10.

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Durante o jantar, mal como alguma coisa. Lisa está sentada à minha frente, e nem sequer me olha uma vez durante a refeição, mas não consigo parar de observá-la.

Pranpriya é completamente diferente de Lisa. Elas não se parecem em nada, mas, ainda assim, é a mesma pessoa.  É exatamente a mesma de que me lembro, mas ela mudou tanto ao longo dos anos que quase não a reconheci. Agora, ela é muito mais atraente.

"Levi, você se lembra daquela vez em que Rosé e Pranpriya desapareceram por três horas, e os encontramos brincando no seu armário?", meu pai pergunta, rindo.

"Aquele dia foi desesperador. Eram duas pestes; quase infartei quando percebi que elas tinham sumido", responde Levi, sorrindo.

E, pela primeira vez, Lisa me olha. Ela sorri de lado, me deixando toda arrepiada, não só pelo sorriso, mas também pelas lembranças que me invadem ao lembrar do que estávamos fazendo naquele dia, naquele armário.

Eu odiava Pranpriya. Ela era mimada, rancorosa e completamente irritante. Mas naquele dia, ela me ligou para dizer que tinha encontrado meu colar, que estava esverdeado no meio.

Estava tão triste com a perda do meu colar que fiquei desesperada o procurando. Então Lisa ou Pranpriya, como quiser chamá-la, me disse que havia o achado. Fui correndo até a casa dela, e entrei no closet do pai dela, que era enorme. Segundo ela, o colar estava lá, mas quando menos esperei, Lisa havia me beijado.

Ficamos por horas dentro daquele closet. Lisa inventava desculpas sobre o meu colar, mas até hoje não o encontrei. Ela provavelmente havia me levado até lá apenas para me beijar. O que eu odiei.

Lisa começa a me encarar fixamente, então levanto e digo que vou ao banheiro.

Me olho no espelho e me xingo internamente. Eu consegui ficar excitada com uma lembrança de quatro anos atrás. Eu odiava me sentir assim, ainda mais por Lisa.

Sinto o coração da minha intimidade batendo, e logo as lembranças da semana passada vem a minha mente, é como se eu não pudesse esperar para ser tocada.

Começo a descer minha mão pelo vestido, e então pela minha calcinha. E quando estou pronta para enfiar meus dedos, ouço meu pai me chamando.

"Roseanne, você pode pegar aquele vinho português na adega?"

"Claro" digo ao sair do banheiro.

"Pranpriya, vai ajudá-la" Levi diz.

Droga, agora é o pior momento.

Eu chego na adega que está gelada como sempre e começo a procurar o vinho. Respiro fundo para me comportar e não acontecer nada de errado.

A vejo vindo até mim, seu olhar estava focado em mim.

"Você estava falando a verdade." continuo "porque não disse?"

"Não seria divertido" ela respondeu.

Ela se aproxima, mas não diz nada, apenas sorri de lado.  Pergunto, apoiada na mesa, se ela sabia desde o começo.

Ela responde que desde o dia em que eu não parava de encará-la.  Diz que percebeu que eu não me lembrava, mas que eu não devia me sentir culpada; ninguém percebeu que era ela. 

Ela completa dizendo que um país diferente muda muito uma pessoa, que se aprende muito.

Ela passa o dedo nos lábios, como se tivesse acabado de beijar alguém. Percebo então que ela quis dizer que agora ela beija; e não são apenas bocas.  Mas eu nunca duvidei disso.

Concordo com a cabeça e sinto minha respiração se desregular.  Antes que algo mais aconteça, viro-me para a coleção de vinhos e procuro o que meu pai me pediu.  Está em uma prateleira mais alta, então fico na ponta dos pés para alcançá-lo, mas antes que eu consiga, sinto as mãos de Lisa em meu quadril e me imobilizo.

Meu peito sobe e desce. Começo a lamber os lábios; ela percebe e sorri.

Eladiz que pode pegar o vinho.  Eu me afasto. Agradeço, pegando o vinho da mão dele, e digo que agora

" podemos ir", digo indo em direção à porta.

Nós duas subimos, eu estava tão nervosa que mal conseguia me mover. Não sabia o que dizer ou fazer depois de toda aquela tensão, mas Lisa pareceu não se importar com o que tinha acontecido.

"Ótimo!", disse meu pai, pegando a garrafa da minha mão. "Era sobre isso que eu estava falando com o Levi."

Novamente, estava sentada na frente de Lisa, mas desta vez ela não desviava o olhar. Ela me olhava fixamente, dos meus olhos até onde a mesa permitia — o meu decote.

Uma hora depois, eles foram embora, mas já tinham combinado de se encontrar novamente daqui a algumas semanas.

Logo me lembrei do Tae e vi que ele tinha me mandado uma mensagem dizendo que estava ocupado cuidando da irmã mais nova. Aquele mal-estar que eu sentia, a sensação de frio na barriga, finalmente desapareceu.

 Aquele mal-estar que eu sentia, a sensação de frio na barriga, finalmente desapareceu

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⏰ Última atualização: Oct 14 ⏰

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𝐃𝐈𝐆𝐀 𝐌𝐄𝐔 𝐍𝐎𝐌𝐄 | ᶜʰᵃᵉˡⁱˢᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora