrando e sentando no banco do acompanhante, fechando a porta em seguida.

Dentro do veículo, nos bancos de trás, uma bagunça. Coisas jogadas ali de qualquer jeito. Um moletom preto amassado sobre o banco do meio, sacolas com coisas dentro e outras vazias. É, tudo precisava de uma organização.

O loiro pôs sua compra no vão do vidro, pegando um dos produtos, uma barra pequena de chocolate, esse meio amargo.

Tirou da outra sacola, um energético. Jogou o plástico nos bancos de trás onde a bagunça já reinava. Afundou o lacre, o barulho do gás da bebida soou levemente. O de cabelos castanhos deu um gole.

A conversa anterior já tinha se esvaido a muito tempo. Mas o silêncio dos dois não os incomodava, era bom e tranquilo. Podiam facilmente puxar assunto que tudo continuaria sereno.

Por alguns momentos, só os barulhos da lata sendo levemente apertada algumas vezes e da embalagem do doce que o outro comia sendo amassada ao decorrer que consumia o produto.

As vezes, murmurando de dor no processo, o corte recente no canto da boca e do lábio ainda incomodava quando mastigava.

— Você devia ter colocado um band-aid nesse corte, Feuripe. — Se pronunciou. Passou a mão pelos cabelos bagunçados, tentando ajeitar um pouco. Tinha notado o desconforto alheio enquanto comia.

O loiro o olhou, era verdade, mas tinha esquecido de comprar quando estavam na loja. Não voltaria só para comprar aquilo.

— Hun, era, mas eu esqueci de comprar. — Respondeu. — Relaxa, Bern, eu aguento um arranhãozinho desses. — Sorriu convencido.

Bern fez uma cara de quem não acreditava. Afinal, se o seu machucado estava doendo e muito, um corte extenso pelo braço. O de Feuripe também estava.

— Eu não acredito muito em você. — Esclareceu. Se virou um pouco, começando a vasculhar ali atrás. — Acho que tem uns sobrando, só preciso achar a caixa. — Agora curvado para lá, as mãos buscando os tais curativos.

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𝕱𝖊𝖗𝕹: 𝑺𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔, 𝑵𝒐 𝑪𝒂𝒓𝒓𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora